Phuket - introdução


Depois de conhecer a capital do país, Bangkok, e Chiang Mai, no norte da Tailândia, já estávamos ansiosos por conhecer aquele que estava previsto como o ponto alto da viagem: Phuket.

Phuket (pronuncia-se Puquê) é uma ilha na costa sudoeste da Tailândia, no litoral do Oceano Índico. Embora já fosse velha conhecida dos europeus há pelo menos 20 anos, ficou famosa mundialmente após as desgraças ocorridas no final de 2004, quando um tsunami gerado por um terremoto próximo ao litoral da ilha de Sumatra, na Indonésia, acabou matando milhares de pessoas - algumas centenas delas em Phuket. Desse desastre, porém, não há mais quase nenhum resquício, a não ser por placas que indicam locais para onde fugir caso algo semelhante ocorra no futuro.

A ilha (que também é uma província) tem mais ou menos o dobro do tamanho da ilha de Florianópolis (talvez até um pouco mais) e a sua cidade principal, referida como Phuket Town, fica bem no canto sudeste, diametralmente oposto ao aeroporto, no canto noroeste, próximo à ponte rodoviária que conecta a região ao continente. O maior centro turístico, porém, é a cidade de Patong, na costa oeste (voltada para o mar aberto).

O turismo é a principal atividade turística da região, que se desenvolveu voltada para essa indústria como nenhuma outra no país. Há dezenas de megaresorts ocupando boa parte das melhores partes das praias da ilha, além de centenas de hotéis e pousadas menores. Há universidades de turismo e toda uma estrutura governamental voltada para a atenção aos visitantes. Cada vez mais, também, surgem condomínios fechados de luxo, muitas vezes com imóveis comprados por aposentados russos, europeus ou australianos.

Para se ter uma ideia do tamanho dessa indústria em Phuket, basta dizer que desembarcaram na ilha, em 2011, cerca de 5 milhões de turistas estrangeiros. Isso é quase o mesmo número total de turistas que visitam o Brail inteiro num ano. O aeroporto, que é internacional, recebe voos de regiões tão distantes quanto a Finlândia, a Suécia e a Noruega, como de outros lados, na Austrália, no Oriente Médio e por toda a Ásia. O número de voos para a Rússia também é desproporcionalmente grande. Cada vez mais, europeus em férias chegam diretamente na ilha, sem precisar passar por Bangkok.


O que atrai tanta gente a Phuket é a imagem muito bem divulgada de um paraíso tropical, com muitos coqueiros, frutos do mar, praias de águas quentes, calmas e de cor azul turquesa, flores, cultura budista pacifista e muita segurança. A gastronomia tailandesa, a boa infraestrutura e o baixo custo das coisas (comparado com o Ocidente, mas não com o restante da região) completam o ambiente naturalmente favorável ao turismo.

As estações na ilha, no entanto, determinam que ela só seja esse paraíso todo entre dezembro e maio, pois a partir de junho costuma começar a chover bastante. As monções, com seus temporais infindáveis, deixam o mar turvo e bravo, aumentam as chances de deslizamentos, escondem o sol por boa parte do dia e fazem fechar muitos estabelecimentos. Elas são mais fortes entre agosto e outubro, época em que só os surfistas acham graça na região.

A primeira coisa que quem pretende visitar Phuket precisa fazer é escolher uma dentre as inúmeras cidades e vilas de praia para se estabelecer. O turismo de praia se desenvolveu quase que exclusivamente na costa oeste da ilha, ou seja, nas partes de mar aberto. Há inclusive sites indicando quais são as características de cada uma das praias.

As praias mais ao norte da costa oeste, a exemplo de Hat Mai Khao e Hat Mai Yan, são mais desertas, um pouco mais selvagens, mas com menos infraestrutura. Há alguns poucos (e caros) hotéis boutique e resort meio isolados, que atraem especialmente quem gosta de lugares mais no estilo pé-na-areia, com tranquilidade.

As praias mais centrais, com Patong no destaque, são as mais muvucadas, mas também as únicas com expressiva vida noturna. Ali, de outro lado, é que se concentram os cabarés e os antros de prostituição, pelos quais a Tailândia também é famosa, no melhor estilo "Se beber não case 2". Como o mar é bastante raso nessa parte, o tsunami fez os maiores estragos justamente nessa cidade. 

As praias mais ao sul tendem a ser mais voltadas a famílias. Hat Karon e Hat Kata têm bastante estrutura de comércio, muitos restaurantes, mas a orla marítima é praticamente uma propriedade particular dos grandes resorts que lá se instalaram há bastante tempo.

Depois de muita indecisão, minha escolha foi pela pequena praia de Kata Noi, uma parte separada da praia de Kata, bem no sul da costa, que tem menos muvuca, areia mais limpinha e uma baía com um visual bonito, inclusive com uma ilhazinha no canto. 

Pesei muito a questão de escolher um hotel com acesso direto ao mar e por isso decidi abrir mais a mão e reservar um resort, o Katathani, do qual falarei em outro post.

Comentários

Gabriel Homero disse…
Muito legal legal mesmo...
Luna disse…
Oi André! Seu blog é realmente incrível. Achei, pois estou com muitas dúvidas a respeito de vistos e etc e ví um post seu ajudando a galera.

Seguinte: pretendo ir em junho, como turista, para Barcelona, mas quero ficar por mais de 3 meses. Ou seja, fazer uns cursos informais, etc... Sem trabalhar. Me falaram que é possível ficar por mais de três meses caso, quando o visto esteja quase expirando, eu saia por alguns dias dos países do acordo Schengen e vá, por exemplo, para Inglaterra. E quando eu voltar para Barcelona recebo o carimbo de mais três meses.

Isso é verídico?

E outra coisa: é possível conseguir visto de estudante estando lá?

Desculpa te importunar com essas dúvidas, mas se puder me ajudar, agradeço muito!

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