Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2020

Do aeroporto de Haneda a Shinjuku

Imagem
Minha chegada ao hotel que seria meu cantinho pelas 7 noites seguintes aconteceu sem maiores percalços, mas com um pouco de ansiedade. Como relatei no post anterior, minha missão era sair do aeroporto de Haneda, num domingo à noite, depois das 23hs, e chegar a Shinjuku, um dos 23 “bairros especiais” ou “cidades” que formam a megalópole conhecida como Tóquio. Mas, antes de falar desse deslocamento, uma explicação sobre a minha escolha de hospedagem. Levando em consideração vários fatores como (1º) a proximidade do transporte público (queria muito um hotel próximo a uma estação de metrô, porque temia que chovesse bastante), (2º) localização que não dependesse de transporte público caso saísse e voltasse só depois da meia-noite (os trens param entre 00h30 e 5h, na maioria do lugares, e o táxi é caríssimo), (3º) custo-benefício (não queria áreas caríssimas como Roppongi, Ginza ou Shibuya) e (4º) proximidade de uma ampla variedade de restaurantes , acabei escolhendo ficar em S

De Chicago a Tóquio

Imagem
Após almoçar no Giordano's mais próximo da Magnificent Mile , enxerguei pela janela um outlet de uma loja de departamentos que já conhecia de outras viagens aos EUA e decidi que, diante da chuva que estava cada vez mais forte, meus passeios por Chicago estavam encerrados.  Passei na dita loja (uma "Nordstrom Rack") e fiz umas comprinhas para usar na própria viagem ao Japão - principalmente meias, cuecas e uma calça jeans. Como minha bagagem já estava despachada para o destino final, não podia levar coisas tão volumosas que não coubessem na bagagem de mão no avião.  Por volta das 15h, percebi que estava mais do que na hora de voltar para o aeroporto de O'Hare, por isso peguei um metrô na estação Chicago e fiz de volta todo o caminho percorrido mais cedo naquela manhã. Chegando no aeroporto, fui direto para o embarque, pois já estava com os cartões desde o check in em Porto Alegre, passei pela sempre demorada segurança americana e em seguida me vi c

Conexão em Chicago - passeios

Imagem
Como contei no último post , cheguei em Chicago num sábado cedinho da manhã e, por volta das 7h e pouco, já estava do lado de fora do aeroporto, pronto para gastar umas 6 horas da minha conexão de 10 horas e meia explorando a região mais central dessa grande metrópole americana. Embarquei no metrô da Blue Line na estação O'Hare, que é interligada ao aeroporto de mesmo nome, pagando a passagem simples (5 dólares, para quem sai do aeroporto) com o Google Pay do meu celular, por simples aproximação e sem qualquer cadastro prévio. Não poderia ser mais simples! O deslocamento durou mais de 50 minutos, sem qualquer baldeação, até que eu desembarcasse na estação Washington, bem no centro de Chicago. No caminho, nada muito interessante: só a visão de uma cidade bem plana, tipicamente americana, com aquelas casas brancas de madeira nas regiões mais afastadas, e depois um cenário de prédios industriais antigos, para finalmente chegar na região onde começam os arranha-céus. As p

Do Brasil a Chicago

Imagem
Após meses de preparativos, minha viagem finalmente começou no dia 14 de junho de 2019, com um trecho rodoviário feito em ônibus leito entre minha cidade (Santa Maria) e a capital gaúcha. Tinha me programado para sair cedinho da manhã, mas as notícias a respeito da possibilidade de uma greve geral de transportes, nos moldes da Greve dos Caminhoneiros de 2018, exatamente naquela sexta-feira, me assustou um pouco; por isso decidi sair logo depois da meia-noite para amanhecer em Porto Alegre.  Com essa mudança de planos, tive que acrescentar uma reserva de hospedagem ao meu roteiro, pois ficaria em Porto Alegre esperando o voo que sairia no início da tarde desde as 5 horas da manhã. Optei por um dos hotéis mais próximos do aeroporto, o Express Aeroporto, que é bem simples e em conta para uma pessoa sozinha, mas que me surpreendeu com um bom café da manhã e com o transfer gratuito para o terminal, na hora em que solicitei, após o check out . Essa paradinha me possibilitou ter umas

