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Mostrando postagens de agosto, 2011

Plaza de Mayo

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A Plaza de Mayo é o principal cenário dos protestos políticos na Argentina, desde há muito tempo. Por ficar bem na frente da sede do governo, numa cidade que tem uma região metropolitana de mais de 12 milhões de habitantes, basta a notícia de alguma medida impopular que centenas (às vezes milhares) de pessoas marcham para lá para exigir seus direitos. Talvez a única coisa que você veja a respeito disso, se ficar poucos dias na cidade, sejam as barreiras de metal que impedem a aproximação da Casa Rosada (às vezes elas ficam abertas, mas sempre ali pertinho, caso precisem ser usadas pela polícia para proteger o governo). Entretanto, se ficar um pouquinho mais de tempo, será bem possível ver alguma manifestação programada ou não acontecendo. Numa das vezes em que estive lá, pude testemunhar a marcha silenciosa das Madres de la Plaza de Mayo, o movimento de mães que tiveram filhos sequestrados ou mortos durante a ditadura militar argentina, no final dos anos 1970 e início dos 198

Casa Rosada

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A Casa Rosada é um dos cartões postais mais manjados do mundo e é praticamente obrigatório no currículo de todo brasileiro que deu seus primeiros pulos para fora do país. Entretanto, é raro encontrar quem já tenha visitado o interior desse importante prédio, no qual funciona a Presidência da República do país vizinho. Eu mesmo, como relatei em outros posts, não cheguei a conhecer o interior desse palacete nas três primeiras vezes em que estive na cidade. Foi só em junho de 2010, numa rápida passada pela cidade, por duas noites e três dias, num feriadão do Dia dos Namorados aqui no Brasil que tive a oportunidade, junto com a Gisele, de fazer um passeio lá por dentro – e o que é melhor, com guia e de graça. A Casa Rosada foi construída sobre o que tinha sido uma fortaleza no período colonial espanhol. Depois da época em que era uma fortaleza, deu lugar a um castelo, chamado Castillo de San Miguel, que tinha pontes elevadiças e fossos ao seu redor. Ali já funcionava a sede do Vice

Chegando em Buenos Aires

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Foi numa manhã bem agradável de uma quinta-feira de novembro que cheguei em Buenos Aires pela primeira vez, num ônibus de linha da Pluma quase vazio que me deixou na estação Retiro. De lá, só com a mochila nas costas, um mapa bem tosco do centro da cidade e algumas anotações com endereços, cheguei de metrô ao cruzamento da Avenida 9 de Julio com a Avenida de Mayo para procurar o albergue Millhouse , que eu sabia ser um dos mais famosos de Buenos Aires. Graças à minha inexperiência, não tinha feito reservas (assim como na viagem a Machu Picchu) e tampouco tinha me certificado de que o lugar estaria aberto. Pois bem: dei com a cara na porta. Fiquei sabendo que o lugar estaria fechado para reformas por alguns dias e assim, logo de cara, tive meu primeiro contratempo. Puxei minhas anotações e decidi então que não havia jeito senão ir para a segunda opção de albergue que eu tinha encontrado em pesquisas na internet – basicamente com base em informações do fórum Thorn Tree, da Lon

De Volta ao Prata

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Em maio de 2009, comecei a relatar como tinha sido meu segundo mochilão, em novembro de 2003, por Buenos Aires e Montevideo, tendo publicado apenas dois posts: esse , esse aqui e esse aqui . Aquela foi a primeira vez que viajei sozinho para o exterior, a primeira vez que me virei numa cidade grande (minha vida inteira só tinha morado em cidades com menos de 300 mil habitantes, até então) e uma das viagens mais econômicas que já fiz na vida. Basicamente, o dinheiro que usei era o que tinha sobrado da viagem a Machu Picchu – cerca de 160 dólares (mas que na época valiam mais de 500 reais, por causa do câmbio). Foi uma viagem curta, de apenas 6 noites, mas serviu para jogar minha autoestima lá em cima. Percebi que, mesmo que não houvesse ninguém para me acompanhar, poderia fazer o que me desse na telha e ainda aproveitar bastante um lugar que tinha vontade de conhecer havia bastante tempo. Logo em seguida, porém, dei uma parada e fiquei uns dois meses sem postar. Quando volt

