Lugares mais "baratos" do mundo (2011 e 2012)
Se tem uma coisa que todo mundo quer, numa viagem, é um bom
custo-benefício. Pensando nisso, todos os anos a Lonely Planet, em seu site
oficial, costuma divulgar listas com os países que, por motivos de crise econômica,
uma baixa súbita no turismo ou simplesmente por uma desvalorização do câmbio
acabam se tornando uma “pechincha” para os viajantes.
A lista não traz necessariamente países “baratos”, mas
países que se tornaram mais acessíveis aos viajantes de um ano para o outro.
Confira as listas de 2011 e 2012 e veja se concorda com a opinião dos caras:
2011
2 – Nicarágua: enquanto s vizinhos centro-americanos (Costa
Rica, Honduras, Panamá) inflacionam seus preços com o aumento do turismo, este
país segue barato, com atrações mais alternativas, mas que exigem certa cautela
no quesito segurança, principalmente em Managua.
3 – Washington, EUA: a capital americana é voltada para o
turismo cívico e quase todas as atrações são públicas e gratuitas.
4 – Paris (!?): o site reconhece que a capital francesa
sempre será cara, mas destaca que lá, ser pão duro pode ser parte de uma viagem
legal. Sugere que se leve um saca-rolhas e que se compre queijos e vinhos para
fazer as refeições nos parques públicos, além de usar as padarias que vendem
croissants a 1 euro.
5 – Namíbia: o país aparece como alternativa mais em conta d
que Botswana, África do Sul e outros, para os interessados em safaris e caças.
6 – Filipinas: o pais disputa o título de destino de praia
mais barato com a Tailândia, mas sem dúvida perde em popularidade. Está
aumentando seu marketing e conseguiu emplacar um rio subterrâneo como uma das 7
Maravilhas Naturais do planeta, além de colocar a ilha de Boaracay no mapa do
turismo.
7 – Argentina: embora não seja mais aquele absurdo de barato
que foi no período logo após a crise de 2011, a Argentina, com seus problemas econômicos
frequentes, continua oferecendo atrações de alto padrão, comida de excelente
qualidade, esqui, tours e arte a preços muito inferiores ao “Primeiro Mundo”.
(Aliás, desde a proibição de compra de dólares aos moradores daquele país que não
estejam com viagem marcada, a cotação do dólar paralelo subiu tanto que já está
valendo mais de 60% da cotação oficial. A dica, portanto, é levar dólares e ir
gastando lá em hotéis, lojas e restaurantes, recebendo bem mais do que nas
casas de câmbio oficiais.)
8 – Nápoles: embora esteja num país notoriamente caro
(Itália), Nápoles tem como uma das suas principais atrações a comida, que
geralmente e simples, barata, e fresquinha.
9 – Ucrânia: seria um dos últimos países do leste europeu
que seguem com preços realmente bem mais baixos, mas para aproveitar isso a
dica é fugir da capital.
10 – Síria: estava na lista de 2011, mas será que alguém
iria para lá hoje em dia??? Tá explicado o motivo.
2012
1 – Nordeste dos EUA (Nova York, Boston, Washington): é
óbvio que não são lugares baratos, mas no início do ano, com a desvalorização
do dólar no mundo inteiro, estavam bem mais baratos do que de costume. O site
aconselha, ainda, que se usem os ônibus como meio mais barato de deslocamento
de um canto para o outro. (Ainda estou devendo uma visita a Nova York, mas uma
hora sai...)
2 – Japão: é sempre considerado como um dos lugares mais
caros do mundo, mas com o tsunami e a crise econômica dos últimos anos, algumas
atrações como o esqui, o parque da Disney local e algumas refeições estão até
mais baratos do que na Europa ou nos EUA. OK, neste ano o lugar deverá estar
cheio de corintianos, por isso é melhor deixar para outra.
3 – Tadjiquistão: esse país da Ásia Central é um
desconhecido para a imensa maioria da população, mas consta como uma das mais
baratas das ex-repúblicas soviéticas. Lugar para os mais aventureiros, com
vontade de ver montanhas, pastores nômades, Ladas sucateados e arquitetura
comunista.
4 – Porto, Portugal: Portugal é sempre um dos países com o
menor custo de vida na Europa Ocidental, tem passagens diretas de avião
partindo de quase tudo quanto é cidade e, de quebra, fala a nossa língua. O
site recomenda hospedagens baratas e degustações gratuitas de vinho do Porto.
5 – Lesoto: país literalmente no meio da África do Sul, bem
mais barato que o vizinho grandalhão, mas que nunca esteve nos meus planos.
6 – Iquitos, Peru: a capital da Amazônia peruana é bem mais
acessível em termos de preço do que as nossas capitais do Norte.
7 – San Francisco, EUA: segundo a LP, a cidade tem um custo
de vida alto para quem mora lá, mas as atrações turísticas ou são de graça ou são
baratas. Os hotéis, segundo o site, têm boa qualidade e diárias de menos de US$
100.
8 – Macedonia: ex-república iugoslava que começou a investir
pesado em marketing turístico, é uma das apostas para a próxima “queridinha” da
Europa, posto que foi assumido pela Croácia há algum tempo e que já tem novos
pretendentes.
9 – Vietnã: o país é considerado sempre como um dos melhores
lugares no quesito custo-benefício no mundo, com uma moeda hiperdesvalorizada,
comidas de rua a preços ridículos e um crescente interesse de turistas
ocidentais.
10 – Mérida, México: o Lonely Planet sugere essa cidade como
uma alternativa segura, barata e tranquila para experimentar o “verdadeiro México”,
fugindo de lugares disputados como a Riviera Maia, Acapulco e a região de Los
Cabos, ou perigosos como a Capital Federal e o norte do país.
Como sempre digo, listas são muito subjetivas, mas sempre
atraem o interesse de todo mundo. Em 2010, por exemplo, a LP citou Las Vegas,
Kenya, Bulgaria, Índia, México, Malásia, África do Sul, Londres, Tailândia e
Islândia... Por que quase nenhuma se repetiu nos anos seguintes?
Comentários
Caro e a passagem...