Postagens

Mostrando postagens de junho, 2008

Roma - Piazza Venezia

Imagem
A uns poucos metros do Forum Romano fica outros dos mais importantes pontos turísticos da cidade: a região ao redor da Piazza venezia, onde, entre outros, fica o Monumento a Vittorio Emanuele II. Esse monumento funciona mais ou menos como um "altar da pátria". Há avisos por toda parte solicitando aos visitantes que mantenham o respeito enquanto conhecem o lugar. Policiais vigiam tudo e a qualquer sinal de alguém pisando onde não pode ou gritando muito alto, dão uma dura na pessoa. Já li muito que os romanos não gostam do tal monumento e que até teriam colocado o apelido de "bolo de noiva" nele, mas vale a pena dar mais do que uma simples olhada. Nos horários em que as grades estão abertas, pode-se subir até o topo, de onde se tem uma bela visão da cidade e a oportunidade de olhar de perto os seus detalhes. Há representações de todas as regiões da Itália em relevo no alto das colunas, um túmulo daqueles de "soldado desconhecido" e uma grande estátua de V

Roma - Foro

Imagem
Com mais de 2750 anos de história, Roma teve vários períodos diferentes, que vão desde o período anterior ao Império Romano até os dias atuais de República, passando pelo período de domínio da Igreja e da Monarquia que a sucedeu. Cada período desses teve uma parte essencial preservada em alguma das regiões da cidade, onde se concentram os prédios ou ruínas representativas daquele período. O Foro Romano equivale ao centro da Roma capital do Império Romano. Essa parte é quase toda ela aberta ao público gratuitamente (acho que à noite fecha) e fica bem ao lado do Coliseu. Ali se concentram ruínas de templos pagãos e cristãos, palácios, termas, dos prédios públicos romanos e de complexos esportivos, etc. É o lugar onde se pode literalmente andar pelo meio das ruínas do Império Romano. Muito do que sobrou são apenas colunas, fachadas e muros, mas mesmo assim não deixa de ser impressionante. Afinal, são coisas de 2.000 anos atrás (bem mais do que as nossas ruínas de São Miguel das Missões

Roma - Coliseu

Imagem
O Coliseu é, talvez, a atração turística mais antiga do mundo. O próprio conceito de turismo nasceu com as viagens que as pessoas começaram a fazer para conhecer os grandes monumentos do Império Romano e da Igreja ao longo de muitos séculos.  Recentemente, ele foi eleito uma das 7 Maravilhas do Mundo, junto com o nosso Cristo e Machu Picchu, entre outros. E com razão. Ao contrário do que muita gente sente quando vê a Monalisa, a Torre de Pisa ou outras atrações famosas, a impressão que tive do Coliseu é que ele é maior que eu imaginava e muito mais impactante. O fuzuê do lado de fora, com turistas misturados a gente fantasiada de romano para ganhar dinheiro tirando fotos, sorveteiros, guias, etc., não consegue tirar a aura de grandeza do lugar. As filas para entrar são relativamente grandes, mas não demoram muito mais do que 5 minutos, porque o atendimento é rápido. O ingresso, que custa 11 euros, dá direito a visitar partes restritas do Foro Romano e do Palatino, que ficam logo ao

Roma - Deslocamentos

Imagem
Roma é uma metrópole de mais de 2,5 milhões de habitantes que tem sérios problemas, muitos deles parecidos com os de cidades de terceiro mundo. Embora seja muito bem policiada na parte de dentro, a estação Roma Termini já dá uma boa idéia do que existe de problema na cidade. Ao redor dela, há uma grande concentração de pedintes e até mesmo de moradores de rua (à noite eu via gente dormindo coberta com jornais e papelão na calçada). A região também é cheia de batedores de carteira e de camelôs. O trânsito, tanto ao lado da estação como em toda a cidade, é caótico. Faixa de pedestre significa muito pouco e é bastante comum carros ficarem trancando cruzamentos porque passaram o sinal já no amarelo ou no vermelho e encontraram o próximo trecho da rua congestionado. Os pedestres têm que ir zigue-zagueando por entre os carros parados nos congestionamentos (geralmente buzinando e com motoristas falando ao celular). O risco aumenta em razão da motocicletas, vespas e todos os tipos de veícul