Google - amigo nas viagens

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Cada dia que passa, o Google se torna mais e mais útil na vida de qualquer internauta. De uns tempos para cá, o site mais acessado do mundo também tem se tornado "amigo" de quem está planejamento uma viagem. Algumas dessas funcionalidades certamente já são conhecidas de muitos, mas certamente não todas: 1 - Possibilidade de conversão de moedas pela taxa de câmbio atual Para saber quanto valem aqueles 100.000 bahts tailandeses que estão cobrando por uma passagem aérea ou aqueles 10.000 guaranis que estão pedindo por uma garrafa de cerveja, basta escrever o valor e o nome da moeda no Google, dar um "enter" e ele responde com a cotação atual em reais. Para quem está habituado com os códigos de três letras das moedas, o mesmo usado em faturas de cartão de crédito, melhor ainda usar esse conhecimento para fazer as operações de câmbio. Assim, por exemplo, basta digitar "100 USD" e o site te dá quanto está valendo cem dólares em real. Funciona com a

Dinheiro na viagem ao exterior

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Depois de perceber que o brasileiro se tornou um dos turistas que mais gasta dinheiro nos países que visita, o Governo Federal pretendeu “estancar” a sangria de recursos aumentando impostos sobre as compras feitas com cartão de crédito no exterior. O IOF, imposto que incide nesse tipo de operação, saltou de 2,38% para 6,38%, colocando sérias dúvidas sobre a conveniência de continuar usando esse instrumento fácil e seguro de ter dinheiro numa viagem fora do país. Vários artigos em vários blogs de viagem foram escritos para tentar analisar qual a melhor estratégia diante desse novo quadro, mas nenhum consenso final existe a respeito. “Não há uma resposta simples para esta pergunta”, como bem disse o Ricardo Freire, do Viaje na Viagem, da Abril. “Além da paulada do IOF de 6,38%, o turista ganhou um monte de cálculos para fazer. (...) Não existe operação de câmbio em que você não saia perdendo. (...) A questão não é só 0,38% versus 6,38%. (...) Não é porque o IOF de uma modalid

Fim dos dias

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Depois de uma rápida passada pelas principais atrações do Louvre, dedicamos a última tarde daquela viagem à Europa a sair de loja em loja, na região ao lado do museu, para comprar as últimas lembrancinhas e para ver se era possível encontrar alguma liquidação que valesse a pena. Mais pela metade da tarde, fomos para as Galerias Lafayette, que eu até então não conhecia. O lugar, para quem nunca foi, fica atrás da Opera Garnier e é uma loja de departamentos em que as marcas têm stands separados, e em que cada andar tem um tema diferente. Num dos primeiros lugares que passamos, estavam as lojas mais caras de design, como a Prada, a Loius Vuitton, etc. Nunca vi tanto japonês na Europa reunido num mesmo lugar como ali. A fúria consumista das japonesas por bolsas de marca é tão grande que várias das vendedoras são japonesas, para facilitar as coisas e acabar com a hipocrisia. As brasileiras, em outros setores das lojas (especialmente nos cosméticos) também são frequentadoras assíduas

Vosges, Lachaise e Louvre

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Segunda-feira, no terceiro dia consecutivo de tempo perfeito em Paris, saímos logo depois do café da manhã para bater mais perna pela cidade. O primeiro lugar para onde fomos foi a Place des Vosges, conhecida por ser a praça planejada mais antiga da cidade e a única perfeitamente simétrica em todas as suas dimensões. Ela é toda quadrada, com prédios que a circundam totalmente iguais, onde várias pessoas famosas, como o escritor Victor Hugo e outros tantos nobres e revolucionários, já moraram. Hoje em dia, boa parte dos imóveis está fechada e alguns chegaram até mesmo a serem invadidos por estudantes universitários que não encontram moradia a preços suportáveis perto do centro da cidade. Dali, demos mais uma caminhada até a estação de metrô mais próxima para seguir adiante, agora para o Cemitério de Pére Lachaise, onde estão enterrados todos os franceses mais famosos que não mereceram um lugar no Pantheon dos Heróis Nacionais - e alguns "intrusos" estrangeiros não muito bem-vi

Versailles "animada"

