De Phuket a Ko Samui
No nosso quinto e último dia em Phuket, só tivemos tempo de
tomar o café da manhã, arrumar as malas e ler um pouco até chegar a hora
combinada com o nosso transfer para o aeroporto.
Era domingo de manhã e, com o trânsito bem mais tranquilo do
que na chegada, conseguiríamos facilmente chegar até o aeroporto em 40 minutos. (Existem outras formas de ir de Phuket a Ko Samui, sendo a mais popular comprar uma passagem de ônibus combinada com o ferry boat que leva até a ilha, mas a operação toda não costuma levar menos de 6 horas. Um voo direto entre as duas ilhas, porém, leva apenas 40 minutos.)
Chegando lá, ficamos um pouco perdidos até encontrar o
balcão de check in da Bangkok Airways. Havia muita gente pegando voos de volta
para a Rússia e para a Escandinávia e não conseguimos localizar onde estava a
plaquinha da nossa companhia. Com os monitores não ajudando muito, pedimos
informações e fomos parar lá no Terminal 2, uns bons 100 metros de caminhada
por corredores, tapumes e elevadores arrastando as malas, para nos darmos por conta de que tínhamos
entrado no lugar certo inicialmente e que precisávamos voltar tudo de novo.
Confusão resolvida e malas despachadas, tratamos de arranjar
um lugar para almoçar. Antes da área de embarque, há bem poucas opções nesse
quesito – a única coisa que se vê bastante são lojas de lembrancinhas e as
onipresentes lojas da Jimmy Thompson. Depois do embarque, porém, as opções
melhoram, e conseguimos fazer uma boa refeição.
Eu já sabia, mas muita gente não: o voo da Bangkok Airways
entre Phuket e Ko Samui é feito em aeronaves pequenas, bimotores, mas com as
hélices para fora. Pela surpresa, muita gente fez piadinhas e ficou tirando
fotos do lado de fora do avião, entre a porta de embarque do aeroporto e a
escadinha para subir nele. A companhia até estimula isso, porque personaliza
com pinturas diferentes cada avião que tem, reforçando seu slogan de “companhia
boutique da Ásia”.
Assim que decolamos, pude ver um pouco da paisagem lá
embaixo, principalmente as ilhas da baía de Phang Nga, que conhecemos de
caiaque. Depois que comemos a refeição servida no voo (muito boa, aliás), o
tempo do lado de fora começou a fechar e assim que nos aproximamos de Ko Samui
vimos que nossa chegada seria com chuva, das fortes.
Vista aérea de ilhas no Mar de Andaman
Pack com sanduíche e água mineral
O aeroporto de Ko Samui é particular e pertence à própria Bangkok
Airways, que por muito tempo tinha o monopólio dos voos para a ilha. O aeroporto
é um dos mais pitorescos que já vi: todo ajardinado, com aquários nos
banheiros, sofás de vime com almofadas para descanso em todas as partes e parte
dos prédios cobertas com folhas de palmeira, num ambiente que lembraria um
filme feito no Havaí.
O transporte entre o avião e a área do desembarque, onde
pegamos as bagagens, foi feito em bondinhos daqueles que fazem passeios com
crianças no Natal e tudo corre de uma maneira bastante mais tranquila do que em
outros aeroportos.
Sim, isso são mictórios!
Do lado de fora do aeroporto, vi acontecer exatamente aquilo
que os guias de viagem descrevem: o serviço de táxi na ilha é completamente
dominado por uma cooperativas quase mafiosa, que define os preços das corridas
em patamares muito mais altos do que em qualquer outra parte do país. Nada que
seja absurdo para padrões brasileiros, mas pagamos uns 25 reais por uma
corridinha de cerca de 2 ou 3km até nosso hotel.
O negócio, aqui, é já ir sabendo disso e nem se estressar. A
ilha é relativamente grande e por isso o melhor a fazer é tentar ficar em algum
lugar com mais opções de restaurantes, boas praias e comércio, como Chaweng,
que é a praia mais conhecida da ilha e também muito próxima ao aeroporto.
Comentários