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Mostrando postagens de junho, 2011

Barrados no exterior

Brasileiros foram os mais barrados em aeroportos da UE (NOTÍCIA DA AGÊNCIA BRASIL, disponível em http://www.panrotas.com.br/ ) Os brasileiros são os estrangeiros que mais tiveram a entrada recusada, em 2010, nos aeroportos de países que integram a União Europeia, além de ser o sexto grupo com mais permanências ilegais detectadas. De acordo com a agência europeia de controle de fronteiras (Frontex), no ano passado, 6.072 brasileiros foram barrados pelas autoridades europeias ao tentar entrar no bloco por via aérea, o equivalente a 12% do total de entradas recusadas. Quase 30% dos casos envolvendo brasileiros ocorreu na Espanha, onde 1.813 pessoas foram enviadas de volta ao Brasil, principalmente por não poder justificar o motivo da viagem ou as condições de estada no país. Os brasileiros também foram os mais barrados nos aeroportos da França em 2010, com 673 casos. O Brasil mantém a primeira posição entre as entradas negadas nos aeroportos europeus desde que a Frontex começou a contabil

Entendendo Santorini

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Santorini, que em grego é chamada de Thira/ Θήρα (Santorini vem do nome da padroeira do lugar, Santa Irene, com a pronúncia grega) é um lugar único no mundo e é considerada uma das mais bonitas ilhas da Grécia, senão a mais bonita mesmo. O que torna esse lugar tão especial e diferente dos outros é o fato de, na verdade, ser uma borda de uma cratera de um vulcão. Sim, isso mesmo, a ilha é a borda da cratera de um gigantesco vulcão, que está parcialmente encoberto pelo mar. A ilha, 3500 anos atrás, tinha um formato circular e um vulcão bem no seu centro, como muitas ilhas do oceano Pacífico e algumas do sul do Atlântico. Entretanto, uma erupção vulcância de efeitos catastróficos gerou uma explosão de proporções bíblicas no ano de 1680 AC, que acabou por implodir uma grande do vulcão, fazendo sua cratera engolir boa parte da ilha. O buraco aumentado da cratera acabou sendo inundado pelo mar, quando uma de suas paredes laterais cedeu, formando-se uma baía circular. Depois, outra parede c

Santorini - chegada

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A chegada em Santorini, depois de pouco mais de 40 minutos voando sobre ilhas e mais ilhas do mar Egeu, não poderia ter sido mais tranquila. O voo pousou no horário marcado, o clima era agradável e, como em qualquer ilhota, o aeroporto pequeno e tranquilo era o que nos esperava. Não levou muito mais do que uns 10 minutos para que já estivéssemos com nossas bagagens e pudéssemos sair da área de desembarque, em busca do escritório da locadora de veículos. Com a reserva já feita pela internet no site da Budget, levou apenas o tempo necessário para preencher o contrato, passar o cartão de crédito e receber algumas orientações sobre como chegar até o hotel para que puséssemos as mãos na chave e saíssemos dali dirigindo. Seguindo as indicações, chegamos ao hotel que tínhamos reservado pela Booking.com em uns 15 minutos. Depois de muita pesquisa na internet , cheguei a algumas conclusões. Em Santorini, as acomodações mais caras são aquelas que ficam em Oía, no extremo norte da ilha. São pousa

Como viajar com seus amigos (e não querer matá-los)

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Estava lendo a página da Lonely Planet e encontrei esse artigo engraçado sobre relacionamentos em viagens. Segue uma tradução livre, de minha autoria, do texto de Leif Pettersen, jornalista na LP, disponível em http://www.lonelyplanet.com/north-america/travel-tips-and-articles/76701 : "Até mesmo o seu amigo mais próximo, aquele que você conhece há mais de 20 anos, que até salvou o seu cachorro fazendo respiração boca-a-boca e que doou um rim para sua irmã (ou vice-versa), às vezes pode levá-lo à loucura durante uma viagem. As divergências cotidianas e as circunstâncias de uma viagem podem expor e ampliar irritações e disparidades que você nunca soube que existiam. Isso se vocês forem compatíveis. Porque se não forem, mais cedo ou mais tarde aquele saca-rolhas que vocês levaram poderá ser usado para finalidades não imaginadas. Incontáveis duelos mortais podem ser evitados com algum diálogo sincero antes da viagem. Alguns dos critérios mais pertinentes para levados em conta na hora