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Na parte da tarde daquele ótimo domingo em Paris, decidimos ir ao Palácio de Versailles, logo depois de almoçarmos. Confesso que encontrei uma certa dificuldade para achar o trem suburbano certo para ir até lá. Há dois RER que vão a Versailles - um que diz "Versailles-Chantiers" (linhas C7 e C4) e outro que vai para a "Versailles-Rive Gauche" (linha C5). Num primeiro momento, não consegui entender direito qual trem era qual e acabamos embarcando num que ia no sentido leste, oposto ao que eu sabia que tínhamos que tomar. Tentei perguntar a outras pessoas, mas todo mundo parecia ser turista ainda mais perdido do que eu. Por fim, descemos, andamos de volta até a estação de onde tínhamos saído e esperamos mais uns 10 minutos pelo trem certo. Quarenta minutos depois, estávamos chegando na estação correta, próxima ao Palácio, que prontamente reconheci por ter ido 3 anos antes. Demos a pernada básica de lá até os portões do palácio e nos deparamos com a típica multidão que

Ile de la Cité

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No domingo de manhã, com a cidade bem mais tranquila do que o normal e um clima perfeito para passeio, fomos de metrô até o Hotel de Ville (a Prefeitura, e não um hotel!) e caminhamos até a Île de la Cité, onde Paris começou, 2000 anos atrás. Eu já tinha conhecido a região em 2007, mas fiz questão de mostrar tudo o que tinha de melhor e ainda aproveitar para conhecer um prédio específico que não tinha visto naquela vez: a Conciergerie, local que foi a morada dos reis da França até o século XIV e que depois, de 1790 em diante, serviu de prisão a alguns dos personagens da Revolução Francesa, como a rainha Maria Antonieta e Robespierre. Começamos pela Catedral de Notre Dame, que estava ainda mais legal por dentro com a iluminação dos vitrais. A fila para subir na torre, mesmo àquela hora da manhã, desencorajou-nos a ver de perto as famosas gárgulas que a catedral tem no seu telhado. Senti falta da feirinha de produtos artesanais ali na frente, que anos antes havia me proporcionado um dos

2a vez em Paris

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O voo de Atenas a Paris ocorreu sem problema algum, mas pareceu bem mais demorado do que na ida. São mais de três horas e meia de viagem, com apenas uma refeição no caminho e algumas revistas para entreter, caso não se tenha levado nada de livros. Na chegada, não hesitamos: pegamos logo um táxi para chegar mais rápido ao hotel e aproveitar o belo fim de tarde que estava fazendo. Não havia nenhuma nuvem no céu, a temperatura estava bem mais alta do que na Grécia (cerca de 26°C, algo pouco provável em Paris) e a tranquilidade de um sábado na baixa temporada deixava tudo mais acessível. A corrida do Charles de Gaulle não saiu mais do que 45 euros - relativamente barato comparando o que um casal pagaria pelo ônibus (8 euros cada um) mais o metrô (1 euro cada um), tendo que carregar as coisas e fazer baldeações. Tínhamos reservado um hotel boutique recomendado na Viagem e Turismo pela blogueira e repórter Adriana Setti, que tinha feito uma reportagem com 150 hotéis butique baratos e legais

Despedida de Mykonos

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Depois do passeio a Delos, desembarcamos no centro de Mykonos e pegamos um tempo bem mais bonito do que no dia anterior. Ventava bastante e até estava bem friozinho para um fim de verão, mas o céu azul permitia ao menos ver um pouco da beleza do mar. Foi andando meio sem rumo pelas ruelas da cidadezinha que encontramos o famoso mascote da ilha: o pelicano Petros, que até então não tinha dado as caras. O coitadinho estava meio encolhido de frio, escorado numa parede no final de uma escadaria. De tão assediado pelos turistas, já se acostumou que lhe passem a mão nas penas e que tirem fotos com flash. Os únicos que ainda se assustam são alguns turistas desavisados que vêm caminhando e dão de cara com aquela baita ave ali no meio da cidade. Nem só de pelicanos vive Mykonos. Há gatos espalhados em várias das ruelas, geralmente sendo alimentados pelos moradores. Esses aí da foto estavam aproveitando o solzinho do meio da tarde. Embora estivéssemos quase no meio da tarde, ainda não tínhamos a