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Mostrando postagens de outubro, 2011

Guias Lonely Planet em português

Começaram as campanhas publicitárias na internet, na TV e na mídia impressa para a divulgação de um produto que já era há muito esperado pela comunidade mochileira do Brasil: os primeiros guias da Lonely Planet em português. A responsabilidade pela edição é da Ed Globo. A Lonely Planet é uma editora de livros de viagem de origem australiana, que começou publicando os relatos de viagem e as dicas de amigos australianos que percorreram o Sudeste Asiático nos anos 70 (até hoje o Southeast Asia on a Shoestring é um dos seus guias mais vendidos). Nos anos 90 eles deram seu grande salto e passaram a produzir programas para a TV e a cobrir praticamente todos os lugares visitáveis do mundo (inclusive com livros polêmicos sobre o Afeganistão e Myanmar). No final da década de 2000, a empresa foi comprada por uma subsidiária da BBC, da Inglaterra, e passou a agir dentro de uma estratégia mais comercial, ampliando a variedade de produtos. Até então, os guias já tinham sido publicados em algumas

Voltaremos

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Daqui uns dias retomo os posts, possivelmente na semana que vem, continuando com Uruguai (Punta del Este, da foto acima, viagens de carro pelo país), Portugal e Inglaterra!

Aprendizado

Depois de muitos anos daquele mochilão em Buenos Aires e Montevideo, alguma coisa eu pude aprender e agora alertar aos marinheiros de primeira viagem: - não chegue numa cidade totalmente estranha sem no mínimo ter reservado a primeira noite no lugar onde pretende dormir (ou ao menos se certifique de que o lugar em que pretende dormir estará efetivamente funcionando); - não saia caminhando pelas ruas fora do circuito turístico no bairro de La Boca, a menos que queira fazer alguma experiência antropológica nos estratos menos favorecidos da população argentina ou simplesmente ser assaltado; - não tente economizar dinheiro em transporte público caminhando dezenas e dezenas de quadras, numa cidade em que o táxi não custa mais do que alguns trocados por quilômetro rodado; - não tente entender o sistema de ônibus urbano portenho: cada linha é operada por uma microempresa diferente, em ônibus que muitas vezes fazem você se sentir em Assunción ou na Bolívia e, para finalizar, não acei

Red Hostel e Centenario

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Em janeiro de 2011, quando fui com mais três amigos ao Uruguai ver um jogo de pré-Libertadores, escolhemos ficar naquele que frequentemente é considerado como o melhor albergue de Montevideo – o Red Hostel. O site dos caras na internet impressiona bastante e não tivemos muita dúvida, na comparação com outros que havia na cidade. Ao chegarmos, ficamos também bastante impressionados com a localização (uma rua arborizada bem ao lado do prédio da Prefeitura, a apenas uma quadra da Avenida 18 de Julio) e com o prédio em que o albergue funciona (um casarão de três andares, todo estiloso, com uma escadaria legal na entrada e um pátio interno em estilo espanhol, com um pé-direito bem alto e piso de tabuão. No dia em que estivemos lá, obviamente, havia mais gremistas como nós do que gringos se hospedando no lugar, mas mesmo assim pudemos ver que é um lugar que sempre tem gente de fora. As áreas de uso comum são bem bacanas e um dos maiores atrativos é a cobertura, que tem redes de dormir est

Dia do Patrimônio

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Na vez em que fui a Montevideo com minha namorada, só para passar um feriadão logo após o final do inverno, tivemos a grata surpresa de descobrir, já naquela cidade, que estávamos exatamente no “Dia do Patrimônio”, uma espécie de feriado cívico nacional, em que quase todos os prédios públicos são abertos para visitação da população sem nenhum custo, com visitas guiadas. Aproveitamos a oportunidade para conhecer vários lugares que, por si só, não estariam em nossos planos. Logo depois do café da manhã, fomos ao Museu Militar que fica no Cerro de Montevideo, no bairro também conhecido como “Cerro”, do outro lado da baía. Poucas pessoas que vêm à cidade visitam esse lugar e até mesmo são desestimuladas pelos que trabalham nos hotéis a irem até esse lugar. Mesmo assim, por já ter visto fotografias de amigos que passaram por lá, decidi que queria conhecer. Para chegar, precisa-se tomar a avenida que dá acesso às Rutas 1 e 5 (saídas para Colonia e Rivera) e, logo depois que a rota

Ramblas e Pocitos

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Montevideo é conhecida, dentre outras coisas, por suas ramblas – avenidas à beira do Rio da Prata, com amplos calçadões para caminhadas, que se estendem desde o porto, na Cidade Velha, até os bairros nobres entre Pocitos e Carrasco, este último já perto do aeroporto internacional. São quilômetros e quilômetros de calçadões ao longo de praias que recebem diversos nomes, sempre cheias de gente tomando mate, correndo, passeando com o cachorro ou simplesmente namorando.  As partes mais próximas do centro antigo estão um pouco abandonadas, com muitas pichações e bastante coisa quebrada. A situação melhora mais ou menos a partir da região onde fica o Hotel Ibis de Montevideo, que foi onde me hospedei quando fui com minha namorada (tarifas de US$ 49 em 2008!!) e chega no auge da agitação em frente à praia e ao bairro de Pocitos, onde há clubes náuticos, restaurantes e equipamentos para exercícios.   No início do século XX, essas praias eram o que havia de mais chique para a sociedade

Centro Velho de Montevideo

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O centro velho de Montevideo, que também é o seu cartão-postal, começa na Plaza Independencia, aquela onde fica a grande estátua do General Artigas a cavalo e o prédio que foi o mais alto da América Latina quando construído, e vai até o porto. É exatamente a ponta da península em que Montevideo foi construída e, no passado, era delimitado por muralhas fortificadas, das quais só resta uma única lembrança: um dos portões de acesso, em frente ao calçadão que dá acesso à Catedral a partir da praça da Independência. Debaixo da praça, fica o memorial onde está enterrado o General Artigas, permanentemente guardado por militares com fardas cerimoniais, que também cuidam de uma chama sempre acesa. Confesso que da primeira vez em que estive no lugar, não tinha atinado que se tratava de um memorial subterrâneo (achei que as escadarias davam acesso a um banheiro público). De qualquer forma, não pude conhecê-lo quando cheguei lá sozinho, vindo de Buenos Aires, porque estava ocorrendo a vi

Uruguai

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O Uruguai é um país pequeno geograficamente e em população. Cerca de um terço das pessoas moram na região metropolitana de Montevideo, sendo que o resto do país consiste de vastas extensões de terras, em sua maior parte planas, com aptidão para a pecuária, esparsamente povoadas. Nenhuma cidade que fique a mais de 100km da capital tem mais de 100 mil habitantes. No total, não são mais do que uns 3 milhões e pouco de uruguaios. Conhecer esse pequeno país é, de certa forma, voltar um pouco no tempo, em todos os sentidos. As coisas são mais velhas do que costumamos ver no Brasil. Casas, carros, equipamentos urbanos, utensílios nos restaurantes, hotéis e prédios públicos (com as notáveis exceções de Punta del Este e do aeroporto de Carrasco) – tudo parece que tem mais de 50 anos, para ser bondoso.  De outro lado, antigos hábitos também são preservados no país, como o costume de cumprimentar pessoas desconhecidas na rua ou sempre que se entra num estabelecimento comercial. Todos são