Atenas: Acrópole


Para nossa alegria, o céu foi limpando cada vez mais no meio da tarde e, quando chegamos na estação de metrô mais próxima da entrada da Acrópole, já estava fazendo um sol de rachar.

O caminho entre a estação e a entrada é quase todo íngreme. À medida que a pessoa se aproxima do portão da área, que é protegida como um dos maiores patrimônios da humanidade e, sem dúvida, o monumento mais importante da Grécia, percebe que a polícia fiscaliza e impede a venda de bugigangas e que não ninguém com cara suspeita espreitando os turistas.

Um pouco antes de chegar ao acesso à área histórica, passamos em frente ao Museu da Acrópole, recentemente aberto em substituição a outro, menor e mais antigo, que ficavam bem ao lado das ruínas. Ali ficam guardados os objetos e estátuas que foram retirados do lugar original para serem mais bem preservados. Decidimos que só entraríamos se estivéssemos empolgados na volta e seguimos em frente (na volta acabaríamos não entrando também).

Na bilheteria, vimos que havia várias opções de ingresso: um só para a Acrópole, um para o Teatro de Dionísio e um para o Museu, além de outros combinando duas ou três dessas atrações. Compramos só o da Acrópole e do Teatro e seguimos pelo caminho ainda mais íngreme e cheio de oliveiras que dá acesso às escadarias da entrada.

Não é à toa que Acrópole significa “cidade alta”. Dá uma boa pernada até lá em cima, quando se chega ao Templo de Nike, no acesso usado pelos visitantes.
Chegar lá em cima e ver o Parthenon da Acrópole, mesmo com algumas partes em restauração, é uma daquelas sensações parecidas que se tem quando se visita o Cristo Redentor pela primeira vez, o Coliseu ou Machu Picchu. Não foi por acaso que o lugar ficou entre os finalistas na eleição das 7 Maravilhas do Mundo Moderno (só perdeu por falta de apoio e organização popular).

O Parthenon (que significa “Virgem”) era considerado como a morada da deusa Atena, que dá nome à cidade, e foi o maior templo em estilo dórico já construído.
A vista da cidade, que rodeia completamente a Acrópole, também é impressionante. O vento amenizava o calor, que já era bem forte e dava bem a noção de como dever ser insuportável no mês de julho ou agosto, na altíssima temporada. Detalhe: como a área é toda protegida, não há bares nem quiosques, por isso quem não levou a sua aguinha, passa sede.
Além do Templo de Nike, na entrada, e do Parthenon, no centro da Acrópole, outra atração importante é o Erechtheion, lugar onde, segundo a mitologia, Poseidon tocou o solo da terra com seu tridente e onde Atena fez nascer a primeira oliveira.

Esse prédio é decorado por seis colunas em formato de mulheres, as Carátides, e tem intactas partes do teto, que são também muito bonitas.
Tudo na Acrópole é sagrado para a religião clássica grega e desde muito tempo foi proibido que qualquer pessoa mortal morasse e muito menos nascesse naquele local.

Do lado da Acrópole que se tem a vista para o mar Egeu, ficam também os dois teatros clássicos da cidade. O primeiro, que pode ser bem visto lá de cima, é o Teatro de Herodes Ático, que está restaurado, é usado em concertos de música clássica a céu aberto e que não pode ser visitado fora dos espetáculos.
O outro, o Teatro de Dionísio, está em ruínas e pode ser visitado mediante pagamento de ingresso. Foi por lá que passamos na hora em que já estávamos indo embora, depois de umas duas horas de visita e contemplação na cidade alta de Atenas.

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