Passeios em Phuket - Ao Phang Nga
Um dos passeios mais conhecidos da região de Phuket é aquele
que leva os turistas até a baía de Phang Nga, situada na província de mesmo
nome, alguns quilômetros a nordeste da ilha de Phuket.
A baía de Phang Nga é protegida como um parque nacional
marinho e, por isso, não há quase nada de infraestrutura nas ilhas nela
situadas. A única exceção é uma comunidade islâmica flutuante, que começou
pequena, mas hoje congrega umas 3 mil pessoas vivendo em estruturas de
palafitas e barcos interligados uns aos outros, e tirando do turismo, da pesca
e da criação de ostras o seu sustento, próximas à ilha de Pan Yi (Ko Pan Yi).
A grande atração dessa baía são as dezenas de ilhas formadas
por pedra sabão, que “brotam” do fundo do mar, formando penhascos inacessíveis,
com vegetação só na parte mais alta. A grande maioria é desabitada, tendo como “moradores”
apenas alguns macacos, aves e animais marinhos.
Muitas dessas ilhas têm o interior oco e, quando a maré está
baixa, é possível passar para o seu lado interior, onde fica uma lagoa de água
salgada, totalmente rodeada por paredões de pedra e vegetação. Algumas até têm
prainhas internas, formadas pelo acúmulo de sedimentos que caem das rochas e por
areia do mar que se acumula sobre a vegetação na maré alta.
O melhor jeito de conhecer essas ilhas é descer do barco
maior, que leva as pessoas de Phuket até o Parque Nacional, e embarcar em
caiaques. Com os caiaques, é possível passar por debaixo das rochas na maré
baixa e entrar nas lagoas interiores das ilhas. Além disso, como muitas ilhas
tem paredes que estão erodindo em razão da água, é possível passar por baixo de
entrâncias das ilhas, com estalactites de todos os tamanhos.
Caiaques passando ao lado das ilhas, em mar aberto
Como a travessia das rochas exige perícia (é muito fácil se
cortar nos corais ou simplesmente ficar preso debaixo de uma pedra, com a maré
subindo), os caiaques são exclusivamente conduzidos por guias locais, que recebem
1 ou 2 pessoas na carona para fazer os passeios.
Caiaques passando por baixo das rochas, para acessar a lagoa interior das ilhas
Caiaques nas lagoas interiores
No passeio que contratamos na agência de turismo do próprio
hotel, fechamos o pacote por uns 3000 baht (cerca de R$ 185 por pessoa).
Incluía o transfer de ida e volta do hotel com uma van, que nos buscou às 7h da
manhã e nos levou até a Phuket Marina (uma marina situada num condomínio de
luxo perto da capital da ilha, de onde saem os barcos); o trajeto de barco
rápido de ida e volta até o parque nacional marinho, com direito a paradas para
visitação nas ilhas, descida de caiaque em duas delas (cada uma com 30 minutos
de duração), almoço na comunidade islâmica flutuante e parada numa praia em uma
ilha maior, já no percurso de volta. O passeio dura o dia inteiro e só fomos
entregues no hotel por volta das 18h – valeu muito a pena e há várias
companhias fazendo tours semelhantes (só exija barcos rápidos, porque mesmo com
eles leva-se mais de uma hora até o ponto mais distante da viagem).
A Phuket Marina
O interior do barco rápido, com refri e frutas à vontade
O “ponto alto” do tour, para muita gente, é a visita à “ilha
de James Bond”, como ficou mundialmente conhecida a Ko Tapu, uma ilhota de
pedra em forma de prego, no meio de uma baía quase fechada de uma ilha com
areia bem soltinha.
Como não poderia deixar de ser, o lugar é bem muvucado, com
muitos turistas indo e vindo de barcos de passeio, e lojinhas dos muçulmanos
que moram na vila mais próxima vendendo souvenirs. O DVD com o filme do James
Bond em “O Homem da Pistola de Ouro” é o que mais se vê nas banquinhas...
A famosa ilha do James Bond
O almoço, como eu disse, é feito na cidade flutuante e,
apesar de nosso receio inicial, foi bem satisfatório. Há vários restaurantes
com buffets que misturam comidas tailandesas e ocidentais, para agradar a todos
os gostos. Cada tour fica num, que geralmente cobra bebida por fora (não há
cerveja, por causa da religião) e tem uma lojinha nos fundos para vender
souvenirs. No que conhecemos, havia um sujeito com um falcão de caça
domesticado cobrando uns trocados para tirar fotos com o bicho no braço – eu fora!
Comunidade flutuante vista de longe
Restaurante na cidade flutuante
Na hora da volta, como acontece bastante naquela região, o
tempo começou a ficar mais feio para a chuva do final de tarde. Paramos por
cerca de uma hora numa praia em uma das ilhas maiores, onde havia milho verde
passando,jet skis para alugar e um barzinho bem precário, com água do mar bem
calminha e quente. Foi só sair dali que a chuva começou a cair, mas o passeio
já estava terminado mesmo.
Jet ski com tempo feio ao fundo
Praia tranquilinha
Chegamos em casa moídos, porque são umas boas quatro horas
dentro do barco, ao todo, sem contar as partes de caiaque e o almoço na
comunidade flutuante. O passeio, se você não for de enjoar no mar, é
imperdível, e nunca ouvi falar de outro lugar do mundo com esse tipo de ilhotas
e de experiências.
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