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Mostrando postagens de maio, 2008

Má vontade em relação a Viena

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Viena nunca esteve nos nossos planos, talvez daí a origem da nossa má vontade para com a cidade. Fato é que ela só foi incluída no nosso "roteiro" porque ficava no caminho entre Praga e Budapeste, de onde o Rafael retornaria para Milão, e de lá para o Brasil, e eu seguiria minha viagem sozinho, principalmente pela Itália - sem caminhos pré-definidos. A inclusão de Viena, ainda assim, foi restrita: 1 noite só - coisa que não tínhamos feito em nenhuma outra parte da nossa viagem. Com pouco mais de 24 horas para ver alguma coisa na cidade, não nos ativemos muito em nenhum ponto específico, deixando mais para "ver no que dava" à medida que passávamos pelos lugares. Com a questão da troca da passagem, ademais, perdemos um pouco mais de tempo com outra coisa que não o passeio. Há também o fator cansaço - já eram mais de 20 dias de mochilão sem grandes descansos. Apesar de tudo isso, sinto que não erramos, porque acho que o tipo de turismo que se faz por lá n

Viena: Palácios e mais palácios

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Logo depois da Ópera, passamos pela parte da cidade onde começa a seqüência de palácios e mais palácios do tempo do Império Austro-Húngaro. Revisando minhas fotos, percebi que quase todas elas, quanto a essa parte da cidade, são comigo na frente, razão pela qual preferi não publicá-las aqui, para seguir a política que adotei desde o início do blog . Bom, o primeiro lugar por onde passamos foi a Maria-Theresien Platz, que é cercada pelos prédios gêmeos onde ficam os Museus Nacionais de História natural (de um lado) e de Cultura (do outro). O gramadinho no meio convida para um descanso, e foi ali que tomamos as decisões referentes à continuação da viagem, telefonando para o Brasil.Em frente à praça, ainda fica o Museumsquartier, mas nesse nem chegamos a parar. Umas poucas quadras dali, atalhando pela Heldensplatz, fica o complexo de palácios do Hofburg, sede do governo real nos tempos do Império. Naquele dia estavam preparando um palco e umas arquibancadas para algum evento

O lugar para onde não fomos

Quando ainda estávamos em Munique, minha mãe disse, ao telefone, que havia várias notícias nos jornais sobre alguns protestos e tumultos na Hungria. O primeiro-ministro tinha sido flagrado, logo depois das eleições, contando que tinha prometido um monte de mentiras só para se eleger. Mais ou menos como ocorreu aqui no Brasil com o caso do Ricupero nas antenas parabólicas, o sinal estava aberto e a "confissão" vazou para o povo, que se revoltou imediatamente. Em razão disso, além de pedir para sempre "levar um casaquinho", a mãe me pediu que não passássemos por Budapeste. Fiquei com aquilo meio encucado, mas não disse nada ao Rafael no primeiro dia, porque sabia que ele certamente ficaria meio nervoso com a história. No dia seguinte, porém, contei. Tranqüilizei ele dizendo que ainda tínhamos alguns dias para nos informar e reavaliar a situação. Se fosse necessário, mudaríamos o roteiro e, inclusive, o vôo dele, que saía de Budapeste para Milão, com conexão para o Bra

No centrão de Viena

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Na recepção do albergue, pegamos umas dicas do que ver no pouco tempo que teríamos na cidade (eram só umas 24 horas). A sugestão foi que ficássemos naquele primeiro dia dentro do "Ring", que é o anel central da cidade, correspondente à área antigamente cercada por muralhas de proteção. Lá se concentram as grandes catedrais, os maiores museus, os prédios públicos mais importantes e os palácios da época do Império Austro-Húngaro pelos quais a cidade é famosa. Saímos caminhando até a Westbahnhof e de lá pegamos um metrô (linha U3) até a Stephansplatz, o ponto mais central da cidade. Saindo da estação, demos de cara com a Catedral de Santo Estêvão (Stephansdom), que é essa da foto. A entrada na catedral, como na grande maioria das igrejas, é gratuita. É tudo realmente muito luxuoso, cheios de detalhes, como era típico das coisas feitas em estilo gótico. Na frente da catedral, na praça de mesmo nome, o movimento de turistas era intenso, mesmo sendo uma tarde de segu

