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Mostrando postagens de agosto, 2010

Sarajevo - chegada

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O aeroporto de Sarajevo é bem pequeno, menor do que o de muitas cidades no interior do Brasil. Perguntamos para um pessoal se havia algum caixa automático ou casa de câmbio para que pudéssemos conseguir algum dinheiro local, mas a resposta foi negativa. Só no centro da cidade ou na estação rodoviária, disseram. Perguntamos então se aceitavam euros nos táxis e aí se solucionou nosso problema. Não há transporte público direto entre o aeroporto e o centro de Sarajevo. A opção mais econômica e complicada é andar uns dez minutos até uma parada de ônibus no subúrbio, pegar um ônibus até uma região mais central e de lá seguir de bonde. Os taxistas se aproveitam disse e cravam a faca no preço. Pagamos 20 euros para os quatro num Mercedão, o que até é compreensível pelo volume das quatro mochilas juntas, mas quatro marmanjos com mochilinhas menores na mão. Eram 13h35 no horário local (5hs a mais que Brasília). Pedimos para que o taxista nos levasse até a estação de trens, onde conseguiríamos di

Istambul - Sarajevo

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Na hora marcada, talvez com uns 5 minutinhos de atraso, estávamos de volta ao Cheers Hostel. Pegamos nossa bagagem de mão que estava no quarto e pedimos ao pessoal do albergue para chamar um táxi. Em meia hora, depois de uma viagem a 120km/h como na vinda, e pagando as mesmas 30 e poucas liras, chegamos ao aeroporto com tranquilidade (é importante dizer ao taxista qual aeroporto você quer ir, porque há dois deles – um no lado asiático, para voos domésticos, e outro do lado europeu, para voos mais longos, chamado “Atatürk”). Diferentemente da maior parte do mundo ocidental, e talvez por questões de segurança, há controle de raio-x logo na entrada do aeroporto, antes mesmo do check in. Uma vez lá dentro, é tudo muito tranquilo, porque há espaço de sobra e muito mais atendentes de check in do que em aeroportos brasileiros. Os guris ainda precisavam despachar as coisas deles, mas eu e o Harold pudemos ficar numa lancheria esperando. Quando os outros estavam prontos, fomos para a fila de im

Turco

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Nunca tive a pretensão de aprender a falar turco, mas também não imaginava que seria um idioma cujas palavras não fariam o menor sentido para mim. Pouquíssimas são as expressões a respeito das quais se consegue vislumbrar alguma possibilidade de tradução sem o auxílio de alguma legenda ou subtítulo em inglês. O turco, ao contrário do que eu pensava, não é nem um pouco parecido com o árabe, aos ouvidos de quem escuta. Na escrita, a profusão de letras com trema (ö e ü) faz lembrar um pouco de alemão. Nos guias da Lonely Planet , li que o idioma turco falado atualmente, na verdade, é uma reinvenção artificial da revolução dos anos 20 e 30, quando se enterrou o Império Otomano, separou-se a religião da política e adotou-se o alfabeto ocidental como obrigatório. Como idioma recriado, foi feito de forma simplificada. Não há artigos e os verbos são todos regulares, com a exceção de um só, que acho que é o verbo “ser/estar”. Os plurais dos substantivos também são regulares e, por essa estrutur

Flashtour em Sultanahmet - Parte II

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Depois de uma meia hora conhecendo o interior da Mesquita Azul, cruzamos novamente a praça em direção à Santa Sofia e entramos na fila para comprar ingressos, que estão custando 20 liras turcas. O Rafael e o Diego voltaram ao albergue, para fechar as mochilas, e combinamos de nos encontrar às 10h00 para pegar um táxi para o aeroporto. A Santa Sofia ( Hagia Sophia em grego, ou Ayasofia em turco, também traduzida para o português como "Santa Sabedoria") foi construída ainda no século VI, pelo imperador Justiniano I, na época do Império Romano do Oriente, para ser uma basílica cristã. O domo principal, que tem mais de 30m de diâmetro, segundo informações disponíveis nos guias e na Wikipedia, cobria o maior espaço coberto do mundo por mais de 1000 anos. Ela foi convertida em mesquita depois que os conquistadores otomanos tomaram a cidade no século XV. Em 1935, depois da revolução cultural que pretendeu aproximar a Turquia do Ocidente, o prédio foi transformado em museu, e assim t