Roma - Chegada

Imagem
Depois de uma segunda-feira inteira envolvida com o passeio a San Marino, cheguei de volta a Imola por volta das 21hs. Ainda na estação de trem, deixei comprado para a manhã seguinte uma passagem a Roma, com conexão em Bolgna, num Intercity. Na terça de manhã, por volta das 7hs, já estava eu na estação aguardando minha partida. Levei só algumas coisas na mochila, o suficiente para 4 dias fora, deixando o resto na casa da minha prima. A viagem até Roma levou mais de quatro horas e acabou sendo bem cansativa - isso me fez optar por um Eurostar na volta. O caminho é bem interessante e mostra algumas belas paisagens do interior da Toscana. Cidades medievais, campos de oliveiras, vinhedos e muitos túneis tornam legal ficar acompanhando tudo pela janela. Minha chegada em Roma foi pela estação Roma-Termini, a mais importante de todas. Abaixo dela, fica também a estação de metrô em que se faz a conexão entre as 2 únicas linhas de metrô que funcionam na capital italiana. No dia anterior, aind

San Marino

Imagem
San Marino é um país independente cercado pela Itália por todos os lados. É a mais antiga República do mundo, mantendo praticamente o mesmo sistema político desde o século XII, quando o resto da Europa ainda vivia sob monarquias. O micro-país inteiro não tem mais do que 30 mil habitantes, regulando com Mônaco nesse quesito. Sua área, porém, é maior do que a do famoso Principado. Como eu disse no tópico anterior, não há trens para chegar até lá. Deve-se descer na estação central de Rimini e tomar um ônibus "internacional" que sobe até a capital, a Cittá di San Marino. A passagem custa uns 6 euros, não lembro bem exatamente. São 24 km que o ônbus leva uns 45km para percorrer, em razão da maior parte do trajeto ser feita em áreas urbanas e em subidas. Não há controle fronteiriço e, embora San Marino não seja membro da União Européia, também usa o Euro como moeda. Os telefones públicos são todos da TelecomItalia, sendo sobrada tarifa local para ligações para a Itália. O país d

Decidindo o que fazer

Imagem
Eu não havia planejado praticamente nada com relação ao período em que estaria na Itália, sem o Rafael e perto da casa da minha prima Carine. Ao tempo da organização da viagem, sequer sabia que meus tios estariam por lá. Essa situação, porém, não me deixava nem um pouco inquieto, porque logo vi como era fácil me virar na Itália e como era tranqüilo ter um lugar para deixar a maior parte das coisas, saindo para passear só com o mais básico. Inicialmente, pensei em concentrar meus passeios apenas na região centro-norte da Itália, mas aquele domingo em Bologna me fez mudar de idéia. Fiquei pensando que, ao final, teria gasto uma semana inteira só conhecendo cidades com cara de Idade Média sem maiores atrativos. A única idéia que se manteve foi a de ir até San Marino, que minha prima conhecia, dizia que seria legal e, afinal, era um outro país! Veneza fica a apenas 2hs e meia de Bologna, mais ou menos, então era outro lugar que já dava como certo que conheceria. Como meus tios estavam lá

Bologna - 2ª parte

Imagem
A umas poucas quadras da Piazza Maggiore, fica outro ponto bastante conhecido da cidade: as 2 Torres, Torre Asinelli e Torre Garisenda. Elas não têm nada de bonitas, mas chama a atenção o fato de estarem completamente tortas, parecendo que, daqui alguns anos, estarão escoradas uma na outra. Conforme o ângulo que se olha, pode não parecer tanto, mas parando embaixo dá para ver como é forte a inclinação em direção ao centro do ponto onde as duas estão. A base de uma delas é bem mais enterrada no solo de um lado do que de outro. As ruelas do centro histórico servem para uma boa caminhada sem rumo. Como as coisas que existem lá não são muito conhecidas, quando se encontra alguma igreja mais interessante (repito, é uma por quadra), vale a pena parar um pouco e entrar. Não há tantos turistas estrangeiros na cidade, mais são italianos mesmo passeando com a família. Já no caminho de volta, na Via Independenza, passamos pelo Teatro del Sole, que é esse que aparece acima, e por uma estátua um