Atenas: o que ficou faltando

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Passamos apenas umas 40 horas em Atenas, tempo insuficiente para conhecer propriamente uma cidade com milhões de habitantes. Como contei nos posts anteriores, o que fizemos foi aproveitar ao máximo o período em que estivemos na cidade para conhecer as atrações que ficavam mais próximas entre si e que, no nosso entender, eram as mais imperdíveis (Acrópole, Ágora, Estádio das Olimpíadas de 1896 e os arredores do Parlamento). O horário de funcionamento de muitas atrações também impede que se aproveitem na totalidade as longas horas de sol que o verão no Mediterrâneo proporciona; afinal, muitos lugares só abrem depois das 9h30 da manhã e fecham pouco depois das 17h. Pelo que lemos, vimos e conversamos, as atrações que seriam mais legais de conhecer numa segunda ida à cidade, ou para quem tem mais tempo por lá, seriam as seguintes: Monte Lycabettus : é um morro isolado, um pouco mais alto, mas bem menor que a Acrópole, no lado oposto da cidade. Para subir, existe um funicular turíst

Novos voos de Porto Alegre

Porto Alegre continua recebendo boas notícias em matéria de novos voos diretos para o exterior. No último Dia dos Namorados, a TAP deu início ao primeiro voo direto entre o RS e a Europa, com aviões A330, o que já tinha sido objeto de outro post aqui no blog. Fala-se inclusive em aumentar a frequência de 4 para 7 voos por semana, devido à grande procura. De Lisboa, é possível voar para quase toda Europa em voos da mesma companhia ou de parceiras Star Alliance. Ontem, foi a vez da Copa Airlines dar início à ligação direta com a Cidade do Panamá - outra boa oportunidade para voos baratos e fáceis aos EUA, Caribe e Canadá (ainda mais que agora o México frouxou exigências de visto para brasileiros). A dureza é aguentar mais de 6 horas num B737. Hoje a boa nova veio da Gol, que começará um voo direto com seus B737 a Santiago do Chile no dia 07/07/11, saindo às 23h57, com duração de pouco mais de três horas. O voo para o Chile complementa outros tradicionais "corujões", como para

Seguindo viagem

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Na nossa segunda noite em Atenas, decidimos ir jantar na região de Monastiraki, já que, durante o dia, vimos por ali uma série de barzinhos e restaurantes cheios de gente, um ao lado do outro. Um lugar como aquele certamente estaria em movimentado até altas horas. Saímos do hotel em direção àquela parte da cidade e demos algumas voltas antes de nos decidirmos. No final das contas, um restaurante que prometia atendimento e menu em espanhol foi o que acabou nos convencendo a entrar. Diferentemente da noite anterior, em que nos dedicamos a experimentar os pratos típicos ( moussaka , souvlaki , etc.), dessa vez pedimos uma variedade de mezes (comidinhas tipo tapas) para comer com uma cerveja local. Experimentamos vários tipos diferentes de queijos, alguns levemente assados numa grelha sobre a brasa – muito bons. Comemos azeitonas de vários tipos, umas salsichinhas, carninhas grelhadas, moluscos na vinagrete e por aí vai. Com relação à cerveja, além das marcas europeias onipresentes (Heinek

