Luxemburgo - os passeios

Luxemburgo tem uma história de resistência a guerras e invasões. O povo se orgulha de ter lutado e evitado várias invasões ao longo dos séculos. A geografia do lugar, com vales profundos cercados por paredões de rocha permitiram que fortalezas fossem construídas, com torres de vigia e casamatas por todos os lados.

O passeio por algumas das casamatas, aliás, é uma das principais atrações turísticas da cidade. Paga-se algo em torno de 8 euros para conhecer o interior de alguns trechos, com acompanhamento de um guia que vai explicando tudo em duas ou três línguas. Para quem é meio claustrofóbico, talvez não seja uma boa idéia, já que as pessoas acabam tendo muitas vezes que se abaixar ou se contorcer para passar por alguns corredores menores de ligação das tais casamatas. O chão, em muitas delas, é encharcado pela umidade da rocha.

Para quem não tem problema com essas dificuldades, vale a pena. É legal a surpresa que se tem com o lugar para onde se acaba indo depois de alguns metros debaixo da terra. Pode-se acabar no alto de um vale, ou lá na parte debaixo dele, de onde é possível sair e caminhar pelas florestas que estão por todos os lados na cidade.
Outro passeio que aparece como um dos principais a serem feitos por quem está na cidade de visita são as rotas de caminhada indicadas nos mapinhas turísticos da cidade. Seguindo uma delas, a pessoa acaba conhecendo em algumas horas o que há de mais interessante. Passa-se por pontes sobre rios de águas ligeiras; outros de águas tão paradas que dá para ver o reflexo da cidade como num espelho. Dá para caminhar por entre muros com aqueles “quadradinhos” típicos de castelos e muralhas, subir em escadarias centenárias para ter acesso a torres de vigia e descer em túneis para ter acesso a antigas masmorras e depósitos.
O sujeito que quer caminhar em Luxemburgo tem de estar preparado para muito sobe e desce. As escadarias, às vezes, aparentam não ter fim. Há muitas rampas em ziguezague também, para descer às partes mais baixas (inclusive para chegar ao albergue). Alguns pontos são tão intransponíveis que existem elevadores públicos para subir.
O mais interessante dos passeios a pé, entretanto, são as dezenas de pontes que existem na cidade. Olhando as fotos que tirei delas, não sei reconhecer exatamente qual era qual e, para quem não foi, até parece que tirei muitas fotos repetidas. Mas não. Há muitas e variadas formas de pontes, desde algumas iniciadas pelos romanos, com um estilão ainda bem medieval, passando por outras mais modernas, sempre com arcos gigantescos (sem nenhum pobre morando embaixo!) até as mais modernas e altas, de onde se têm vistas bem legais da cidade.

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