Bologna - 1ª parte

Imagem
Depois de uma manhã passeando por Imola, fui com meus tios, minha afilhada e minha prima para Bologna, a apenas 30 min de trem regional, para lá passar a tarde de domingo.  O trem regional custa pouco mais de 2 euros e, como passa de 15 em 15 minutos, aproximadamente, não exige maiores planejamentos. Bologna é a capital da província de mesmo nome (onde também fica Imola) e a cidade mais importante da região da Emilia Romagna. Tem menos de 400 mil habitantes, mas uma grande importância cultural, econômica e política no país. O fato mais famoso a respeito da cidade é ela ter sido a sede da universidade mais antiga do mundo. Da estação Bologna Centrale, ao norte do centro histórico da cidade, saímos caminhando em direção à Piazza Maggiore, ponto que fica bem no meio do círculo formado pelas avenidas que cercam a parte histórica da cidade. O aspecto da cidade é bem diferente de outras que conheci pela Itália. Ela é toda avermelhada (cor predominante dos prédios mais antigos) e o que ma

Dias de descanso

Imagem
Os dias que passei em Imola foram muito mais de descanso do que de turismo. Tenho poucas fotos na cidade, sendo a maioria dentro de casa mesmo, com meus parentes, inclusive por ocasião do aniversário da minha afilhada. Cheguei numa quinta-feira de noite. Passei a sexta-feira sem sequer tocar na minha máquina fotográfica, só ajudando nos preparativos do aniversário e botando a conversa em dia. No sábado, saímos todos juntos de manhã para comprar um presente para a Luísa e, à tarde, fizemos a festinha. No domingo, aproveitamos para conhecer um pouco da parte histórica da cidade, oportunidade em que saíram essas fotos que aparecem nesse post . Como a maioria das cidades italianas do centro-norte do país, Imola tem um centro histórico bem preservado, quase sem nada moderno, com ruas estreitas e um aspecto "avermelhado". Ao redor do centro, prédios residenciais com cerca de uns 40 anos (período imediatamente posterior ao pós-guerra) dominam a paisagem. Existem também alguns pequ

Chegando em Imola

Imola é uma cidadezinha relativamente pequena, com cerca de 70 mil habitantes. Fica na província de Bologna, região da Emilia Romagna. No mapa abaixo dá para se localizar: Exibir mapa ampliado O único motivo pelo qual essa cidade é conhecida fora da Itália é o fato de ela ser sede do autódromo Enzo e Dino Ferrari, onde se disputa o Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1. Para os brasileiros, ficou marcada por ter sido o lugar onde o Senna morreu (a famosa curva Tamburello). Não haveria nenhum motivo especial para que eu fosse para lá a não ser porque é o lugar onde minha prima Carine foi morar depois que se casou com o Pablo, um argentino-italiano que trabalha lá. A filha dela, Luísa, é minha afilhada, e estaria de aniversário no dia seguinte à minha chegada. Seguindo as instruções da minha prima e do pessoal da estação de Bologna Centrale, comprei um ticket do trem regional que ia até a estação de Imola. Depois de uma meia hora de viagem entre as duas cidades (e umas seis para