Fim de tarde em Atenas

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Após terminarmos a visita à Acrópole, já estávamos bem cansados do intenso dia em Atenas. Voltamos de metrô para a região de Monastiraki e tratamos de encontrar um café para fazer um lanche e descansar um tantinho. Ficamos numa praça bem arborizada, um pouco longe da muvuca da região, até reencontrarmos forças para seguir nosso roteiro e ir até outra Ágora antiga, onde fica o templo de Hefesto. Essa parte da cidade é o centro de Atenas no tempo em que ela foi dominada pelos romanos. Também é toda protegida e cercada e exige o pagamento de ingresso. O que não contávamos é que ela encerraria as vendas de ingressos meia hora antes de fechar, por isso as únicas fotos que temos de lá são ou de cima, vista da Acrópole, ou do lado de fora, através do portão. Um pouco desapontados pelo contratempo, decidimos então terminar o dia na beira do mar. Pegamos um metrô até Pireus e, de lá, um bonde bem moderninho que faz toda a costa marítima da cidade. Descemos numa praça em que havia pessoas pescan

Atenas: Acrópole

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Para nossa alegria, o céu foi limpando cada vez mais no meio da tarde e, quando chegamos na estação de metrô mais próxima da entrada da Acrópole, já estava fazendo um sol de rachar. O caminho entre a estação e a entrada é quase todo íngreme. À medida que a pessoa se aproxima do portão da área, que é protegida como um dos maiores patrimônios da humanidade e, sem dúvida, o monumento mais importante da Grécia, percebe que a polícia fiscaliza e impede a venda de bugigangas e que não ninguém com cara suspeita espreitando os turistas. Um pouco antes de chegar ao acesso à área histórica, passamos em frente ao Museu da Acrópole, recentemente aberto em substituição a outro, menor e mais antigo, que ficavam bem ao lado das ruínas. Ali ficam guardados os objetos e estátuas que foram retirados do lugar original para serem mais bem preservados. Decidimos que só entraríamos se estivéssemos empolgados na volta e seguimos em frente (na volta acabaríamos não entrando também). Na bilheteria, vi

Atenas - templos e ágoras

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Saindo do Templo de Zeus Olímpico abaixo de uma chuvinha fina, atravessamos a grande avenida que separa aquela parte da cidade do bairro de Plaka, por onde já estivéramos andando na noite anterior. Ali, com ruas mais estreitas, parreirais cobrindo partes das calçadas e mais árvores, conseguimos até dispensar o guarda-chuva. A primeira paradinha foi na igreja de Santa Catarina ( Aghia Ekaterini ), mais uma daquelas igrejinhas ortodoxas gregas baixinhas, com formas arredondadas. O interior é bem diferente de uma igreja católica. Mais acolhedor, mas cheio de indumentárias e objetos religiosos. Nas paredes, imagens de santos com aquele estilo bizantino. A idade do templo? Uns oitocentos anos, segundo as informações existentes. Para chegar ao nosso próximo destino, passamos pela infinidade de lojinhas de souvenires turísticos do bairro, revimos algumas tavernas da noite anterior e quase nos perdemos no labirinto formado por ruas sem saída que, muitas vezes, nos davam a impressão de e

Atenas - Olímpíadas e Zeus Olímpico

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O primeiro lugar em que comeamos a ver um pouco mais de burburinho de turistas ficava logo abaixo, no fim da rua que passa em frente ao Palácio Presidencial. Lá, onde também terminam os Jardins Nacionais, está o Estádio Olímpico de Panathinaikos, usado como sede das primeiras Olimpíadas da Era Moderna, em 1896. O estádio é surpreendentemente pequeno e não tem, como nos estádios atuais, um campo que possa ser usado para jogos de equipe no centro. Possui estrutura, apenas, para provas de atletismo (salto em distância, salto em altura, salto com vara, pista de corrida, etc.). O que chama a atenção na estrutura é que ela é toda feita em mármore branco, reproduzindo e restaurando um estádio semelhante que havia no mesmo local no período Clássico da Grécia antiga. Um pouquinho de pesquisa sobre o lugar mostra que já era utilizado como lugar de cerimônias olímpicas há mais de 300 anos antes de Cristo e que foi reconstruído várias vezes, até 140 DC, pelos romanos. Nas Olimpíadas de 2

