Conexão em Chicago - passeios


Como contei no último post, cheguei em Chicago num sábado cedinho da manhã e, por volta das 7h e pouco, já estava do lado de fora do aeroporto, pronto para gastar umas 6 horas da minha conexão de 10 horas e meia explorando a região mais central dessa grande metrópole americana.

Embarquei no metrô da Blue Line na estação O'Hare, que é interligada ao aeroporto de mesmo nome, pagando a passagem simples (5 dólares, para quem sai do aeroporto) com o Google Pay do meu celular, por simples aproximação e sem qualquer cadastro prévio. Não poderia ser mais simples!

O deslocamento durou mais de 50 minutos, sem qualquer baldeação, até que eu desembarcasse na estação Washington, bem no centro de Chicago. No caminho, nada muito interessante: só a visão de uma cidade bem plana, tipicamente americana, com aquelas casas brancas de madeira nas regiões mais afastadas, e depois um cenário de prédios industriais antigos, para finalmente chegar na região onde começam os arranha-céus. As pessoas, praticamente em proporções iguais, pareciam ser brancas, negras e o que os americanos generalizam como "latinos". 

Do lado de fora da estação Washington, na esquina das ruas Dearborn e Washington, tive minha primeira visão de Chicago. A cidade ainda estava dormindo, vazia, perto das 8hs de sábado. Tirei algumas fotos de uma praça e dos prédios ao redor, e fui caminhando lentamente pela Washington St. em direção ao Millennium Park. 


No caminho, cruzei por um grande mural do Kobra, artista brasileiro do grafite conhecido mundialmente.


Depois de cruzar por baixo da linha do metrô, decidi parar para fazer meu segundo café da manhã (o primeiro foi o café fraquinho servido no avião). A escolhida foi a Donkin' Donuts!



Fiquei ali comendo minhas rosquinhas, tomando meu café e avisando a família que tinha chegado bem em terras americanas. Na saída, aproveitei que havia uma filial da Walgreen's praticamente ao lado e entrei para comprar uma água mineral para carregar na mochila, uns chocolates e a melatonina que eu tinha programado para levar para o Japão, sabendo que lá não vendem esse suplemento e que seria uma boa usá-lo para enfrentar o jet lag.

Depois da farmácia, foi só atravessar a rua para chegar ao principal ponto turístico a céu aberto de Chicago: o Millennium Park. 

Deviam ser pouco mais de 9 horas da manhã, mas o parque já tinha bastante gente fazendo de tudo: yoga num gramado central, tours guiados na parte em que há um memorial de guerra, selfies perto daquele "feijão" espelhado que é o símbolo da cidade...




Assim que cheguei, escrevi uma mensagem para meu amigo americano nascido em Chicago contando que estava na cidade dele. Imediatamente ele começou a me passar dicas, e a que mais me interessou foi a de fazer o passeio de barco da Associação dos Arquitetos.

Antes de seguir para lá, porém, caminhei bastante pelo parque, explorando outros cantos. O que mais me impressionou foi aquele chamado de Crown Fountain, onde as fontes de água saem da boca de imagens humanas que mudam a toda hora, em suas grandes colunas nas extremidades de um espelho d'água.


Após me dar por satisfeito em relação ao parque, fui andando pela Michigan Avenue em direção ao rio que leva o mesmo nome da cidade de Chicago, para fazer o tal passeio de barco.

Consegui embarcar num que estava saindo em questão de 5 minutos, no Chicago Architecture Center, e peguei um lugar bem na frente, ao ar livre. O tour começa pertinho da ponte Du Sable, avança pelo rio Chicago até o ponto em que há a confluência dos dois principais afluentes desse rio e toma o caminho do norte. Vai até uma área industrial, depois retorna até a confluência e segue pelo rio que vem do sul. Chega ao limite da cidade, volta tudo e passa do ponto de partida, saindo quase na foz do rio Chicago no lago Michigan.




Confesso que fiquei admirado com o visual da cidade, que não sabia ser cheia de pontes e canais, e com tantos prédios modernos. Achei muito agradável visualmente a Chicago Riverwalk - pareceu um lugar que vale a pena conhecer a pé.

No final do passeio, uma chuva fina começou, mas como o barco tinha uma parte coberta, não tive maiores problemas em me abrigar. 

Depois de uma hora e meia andando pelas águas da cidade, terminei o passeio descansado, mas já com fome, porque tinha passado do meio dia e eu não tinha comido nada desde aquelas rosquinhas.

Saí do embarcadouro dos passeios e peguei novamente a Michigan Ave., dessa vez passando pela região conhecida como "Magnificent Mile", em direção a um dos restaurantes Giordano's, que são a marca da cidade.




No Giordano's, cheguei quando ainda havia pouco movimento, por isso pude escolher com tranquilidade um lugar na janela que dava para a rua e fazer o meu pedido solicitando ajuda ao garçom. Como tinha programado, comi uma Chicago stuffed pizza, que é quase um bolo com recheio de pizza, com os ingredientes escolhidos pelo freguês. Pedi quais eram os mais tradicionais e acabei recebendo uma com pepperoni, queijo e cebola.


Muito boa a refeição, mas horas depois ainda lembrava daquela cebola toda!

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