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Mostrando postagens de 2011

FELIZ 2012

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Feliz 2012 a todos! (Na foto, um dos lugares mais bonitos em que estive no ano que passou: Punta Tragara, em Capri)

Europa no inverno - Parte III

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Escolhido o roteiro (e eliminadas as grandes furadas, como falamos no post anterior), é hora de analisar alguns pontos positivos e negativos de uma viagem à Europa no inverno e chegar a uma conclusão: PORQUE PODE SER UMA BOA OPÇÃO: - o inverno na Europa coincide com o período em que as pessoas têm férias maiores aqui no Brasil (férias da faculdade ou da escola, férias para quem é professor, recessos de final de ano de empresas ou órgãos públicos que podem ser emendados com férias voluntárias, etc.) e isso permite viagens mais longas – como no Brasil poucos podem ser dar ao luxo de um gap year (ou ano sabático), esse fator costuma pesar muito para mochileiros de primeira viagem. - preços de hospedagem mais em conta, sem necessidade de tanta antecipação nas reservas – as passagens aéreas não são tão baratas, porque esse período também é considerado de alta temporada, mas a hospedagem realmente fica mais em conta e há menos procura por reservas, o que permite maior flexibil

Europa no inverno - Parte II

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Uma viagem para a Europa durante o inverno pode ser muito legal, mas alguns cuidados iniciais devem ser tomados.  A primeira regra, e talvez a mais importante, é a de evitar lugares que ficam praticamente “fechados” durante essa estação. Isso abrange uma série de regiões legais para se curtir em estações mais quentes, especialmente aquelas na costa do Mediterrâneo que não têm cidades grandes ou capitais. Dito isso, na minha opinião (e na de muita gente) é uma grande furada querer ir em dezembro, janeiro ou fevereiro para lugares como: - Algarve (sul de Portugal) - Ilhas Baleares, na Espanha (Ibiza, Maiorca, Formentera) - Sardegna (Itália) e Córsega (França), duas ilhas no Mediterrâneo - litoral da Croácia - ilhas gregas - litoral mediterrâneo da Turquia Qual você prefere? Em todos esses lugares, a beleza do mar e as praias são grande parte da atração – embora a neve seja incomum nessas regiões, o inverno não ajuda em nada com o vento frio, a chuva frequen

Europa no inverno - Parte I

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Sempre que me perguntam, costumo dizer que a melhor época do ano para viajar para a Europa é setembro, quando o calor do verão ainda não passou, mas as multidões já diminuíram um bocado. Entre a primavera e o outono, também costumo indicar o outono, por ser menos chuvoso, na maioria das vezes. No auge do verão, em julho, só fui uma vez, e apesar de ter sido uma experiência muito bacana, sofri um tanto com a falta de ar condicionado nos albergues e com enxurradas de turistas descendo de navios de cruzeiro gigantescos, tornando quase inviável qualquer passeio por pontos turísticos mais conhecidos entre as 10h e as 16h, com temperaturas tranquilamente passando dos 35°C. Mas e o inverno? Essa é sem dúvida a estação menos procurada pelos brasileiros que vão para lá, especialmente pelo fato de a maioria dos nossos compatriotas não estarem acostumados com o frio. Porém, volta e meia surgem discussões sobre se vale ou não vale a pena viajar nesse período. No último mês, aqui no bl

Guias Lonely Planet em português

Começaram as campanhas publicitárias na internet, na TV e na mídia impressa para a divulgação de um produto que já era há muito esperado pela comunidade mochileira do Brasil: os primeiros guias da Lonely Planet em português. A responsabilidade pela edição é da Ed Globo. A Lonely Planet é uma editora de livros de viagem de origem australiana, que começou publicando os relatos de viagem e as dicas de amigos australianos que percorreram o Sudeste Asiático nos anos 70 (até hoje o Southeast Asia on a Shoestring é um dos seus guias mais vendidos). Nos anos 90 eles deram seu grande salto e passaram a produzir programas para a TV e a cobrir praticamente todos os lugares visitáveis do mundo (inclusive com livros polêmicos sobre o Afeganistão e Myanmar). No final da década de 2000, a empresa foi comprada por uma subsidiária da BBC, da Inglaterra, e passou a agir dentro de uma estratégia mais comercial, ampliando a variedade de produtos. Até então, os guias já tinham sido publicados em algumas

Voltaremos

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Daqui uns dias retomo os posts, possivelmente na semana que vem, continuando com Uruguai (Punta del Este, da foto acima, viagens de carro pelo país), Portugal e Inglaterra!