Flashtour em Sultanahmet - Parte I

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Como perdemos o fim de tarde de sábado no aeroporto e como ficamos a noite de sábado no albergue, só tínhamos algumas horas da manhã de domingo para aproveitar alguma coisa de Istambul antes de voltar ao aeroporto para seguir viagem a Sarajevo. Com a claridade da manhã entrando cedinho no quarto, acordei sem despertador e fui tomar um banho. Uma meia hora depois, estávamos saindo para dar umas voltas nas atrações mais próximas, sendo que combinamos de encontrar o Diego e o Rafael mais tarde, em algum lugar do bairro. A cidade ainda estava quase vazia naquela hora. Fomos caminhando em direção à praça que separa a Santa Sofia da Mesquita Azul e de lá seguimos para o pátio da Mesquita Azul. Foi a primeira vez que vi de perto uma mesquita com minaretes. O troço é impressionante, muito gigantesco, muito bonito. Essa mesquita foi construída por volta do ano 1600, para rivalizar e superar em beleza a Santa Sofia, que tem quase 2000 anos. Fomos até a porta e descobrimos que só abriria às 8h30

Cheers Hostel

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O albergue que escolhemos para ficar tanto na ida como na volta da viagem foi o mesmo, o Cheers Hostel . Pelas avaliações de usuários do Hostelworld.com, esse seria o melhor albergue disparado na cidade. O Diego e o Rafael, que chegaram dois dias antes, também tinham feito as reservas lá, mas já tinham avisado que o principal problema era a falta de ar condicionado no quarto. Quando chegamos, o albergue estava todo aberto e sem ninguém cuidando. Encontramos alguém que parecia trabalhar ali lá atrás, na copa, e o chamamos. Fizemos nosso check in , pagamos (são 14 euros por pessoa em dormitório com 5 beliches, mais os quase 2 euros da reserva pelo Hostelworld pagos com cartão de crédito pelo site) e perguntamos pelos nossos amigos, que estavam na parte de cima do albergue, onde há um barzinho com vista para a Santa Sofia. Deixamos nossas coisas no quarto, que de fato estava bem quente, e subimos para relaxar com uma cerveja, depois do stress todo passado em função das bagagens no aeropor

Do aeroporto ao albergue

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Do aeroporto ao centro de Istambul, a distância é de mais ou menos 23km. Existem ônibus urbanos bem baratos que fazem o trajeto, mas são demorados e são necessárias algumas baldeações. Um dos jeitos mais recomendados em guias de turismo é pegar o metrô do aeroporto até Zeytinburnu (a passagem custa uns R$ 2,00) e, nessa estação, descer e pegar um bonde até Sultanahmet (há três paradas no bairro, que é o mais turístico da cidade: Sultanahmet, Gülhane e Eminönü). A passagem do bonde, que é elétrico e bem moderno, custa mais uns R$ 2,00. O problema das opções de transporte público é que são bem demoradas e não há muito conforto, especialmente se a pessoa está com malas ou mochilas grandes (não era nosso caso, hehehe). Como já estávamos cansados pelo tempo perdido no aeroporto e tínhamos pouco tempo para aproveitar a cidade, pegamos um táxi. A corrida é medida no taxímetro, mas não costuma ficar muito fora de 30 a 35 liras turcas. Só para registrar: R$1,15 = 1 lira turca. Por isso, a corri

Bagagem (quase) extraviada

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Assim que saímos do avião, pudemos sentir os 30°C que castigam Istambul em boa parte do verão. Corremos para o setor de imigração, sem muito sucesso, porque a fila já era grande. Havia pelo menos 15 cabines para conferência de passaportes de estrangeiros, com duas filas independentes, mas o volume de pessoas fez com que ficássemos pelo menos meia hora até recebermos o carimbo de entrada. A única pergunta que o oficial da imigração me fez foi se era a primeira vez na Turquia – mas acredito que isso se deva ao fato de que ele teve de me cadastrar no sistema, o que não seria necessário se eu já tivesse passado pelo país antes. Nessas horas, dá bem para ver a diferença na rapidez do atendimento a um passaporte do modelo novo, que tem códigos para leitura automática de informações, e um do modelo velho (como o meu), em que tudo precisa ser digitado. Com o carimbo no documento, fomos para as esteiras de bagagem, já sabendo que a coisa seria demorada – os guris ficaram mais de uma hora espera