Chegando em Viena

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Chegando na Südbahnhof, começamos o ritual de procurar quiosques de informações turísticas e tentar recolher todo o material possível sobre a cidade. Assim como ocorrera com Munique, não tínhamos nenhum guia de viagem sobre a cidade, que só entrou nos nossos planos porque estava no caminho até Budapeste. As dificuldades de encontrar alguém, especialmente se for mais velho, que soubesse falar inglês (ou outra coisa que não alemão) são ainda maiores em Viena do que em Munique, com o adicional de as pessoas parecerem ligeiramente mais antipáticas. Ainda que algumas perguntas saíssem em inglês, as respostas voltavam em alemão. Estávamos morrendo de fome. No trem, vindo de Praga, tínhamos comido apenas umas baguetes compradas no mercadinho de um chinês ao lado do albergue, pouco antes de embarcar. Lanches em trens são geralmente muito, mas muito caros mesmo. Para se ter uma idéia, um copinho de café não costuma sair menos de 3 euros. Tratamos, portanto, de encontrar alguma coisa para comer.

De Praga para Viena

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Numa das idas e vindas de metrô em Praga, saltamos na estação central para ver como iríamos até Viena. São cerca de 300km e a freqüência dos trens é razoável, havendo cerca de uns 6 por dia. Um pouco traumatizados com o desconforto da viagem entre Munique e Praga, decidimos comprar reservas de lugares, muito embora o vendedor afirmasse que não seria necessário. Compramos para as 10h30 da manhã. Na última noite em Praga - um domingo - acabamos não saindo e fomos cedo para o albergue. Pensamos bem e decidimos que, talvez, seria melhor sair ainda mais cedo do que tínhamos planejado - ainda que isso significasse jogar fora a reserva (uns 2 ou 3 euros a mais). Colocamos o despertador para as 4 da manhã e, com o céu ainda escuro, pegamos um dos primeiros metrôs da manhã até a estação, para pegar um trem que saía por volta das 5 e pouco. Nem o café da manhã chegamos a pegar (o ticket que sobrou é uma lembrança disso), mas fizemos a escolha mais acertada. O trem era bem das antigas, mas era d

Balanço de Praga

Fazendo um balanço da minha passagem por Praga, o saldo é extremamente positivo. A cidade é a mais bonita da Europa, segundo a opinião de muita gente - e minha também. Além disso outras coisas tornam o lugar uma ótima escolha em qualquer roteiro: DINHEIRO : a cidade é mais barata do que outras da Europa Ocidental, embora seja mais cara que outras mais ao leste. Enquanto o euro não for adotado, a tendência é que continue sendo vantajoso. Onde mais na Europa se beberia uma das melhores cervejas do mundo por 3 reais o copo de 300ml? BELEZA : já falei linhas acima e repito - a cidade é muito bonita. As fotos que tenho de lá são algumas das melhores que já tirei. O tempo favoreceu, é verdade, mas as fotos que já vi de inverno também são muito legais; parece outro lugar (merece uma visita em outra estação!). TRANSPORTE PÚBLICO : o transporte público é barato e fácil, depois de aprender a manha no início. De dia tem metrô para os pontos mais importantes e à noite os bondes quebram o galho. Só

Sensação de insegurança

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Até hoje, já visitei 4 países que eram comunistas até o final da década de 80: República Tcheca (essa vez em Praga), Eslováquia (uns dias depois, quando passei um dia em Bratislava), Eslovênia (passei 2 dias em Ljubljana, na semana seguinte) e Polônia (quando só fiquei algumas horas de uma tarde, em 2007, numa cidadezinha de fronteira chamada Słubice). Com exceção da Polônia, nesse último ano, em todos os outros a primeira impressão que tive foi negativa, de um certo medo, uma certa insegurança. Na minha cabeça, relaciono isso a esse mistério que ainda hoje existe sobre o “Leste Europeu”, ao medo da polícia desses países ex-comunistas, conhecida por ser burocrática e corrupta, bem como aos freqüentes alertas sobre golpezinhos e pequenos furtos cometidos por ciganos (que se concentram mais nesses países do Leste do que em qualquer outra região). Está certo que os trens muitas vezes caindo aos pedaços não ajudam muito a mudar essa impressão inicial, mas hoje em dia não há mais muitos mot

Praga - o rio Vltava

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Assim como Paris tem o seu Sena, Londres tem o Tâmisa, Roma tem o Tibre, Praga tem o Vltava, o rio que corta a cidade ao meio. Ao contrário do que se imagina, embora esteja no meio da cidade mais importante de um país que tinha sérios problemas ambientais até bem pouco tempo atrás, incluindo até mesmo chuva ácida por causa da poluição do ar, o o rio é bem limpinho e não tem cheiro nenhum. As águas são bem calmas, graças a diques e canais que foram sendo construídos ao longo do tempo para diminuir a intensidade de enchentes. Em razão disso, porém, o rio deixou de ser navegável na parte central da cidade, havendo apenas alguns barquinhos, pedalinhos e canoas fazendo passeios de lazer ou para turistas. A beleza do rio fica ressaltada pelas várias pontes que existem ao longo da cidade. Só na área mais central, são nove delas, sendo a mais importante, sem dúvida, a Ponte Carlos, que é fechada para carros. Vale a pena aproveitar a tranqüilidade que o rio passa, indo em