Primeiras impressões da Itália

Embora meu vôo de chegada na Europa tivesse aterrissado em Milão, não cheguei a conhecer nada da Itália naquela ocasião, porque não botei o pé para fora do aeroporto de Malpensa antes da conexão para Madrid. A entrada pela Eslovênia, assim, significou a primeira vez que pude dizer que estava conhecendo o país. Na minha cabeça, por sempre ter ouvido que o norte da Itália era muito mais desenvolvido que o sul, tudo teria um padrão realmente europeu naquela região do Friuli, do Vêneto e da Emilia-Romagna, regiões pelas quais passaria até Bologna e Imola. Não foi o que eu vi, entretanto. Embora as primeiras visões de Trieste e do mar Mediterrâneo sejam bem legais para quem vem de trem da Eslovênia, logo depois começa uma parte plana e chata da viagem. Ao redor, só algumas fábricas com cara de abandonadas, algumas casas, geralmente de dois andares, bem mal cuidadas. Até ferro velho, coisa rara de se ver na Europa, deu para ver nesse percurso. A estação de Veneza-Mestre (no contine

Entrando na Itália pela Eslovênia

A viagem de trem entre Ljubljana e Bologna provavelmente teria sido uma das menos significativas de todo o meu primeiro mochilão pela Europa, se não fosse pelo fato de ter sido o único momento, até hoje, em que fui objeto de um interrogatório antes de receber um carimbinho de entrada num país pertencente ao Espaço Schengen. Até dezembro de 2007, a Eslovênia ainda não fazia parte do Tratado de Schengen, razão pela qual suas fronteiras com os demais países da União Européia (Áustria e Itália) ainda tinham controle migratório. Fato é que embarquei em Ljubljana pouco antes do meio dia num trem da companhia estatal eslovena com destino a Veneza-Mestre, onde faria uma conexão com outro Intercity até a estação de Bologna Centrale. Além da passagem, que custou cerca de 35 euros (mais de 10.000 tolars !), comprei também uma reserva de assento, porque, segundo me disseram, o trecho era bem movimentado. Sentei numa poltrona sozinha, numa das pontas de um daqueles vagões salão. Como havia espa

Ljubljana IV

Imagem
Já era noite quando me dei por conta de que não tinha almoçado nada naquele dia e que sequer havia feito um lanche decente na tarde (barrinha de cereal não conta!). Assim que cheguei ao albergue, tratei de comprar uns negócios ali por perto, mas a única coisa que achei foram uns folheados meio doces, acho que de maçã, que não eram lá essas coisas, mas serviram ao propósito de matar a fome. As coisas são, em geral, mas baratas na Eslovênia do que nos países da Europa Ocidental, mas são mais caras do que em países mais ao leste. Naquela época (setembro de 2006), já estava prevista a adoção do euro no ano seguinte, mas a moeda local, o tólar, ainda seguia em curso. Estava tudo fixado nas duas moedas (como no tempo da URV aqui no Brasil), mas as coisas eram pagas e o troco dado na moeda local. O câmbio era extremamente irritante: algo como 320 tólares por real, o que tornava cada operação (em que os preços não vinham em euro) algo chato de se calcular. Naquela noite, não saí. Comi o que co

Ljubljana III

Imagem
Meu dia de passeio pela cidade terminou ao longo do Rio Ljubljanica, que corta todo o centro da cidade dividindo a cidade em duas partes quase iguais. O rio, as pontezinhas e os tipos de prédio que existem ao longo dele tornam a cidade bastante simpática e até romântica. O ponto mais central da cidade é Praça de Preseren, que fica ao lado das "Três Pontes". As três pontes, na verdade, são duas para carros e pessoas e uma só para pedestres que ligam a praça e a ópera ao outro lado. Não têm mais do que uns 30 metros de comprimento, mas são branquinhas e cheias de detalhes. A imagem abaixo, em que aparece a Igreja Francisca na Anunciação, a Ópera e as Três Pontes, é considerada o cartão-postal da cidade. Como em qualquer outra cidade européia, a praça é o foco de artistas, vendedores, turistas e manifestações políticas. De qualquer ponto que se olhe para cima, inclusive dali, tem-se a vista do castelo lá em cima. Algumas quadras mais adiante, em direção à estação de trem, ficam