O incidente no voo a Istambul

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Depois de alguns chopps na Devassa da área de embarque internacional, embarcamos na hora marcada. O avião, um A340, já estava bem cheio e estava com cara de que iria lotado. Assim que embarcamos, confesso que não tivemos uma impressão muito boa. Os bancos eram de uma cor azul piscina com cara de meio velhos. O som ambiente, umas musiquinhas orientais tocadas com harpa, fazia parecer que já estávamos em algum país árabe. Logo que nos sentamos em nossas poltronas – felizmente eram dois assentos, um corredor e uma janela, sem ninguém no meio – ficamos só observando o movimento. O que mais chamava a atenção era um grupo de africanos que ia e vinha pelos corredores, como que procurando pelo melhor lugar para sentar. No banco à nossa frente, que tinha uma porta de saída de emergência e que, por essa razão, permitia um espaço bem amplo para esticar as pernas, um desses africanos se sentou. Não demorou muito, um sujeito com aparência de ser árabe, com o cartão de embarque na mão, se apresentou

Medo de perder a conexão

Havia pelo menos umas três semanas que eu estava preocupado com a possibilidade de que não houvesse tempo suficiente para a conexão no aeroporto de Guarulhos, com os horários em que havíamos comprado as passagens. O voo de Porto Alegre, pela TAM, sairia às 19h20 e chegaria em São Paulo às 21h15, segundo a previsão da passagem. O voo da Turkish Airlines para Istambul, por sua vez, sairia às 23h20. Olhando assim, até parece bastante tempo, mas se for considerado o tempo de antecedência com que se faz o embarque (pelo menos 45 minutos em voos internacionais), a espera na fila de imigração para sair do Brasil (tem levado quase meia hora em dias tumultuados em Guarulhos) e a possibilidade (até então eu não tinha certeza) de que tivéssemos de retirar as malas em Guarulhos para fazer novo check in na Turkish, o espaço de tempo parecia bem pequeno mesmo. Não haveria muita margem para atrasos. O que assustava nessa possibilidade era a certeza de que, caso perdêssemos aquele voo, o próximo só sa

Roteiro nos Bálcãs

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O roteiro do mochilão pelos Bálcãs foi organizado basicamente em cima da Croácia. Como leitura de viagem, para organizar por onde passaríamos e o que faríamos, compramos o Guia da Folha da Croácia (em português, cerca de R$ 83,00 pela Saraiva), o Lonely Planet dos Western Balkans (em inglês, comprado da Amazon.com por cerca de US$ 17,00, mas taxas de frete, divididas com outro livro) e o City Guide da Lonely Planet para Istambul (comprado junto com o Western Balkans, por uns US$ 15,00). O Lonely Planet dos Western Balkans é a leitura mais detalhada dessa editor sobre Bósnia-Herzegovina e tem a única compilação de Montenegro, Croácia e Bósnia num livro só. De lambuja, ainda traz Sérvia, Kosovo e Albânia, que não visitaríamos. Depois de discussões a respeito, ficou assim: 16/07 – Saída do Brasil 17/07 – Istambul 18/07 – Sarajevo 19/07 – Mostar 20/07 – Dubrovnik 21/07 – Dubrovnik (daytrip a Montenegro) 22/07 – Dubrovnik (daytrip a Mljet) 23/07 – Dubrovnik 24/07 – Hvar 25/07 – Hvar (daytri

Um mochilão aos Bálcãs

Não me aguentei. Recém voltei do mochilão à Croácia e vizinhanças e já fiquei com vontade de contar sobre como foi essa viagem, que durou 15 dias ao total, contando deslocamentos e os passeios propriamente ditos. Por isso, vou suspender agora os relatos sobre o Chile e passar a falar sobre os Bálcãs. A ideia de viajar para a Croácia já tem mais de 2 anos entre nosso grupo de amigos. Inicialmente, pensamos em conjugar Croácia com Hungria, que eram dois lugares onde nenhum de nós já tinha estado. Depois de muitas idas e vindas (ano passado a viagem ao Atacama acabou sendo a opção mais econômica e rápida a essa viagem para o leste europeu), fechamos questão no mês de março desse ano que iríamos viajar em julho, por duas semanas e pouco, para conhecer finalmente essa região da ex-Iugoslávia. Viajar na alta temporada não era desejo de ninguém, mas foi a única opção possível, frente aos compromissos de trabalhos dos quatro que se comprometeram a viajar juntos. Ainda em abril, começamos a pes