Atenas - ao redor do Parlamento

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Nosso sábado em Atenas começou cedo. Tomamos café olhando a cidade de cima, com a Acrópole ao fundo, e por volta das 9hs da manhã já estávamos com o pé na rua. A primeira parada foi logo ali, na Praça Syntagma (Πλατεία Συντάγματος), que quer dizer “Praça da Constituição”. A maior atração é a troca da guarda, que ocorre a cada hora cheia, bem em frente ao Túmulo do Soldado Desconhecido. Como ocorre na maioria dos países que se envolveram em alguma grande guerra, o corpo de um soldado morto em batalha, cuja identidade verdadeira não tenha sido possível determinar, é enterrado num altar monumento como símbolo de todos os soldados que morreram em defesa dos interesses nacionais. Normalmente, esse tipo de monumento é visitado pelos Chefes de Estado nas trocas de governo ou nas recepções a Chefes de Estado de outros países. No caso do túmulo do soldado desconhecido em Atenas, que fica bem abaixo do Prédio do Parlamento, um pouco acima da estação de metrô, há permanentemente dois sold

Comida típica

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Na nossa primeira noite na cidade, uma sexta-feira, escureceu um pouco mais cedo do que o normal, por causa do tempo nublado. Mesmo assim, o clima estava bem agradável, permitindo inclusive que saíssemos de mangas curtas. Saindo do hotel, voltamos até a praça de Syntagma e dali tomamos o calçadão que é o coração moderno de Atenas, a rua fechada para carros Ermou. A cidade, por mais estranho que pareça, me lembrou um pouco Buenos Aires. Não sei se são os prédios, o estilo do calçadão ou o quê. Fato é que o ambiente ao nosso redor era bem família, com muita gente simplesmente passeando no início da noite, tomando sorvete, olhando vitrines. Aqui e ali havia algum artista de rua tocando em troca de dinheiro. Algumas quadras adiante, encontramos o primeiro templo ortodoxo grego (de muitos) naquela viagem. Era a igreja de Kapnikarea, que fica bem no meio da praça de mesmo nome. O prédio parece de brinquedo: é baixinho, redondinho, até engraçado. Ao lado da igrejinha, estava acontecendo um te

Onde ficar em Atenas

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Atenas ( Αθήνα ) é uma metrópole que não pára de crescer com mais de 3,5 milhões de habitantes, bastante espalhada geograficamente. Mesmo assim, as áreas de maior interesse turístico são relativamente próximas entre si e podem ser percorridas a pé, bastando apenas um pouco de disposição. Basicamente, o que um turista que vai passar menos de três dias na cidade quer ver fica nos bairros de Plaka, Syntagma, Monastiraki e Omonia. A Acrópole não é um bairro em si, porque não é habitada – é um morro cheio de ruínas clássicas bem ao lado de Plaka. Nas pesquisas que fiz sobre hotéis, fiquei sabendo que os arredores de Monastiraki e Omonia podem ser bem boca-braba à noite. São muito frequentes os relatos de pequenos furtos e até mesmo assaltos à noite ou cedo da manhã nessas regiões. Além disso, há muita prostituição e consumo de drogas nessas partes da cidade, fora do horário comercial. O bairro de Plaka, por sua vez, é o centro histórico da cidade. Por isso mesmo, tem ruas estreitas e muitas

Chegada em Atenas

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No desembarque em Atenas, tivemos logo de cara uma boa impressão do aeroporto. Tudo muito amplo, muito moderno, não muito cheio de gente, com boas opções de restaurantes, caixas automáticos, vários meios de transporte até o centro. Nada que uma Olimpíada levada a sério não faça por uma cidade. Depois da eterna alegria de reencontrar a bagagem após duas conexões internacionais, procuramos a saída do aeroporto que dava para a estação do metrô . Chegando lá, porém, hesitei um pouco até comprar a passagem, pois não conseguia entender muito bem como funcionava o sistema de tarifação. Custei mais um pouco a entender – o que só consegui depois de pedir ajuda a um rapaz numa banca de revistas – que a linha que saía do aeroporto nos deixaria diretamente no nosso destino final, a praça de Syntagma, sem qualquer baldeação. Passagem comprada e validada, viagem conhecida, descemos para a plataforma de embarque. Uma escada rolante estragada no caminho me trouxe rapidamente a lembrança de por que um