De Viena a Bratislava
Logo depois de umas quatro horas caminhando pelo Schönbrunn, voltei com o Rafael até o albergue, para fazer o check out dele e ajudá-lo a pegar o transporte até o aeroporto. Na noite anterior e naquela manhã, tinha decidido que ficaria por mais uma noite em Viena, mas que aproveitaria a tarde e o início da noite para conhecer Bratislava, capital da Eslováquia, que fica a uns 45 minutos de trem dali.
Reservei e paguei antecipado mais uma noite, sem problemas (o cara da recepção disse que quem já estava hospedado tinha preferência). Aproveitamos também a simpatia do pessoal do albergue para fazer backups das fotos de viagem, de forma que tanto eu como o Rafael tivéssemos uma cópia de todas - minhas e dele.
Peguei só uma mochilinha para passar o dia e saí com o Rafael a pé até a Westbahnhof. De lá sai o ônibus para o aeroporto. Foi ali que nos despedimos. Confesso que fiquei meio receoso dele se perder no caminho até o aeroporto (hehehe), mas ele sabia muito bem se virar sozinho.
Naquela hora deu uma sensação estranha. Pela primeira vez estava completamente sozinho na viagem - e sem saber muito bem o que fazer. Peguei o bonde para a Südbahnhof, de onde saem os trens para Bratislava e fui já pensando no que fazer.
Cheguei na estação e sofri um pouco com a dificuldade para comprar a passagem para Bratislava. Havia uns estagiários da OBB que me ajudaram.
DICA: para ir a Bratislava, o jeito mais barato e prático é comprar um bilhete conjugado de ida e volta, com direito a uso do sistema público de transporte de Brastilava. Na época, saiu tudo por 14 euros. O nome do "pacote" era Bratislovers. Há trens de hora em hora, tanto para ir como para voltar, das 6hs da manhã até as 23hs. Deve-se validar o bilhete antes de entrar no trem. Não há reservas de lugares, mas os trens saem quase vazios.
O tempo de espera até a saída do trem e a viagem em si foram o tempo que eu precisava para cair a ficha e dar um rumo na viagem sozinho.
A viagem é bastante tranqüila. Não havia mais do que umas outras três pessoas no vagão em que eu estava. A paisagem é praticamente só alguma vegetação ao redor do rio Danúbio, que banha os dois países vizinhos e as duas capitais.
Na fronteira, ainda havia necessidade de carimbar passaporte, porque a Eslováquia ainda não fazia parte de Schengen. Sem perguntas, nem nada, foi só o tempo de parar alguns segundos o trem, descer a tripulação e a polícia austríacas para entrarem os eslovacos e tudo seguiu tranqüilo.
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ANDRÉ