Nové Město e Vysehrad

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No domingo pela manhã, decidimos andar por uma parte mais tranqüila da cidade: o bairro de Vysehrad, mais especificamente no parque de mesmo nome. Chegamos de metrô, na estação com o nome do bairro, mas sofremos um pouco até achar o caminho para o parque. A estação fica logo ao lado de uns centros de convenções gigantescos e se tem que atravessar uma autopista por uma passarela elevada, próxima à saída da estação (na verdade, há uma saída para cada lado, mas como as linhas do metrô ficam no meio, só tem como passar de um lado para o outro saindo para fora e fazendo toda essa volta pela passarela. Não há muito o que ver por lá, sendo mais um local para dar uma caminhada mais tranqüila. O parque foi feito nas ruínas de um antigo castelo, com o mesmo nome, com muralhas que vão até o rio Vltava. Há uma igreja (Igreja de São Pedro e São Paulo) no centro do parque e um cemitério logo ao lado. Depois de algumas horas no parque, fomos de metrô até a estação Karlovo Namesti, que fica na praça d

Por que tudo é tão "perfeitinho"?

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A impressão que se tem (muita gente acha a mesma coisa) é que a República Tcheca parece mais com a “Europa” que temos na cabeça do que a própria Europa Ocidental. No imaginário de quem nunca foi para lá, tudo é lindo e maravilhoso, a população é quase 100% branquinha e de olhos azuis, tudo é antigo, mas bem conservado, etc. e tal. E não é isso o que se vê quando se chega em Paris, Londres, Barcelona ou Berlim, só para citar alguns exemplos de cidades mais famosas. É mais provável que você acabe comprando mais lanchinhos e usando mais táxis de pessoas que falam árabe, ou um francês ou inglês com sotaque de africano. Da mesma forma, muita coisa que se vê são catedrais e igrejas que foram completamente reconstruídas depois de uma guerra, bem como alguns problemas sociais que, guardadas as devidas proporções, também temos aqui no Brasil (mendigos, sem-teto, greves freqüentes, etc.). Na República Tcheca, pelo menos em Praga, não. É diferente. Ali tudo é bonitinho, perfeitinho, com exceção d

Malá Strana

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Malá Strana, que em tcheco significa algo como "Cidade Menor", é o bairro da parte histórica da cidade que fica do lado esquerdo do rio Vltava, do outro lado da ponte Carlos. Essa parte da cidade é tão bonita quanto a Staré Město. Na parte baixa, fica o bairro propriamente dito; na parte mais alta já é a parte amuralhada que concentra o Castelo de Praga. A principal atração do bairro é a catedral de São Nicolau ( Chrám sv. Mikuláše) , referida nos mapas geralmente como St. Nick's. O templo tem estilo barroco e também ficou famoso por ter sido um dos lugares onde Mozart tocou órgão. O bairro ainda concentra outras várias atrações, como a igreja onde fica o Menino Jesus de Praga e outros vários mosteiros. Na nossa passada pelo bairro, começamos pela igreja de São Nicolau e depois logo subimos para o castelo de Praga. Na saída do castelo, fizemos o roteiro recomendado pelo Guia da Folha para conhecer os mosteiros e demais igrejas do bairro e terminamos nos Jardins de Petříns

Passeios em Praga: Pražský hrad

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O castelo de Praga, visto da Staré Město, é sem dúvida a imagem mais marcante da cidade. Olhando com detalhes a foto acima, nem eu acredito, às vezes, que aquilo ali é de verdade. Parece áté que a cor das casas e dos prédios abaixo do castelo foram escolhidas de propósito, porque tudo ficou tão perfeitinho na foto... O castelo é, na verdade, quase um mini bairro, cercado por muralhas e por outros prédios que também servem de divisão em relação ao resto da cidade. Lá dentro há várias igrejas e prédios diferentes. A entrada é de graça, por um portão onde há guardas com roupas quase cerimoniais. A parte mais importante é justamente aquela que mais se destaca, a catedral de São Vito, que de perto parece meio dourada. Na verdade, sempre que se fala no castelo, na verdade a imagem que vem à cabeça é essa da igreja, e não do castelo propriamente dito, que são os prédios ao redor. Dentro do templo, o mais legal são os vitrais, porque a igreja em si não tem tantos detalhes em e