Aprendizado

Depois de muitos anos daquele mochilão em Buenos Aires e Montevideo, alguma coisa eu pude aprender e agora alertar aos marinheiros de primeira viagem: - não chegue numa cidade totalmente estranha sem no mínimo ter reservado a primeira noite no lugar onde pretende dormir (ou ao menos se certifique de que o lugar em que pretende dormir estará efetivamente funcionando); - não saia caminhando pelas ruas fora do circuito turístico no bairro de La Boca, a menos que queira fazer alguma experiência antropológica nos estratos menos favorecidos da população argentina ou simplesmente ser assaltado; - não tente economizar dinheiro em transporte público caminhando dezenas e dezenas de quadras, numa cidade em que o táxi não custa mais do que alguns trocados por quilômetro rodado; - não tente entender o sistema de ônibus urbano portenho: cada linha é operada por uma microempresa diferente, em ônibus que muitas vezes fazem você se sentir em Assunción ou na Bolívia e, para finalizar, não acei

Red Hostel e Centenario

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Em janeiro de 2011, quando fui com mais três amigos ao Uruguai ver um jogo de pré-Libertadores, escolhemos ficar naquele que frequentemente é considerado como o melhor albergue de Montevideo – o Red Hostel. O site dos caras na internet impressiona bastante e não tivemos muita dúvida, na comparação com outros que havia na cidade. Ao chegarmos, ficamos também bastante impressionados com a localização (uma rua arborizada bem ao lado do prédio da Prefeitura, a apenas uma quadra da Avenida 18 de Julio) e com o prédio em que o albergue funciona (um casarão de três andares, todo estiloso, com uma escadaria legal na entrada e um pátio interno em estilo espanhol, com um pé-direito bem alto e piso de tabuão. No dia em que estivemos lá, obviamente, havia mais gremistas como nós do que gringos se hospedando no lugar, mas mesmo assim pudemos ver que é um lugar que sempre tem gente de fora. As áreas de uso comum são bem bacanas e um dos maiores atrativos é a cobertura, que tem redes de dormir est

Dia do Patrimônio

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Na vez em que fui a Montevideo com minha namorada, só para passar um feriadão logo após o final do inverno, tivemos a grata surpresa de descobrir, já naquela cidade, que estávamos exatamente no “Dia do Patrimônio”, uma espécie de feriado cívico nacional, em que quase todos os prédios públicos são abertos para visitação da população sem nenhum custo, com visitas guiadas. Aproveitamos a oportunidade para conhecer vários lugares que, por si só, não estariam em nossos planos. Logo depois do café da manhã, fomos ao Museu Militar que fica no Cerro de Montevideo, no bairro também conhecido como “Cerro”, do outro lado da baía. Poucas pessoas que vêm à cidade visitam esse lugar e até mesmo são desestimuladas pelos que trabalham nos hotéis a irem até esse lugar. Mesmo assim, por já ter visto fotografias de amigos que passaram por lá, decidi que queria conhecer. Para chegar, precisa-se tomar a avenida que dá acesso às Rutas 1 e 5 (saídas para Colonia e Rivera) e, logo depois que a rota

Ramblas e Pocitos

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Montevideo é conhecida, dentre outras coisas, por suas ramblas – avenidas à beira do Rio da Prata, com amplos calçadões para caminhadas, que se estendem desde o porto, na Cidade Velha, até os bairros nobres entre Pocitos e Carrasco, este último já perto do aeroporto internacional. São quilômetros e quilômetros de calçadões ao longo de praias que recebem diversos nomes, sempre cheias de gente tomando mate, correndo, passeando com o cachorro ou simplesmente namorando.  As partes mais próximas do centro antigo estão um pouco abandonadas, com muitas pichações e bastante coisa quebrada. A situação melhora mais ou menos a partir da região onde fica o Hotel Ibis de Montevideo, que foi onde me hospedei quando fui com minha namorada (tarifas de US$ 49 em 2008!!) e chega no auge da agitação em frente à praia e ao bairro de Pocitos, onde há clubes náuticos, restaurantes e equipamentos para exercícios.   No início do século XX, essas praias eram o que havia de mais chique para a sociedade

Centro Velho de Montevideo

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O centro velho de Montevideo, que também é o seu cartão-postal, começa na Plaza Independencia, aquela onde fica a grande estátua do General Artigas a cavalo e o prédio que foi o mais alto da América Latina quando construído, e vai até o porto. É exatamente a ponta da península em que Montevideo foi construída e, no passado, era delimitado por muralhas fortificadas, das quais só resta uma única lembrança: um dos portões de acesso, em frente ao calçadão que dá acesso à Catedral a partir da praça da Independência. Debaixo da praça, fica o memorial onde está enterrado o General Artigas, permanentemente guardado por militares com fardas cerimoniais, que também cuidam de uma chama sempre acesa. Confesso que da primeira vez em que estive no lugar, não tinha atinado que se tratava de um memorial subterrâneo (achei que as escadarias davam acesso a um banheiro público). De qualquer forma, não pude conhecê-lo quando cheguei lá sozinho, vindo de Buenos Aires, porque estava ocorrendo a vi