Preparativos para quem vai para o Japão pela primeira vez

Imagem
Embora fosse uma viagem curta, de menos de 10 dias, minha ida a Tóquio suscitou uma preparação bem mais extensa do que muitas outras que já fiz.  O Japão parece, à primeira vista, um dos destinos mais difíceis de se enfrentar. Todo mundo fala que a cultura é muito diferente, que o idioma é incompreensível e que as pessoas não se comunicam bem em inglês, que o excesso de gente nas ruas e no transporte público acaba te deixando tonto e que o tamanho gigantesco da capital do país põe qualquer um a achar que vai se perder. De fato, tudo é muito diferente, mas acessível a quem não tem grandes pretensões, afora conhecer os principais pontos turísticos e a experimentar algumas atividades tipicamente japonesas. Comecei a fazer o meu dever de casa lendo um pouco do guia do Guia de Destinos sobre Tóquio no site "Melhores Destinos" ( https://guia.melhoresdestinos.com.br/tokyo-japao-199-c.html ), que é bem atualizadinho. Esse guia me ajudou a escolher em que região da c

Organizando a viagem ao Japão - a passagem aérea

Imagem
Uma viagem ao Japão significa um deslocamento de, pelo menos, 24 horas de voo, partindo do Brasil. Isso, claro, se você estiver saindo de uma capital com voos internacionais para grandes hubs , como São Paulo, Rio ou Recife - se não, tem ainda o tempo de conexão até um desses lugares para somar nessa conta. Quando comecei a pesquisar passagens, ainda em fevereiro de 2019, minha noção inicial era a de que as grandes companhias do Golfo Pérsico que operavam no Brasil ( Qatar e Emirates ), ou mesmo a Ethiopian Airlines , seriam as opções mais rápidas, ainda que não baratas, para chegar ao outro lado do mundo. Da mesma forma, imaginava que outra opção tão rápida quanto seria fazer uma conexão na América do Norte, já que lembro que, por muitos anos, operou no Brasil a JAL, fazendo a rota SP - NY - Tóquio, ou mesmo a Korean Airlines , que fazia o roteiro SP - Los Angeles - Seul. Ledo engano.  A rigor, as opções mais rápidas para se chegar ao Japão são as conexões através da

Organizando a viagem ao Japão - passaporte e visto

Imagem
Uma viagem ao Japão exige um pouco mais de organização prévia do que normalmente um mochileiro, ou mesmo um viajante independente brasileiro, está acostumado. Além de um passaporte válido, que é exigido para qualquer viagem para fora da América do Sul, esse destino exige a obtenção de um visto de turismo . Quem tem passaporte europeu (italiano, português, etc.) não precisa desse requisito bem chatinho de obter, mas infelizmente esse ainda não é o meu caso (por enquanto!). O visto japonês pode ser obtido, aqui no Brasil, tanto na Embaixada do Japão em Brasília, como num dos Consulados daquele país em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Belém ou Recife.  O procedimento exige os seguinte documentos (para facilitar essa parte, copiei as dicas do site  https://www.melhoresdestinos.com.br/visto-japones-como-tirar.html ): 1. Passaporte válido (e os passaportes anteriores com visto japonês, se houver; 2. Formulário impresso da Solicitação de Visto

Um mochilão no Japão

Imagem
Muitos anos se passaram desde a minha última postagem sobre viagens. Hoje sou um cara com 38 anos de idade, 2 filhos pequenos e com muito menos oportunidades para viajar naquele estilo que marcou as aventuras que deram origem a este blog . Minhas férias passaram a ser gozadas de um jeito mais confortável, em lugares com segurança garantida, com poucos deslocamentos entre cidades e, em alguns casos, em resorts do tipo all inclusive . No ano passado (2019), porém, surgiu uma grande oportunidade para eu reencontrar essa forma tão especial de viajar - depois de uma frustração nos planos de umas férias em família, fiz uma combinação com minha esposa de que faria algo sozinho, para um lugar que nem ela nem meus filhos tivessem, em princípio, vontade de conhecer. De início, surgiu na minha cabeça a ideia de conhecer a Islândia. Contatei antigos parceiros de mochilões, mas nenhum demonstrou interesse em me acompanhar. Diante da constatação de que seria uma viagem solo, acabei trocand