Nas montanhas de Montserrat

Segunda-feira, nosso último dia em Barcelona. Acordamos bem cedinho, tomamos o café da manhã e fizemos o check out do albergue (nada mais do que jogar os lençóis num cesto de roupa suja).

Saímos em direção à estação Paral-lel, de onde pegamos o metrô até a Sants Estació. Nosso abono turístico de 4 dias já tinha expirado na noite anterior, mas o bilhete conjugado para Montserrat dava direito a utilizar o sistema interno de transporte público de Barcelona até lá, sempre com o mesmo cartãozinho, que parece um daquele ingressos de jogo de futebol com a tarja magnética de um lado.

Na Sants, deixamos nossos mochilões num locker, para pegar na volta, quando iríamos direto para o aeroporto. Tomamos em seguida um trem metropolitano relativamente vazio até Monistrol de Montserrat, numa viagem que durou cerca de 1 hora. A distância até que não é tão grande (pouco mais de 50km), mas como se pára em todas as estações, acaba levando mais tempo do que se imagina.

Quando se começa a chegar mais perto da cidade, começa-se a ver as montanhas todas de pedras que até então só tínhamos visto em folders turísticos. Muito legal.

Na estação de trem de Montserrat, descemos e demos um tempinho até pegar o teleférico (cable car em inglês ou aeri em catalão) que sobe até o monastério. A vista é impressionante desde o início do percurso de subida.


Quando chegamos lá em cima, pegamos um mapinha da mini-cidade para tentar, primeiro, entender o que tínhamos para conhecer. Na mesma estaçãozinha de onde se desce do teleférico, já existem acessos a outros funiculares, que sobem a partes mais altas das montanhas, onde existem outras covas para conhecer.

Ainda era relativamente cedo e havia muita neblina cobrindo as partes mais altas das montanhas.



Paramos, pensamos um pouco e decidimos que seria melhor fazer as caminhadas nas partes altas das montanhas enquanto o sol ainda não estava muito forte, deixando a parte da visitação da cidade em si para depois.

Pegamos o funicular (cremallera em catalão) para subir até a rocha de Sant Jaume e de lá começamos a caminhada. A vista, enquanto se sobe, é ainda mais bonita: o monastério lá embaixo, no meio das rochas, com o resto do mundo ainda mais lá embaixo:



Há vários caminhos a seguir na parte acima de Montserrat. Alguns deles levam a outros antigos monastérios menores, encravados nas rochas. Alguns têm subidas bem fortes, outros vão serpenteando pelas encostas dos morros. Nada que demande equipamento ou calçados especiais, pois tudo são estradinhas bem definidas, inclusive com escadarias nos pontos mais íngremes e guardas de proteção nas partes mais perigosas.

Conforme o ponto em que se está, vale sempre a pena andar mais um pouquinho (inclusive além do que as placas permitem) para ter uma visão ainda melhor de Montserrat, lá de cima.


Depois de pelo menos umas 2 horas caminhando, a fome bateu. Já tínhamos levado umas frutas para servir de lanche e almoço, porque não quisemos comprar o bilhete conjugado que também dava direito a uma refeição, porque achamos que não valia a pena.

Escolhemos o lugar mais alto e mais distante para almoçar, com uma vista que parece que é da janela de um avião - mas que é apenas aquela que se tem lá de cima:


Se tem uma coisa que eu não imaginava antes de ir pela primeira vez para a Europa é que lá eu conheceria lugares assim, tranqüilos, com a abundância de natureza... A melhor parte de uma viagem acaba sendo justamente essas pequenas surpresas.

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