De Kamakura a Enoshima

Depois de mais de uma hora conhecendo o Kotoku-in, saí pela entrada principal do santuário em direção à região de Hase, na cidade de Kamakura, acompanhando o fluxo de pessoas a caminho do litoral e da estação de trens.

Ao longo do percurso, fui conhecendo um pouco do comércio de rua, das lojinhas de souvenir e das banquinhas que servem lanches típicos da região, coisa que se repete em vários pontos turísticos japoneses, mas sempre com muita organização e limpeza.



Logo pude perceber algo sobre o que já tinha lido antes de viajar ao país: quase todos os lugares para comer, em regiões turísticas, têm exemplos de pratos em modelos de plástico na entrada do estabelecimento, próximo ao cardápio de preços, o que facilita bastante a vida de quem não fala nem lê japonês. Uma das dicas mais simples para facilitar o pedido, nesses casos, é tirar uma foto com o celular do que se quer e, ao ser atendido, mostrar para o funcionário, dizendo apenas "Kore, onegaishimasu!" (Esse, por favor!)

Sem ter planejado nada, acabei encontrando um outro santuário budista, que depois descobri se chamar Shugenji, no qual entrei para conhecer e tirar fotos. O que me chamou a atenção não foi tanto o templo em si, bastante modesto, mas os jardins, cheios de hortênsias. Nunca tinha visto hortênsia fora do Sul do Brasil, muito menos no exterior. Lá aparecem com o nome em inglês de hydrangeas, e depois descobri ser uma flor típica daquela estação em que visitei o país.







Depois de alguns minutos no templo, segui meu caminho até a estação de Hase, que fica na linha de trens locais chamada Enoden, da qual parte o transporte mais fácil para Enoshima, minha próxima parada do dia.

Já era meio-dia quando cheguei a essa estação e o sol estava muito forte. Comecei a sentir o calor pelo qual o Japão é famoso em seu verão, e logo me vi fazendo como os locais - tratei de arranjar um lencinho umedecido refrescante que se vende em qualquer loja de conveniência, para ir secando o rosto e o pescoço de vez em quando. Comecei a suar tanto que achei melhor, inclusive, comprar um frasquinho de desodorante para levar junto na mochila.




Enquanto esperava pelo próximo trem, experimentei também o primeiro de um dos muitos prazeres da minha viagem ao Japão: comprar uma latinha de café bem gelado nas máquinas automáticas (essa da foto acima). Acho que tomei pelo menos um por dia enquanto estava por lá!

Quando  trem chegou, fiz questão de ficar em pé, perto de uma janela com boa visibilidade, para ir fazendo filmezinhos do trajeto. O trem, bem pequeno, passava praticamente nos pátios das casas, cruzava alguns túneis e se embrenhava em algumas áreas de vegetação que lembram um pouco as nossas matas da Serra Gaúcha ou perto de Curitiba.

Depois de umas duas estações, a vista se abriu e comecei e enxergar o mar pela primeira vez. Aparentemente, era apenas uma área não apta para banho, com estradas e linhas de trem perto do litoral, mas logo em seguida comecei a ver a ilha de Enoshima, quase grudada no resto de Honshu (onde fica a principal parte do Japão).

Em poucos minutos, estava na estação Enoshima, de onde desembarquei e saí em direção à ponte que leva a ilha de mesmo nome.






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