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Mostrando postagens de novembro, 2008

"Há algo de podre no Reino da Dinamarca"

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Essa frase, escrita por Shakespeare há uns 400 anos, referia-se à conspiração para matar o pai de Hamlet, mas bem que serve para lembrar que o país não é tão "perfeitinho" quanto se pode imaginar depois de um filme do tipo "Uma Princesa em Minha Vida" ou discursos sobre ser um país exemplo em bem-estar social. Alguns exemplos... A Dinamarca é um país onde se fuma MUITO. Todos os lugares possíveis tem gente fumando. Nos bares e pubs, a catinga daquele nevoeiro de nicotina queimando chega a arder os olhos. Quanto à roupa, nem se fale - lavanderia na certa. O país está bem atrás de outros na Europa nesse sentido, já que considero uma evolução a proibição progressiva do fumo em ambientes fechados. Ao contrário de muitos dos seus vizinhos, pode-se beber livremente nas ruas da Dinamarca. Só que o pessoal abusa. Nos guias de viagem, à referência a essa coisa de pessoal de outros lugares virem passar final de semana para encher a cara em Copenhague. O resultado são bandos d

Copenhague - Passeio de barquinho

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No dia seguinte, apesar de toda a bebedeira, conseguimos acordar por volta das 9h da manhã para um café da manhã bem reforçado. Aliás, não sei se é o clima de mochilão, a qualidade da cerveja ou simplesmente a vontade de fazer o maior número de coisas possível, mas dificilmente sofro de ressacas em viagens... Nesse dia, contamos com a ajuda da esposa do Júnior, que gentilmente deixou a casa só para a gurizada e foi dormir numa amiga nos dois dias em que estivemos lá. Como ela conhecia melhor a cidade, ofereceu-se para ser nossa guia em alguns passeios pelos pontos mais importantes, para que Copenhague não passasse em branco. Saímos em direção ao centro, de ônibus, e descemos perto de Nyhavn ("porto novo"). Embora uma garoa fina continuasse caindo, decidimos fazer um passeio de barco que valia por um city tour pelos monumentos mais conhecidos da cidade. O preço não era dos mais altos, cerca de 20 euros (não lembro quanto na moeda local), e foi um investimento que valeu

Copenhague - Pub crawling

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Deviam ser umas 3 horas da tarde quando chegamos no apartamento do Junior, depois de um rápido trecho de metrô e um mais longo de ônibus. Se nao estou enganado, era Norrebro o bairro em que ele morava. O tempo estava chuvoso desde que chegamos, e assim continuou até lá. Como o dia não estava muito para passeios ao ar livre, o Junior sugeriu que deixássemos as nossas coisas em casa e que saíssemos para fazer um dos programas mais típicos da cidade: um autêntico pub crawl. Ele já tinha programado pelo menos uns três bares mais conhecidos para que déssemos uma passadinha em cada um. No primeiro deles, experimentei pela primeira vez na vida uma autêntica Guinness, servida como manda o figurino. Segundo os puristas, não é possível que se beba Guinness de verdade fora da Europa, porque o prazo de validade do chopp original dessa marca não permite viagens tão longas. De fato, estava muito boa a minha "cervejinha". O barzinho também era bem típico, embora o nome fosse do ti

Copenhague - chegada

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P ela primeira vez na minha vida, um aeroporto não aceitou despachar nossas mochilas como bagagens normais. Disseram, em Estocolmo, que teríamos de nos dirigir a um guichê separado e despachá-las dentro de uns sacos plásticos grandes, como bagagem especial. Não tivemos nenhum custo adicional por isso e esse foi o único fato atípico na viagem até a Dinamarca. O vôo saiu no horário. Fazia uma belo dia de sol e, com uma câmera instalada no bico do avião, pudemos acompanhar toda a decolagem e o primeiro ganho de altura da aeronave, vendo os lagos lá embaixo se tornarem cada vez menores, pelas telinhas de entretenimento. Foi nosso primeiro vôo com a SAS, a companhia aérea estatal dos quatro países escandinavos. Não há lanches de graça - tudo é pago (coisa de low fare, embora o preço não o seja). Aviões normais, não melhores do que a Air France. Chegando em Copenhague (Kobenhavn, na língua local), o piloto foi avisando que o tempo estava meio encoberto, com chuviscos. O aeroporto

Balanço da viagem à Suécia

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Fazendo um balanço dos dias que passamos na Suécia, o saldo é definitivamente positivo. Como falei no post sobre as pequenas surpresas que tive em relação ao país, as descobertas que fiz sobre a cidade e o povo sueco tornaram aquele lugar muito especial para mim. Já adianto, mesmo antes de começar os posts sobre a Dinamarca, que achei a Suécia um lugar muito melhor para se conhecer. Apesar da barreira cultural da língua, totalmente incompreensível para nós, a facilidade da comunicação em inglês torna o lugar muito fácil de se virar. A receptividade das pessoas, o clima agradável das épocas ao redor do meio do ano, a sensação de absoluta segurança, tudo faz de lá um destino certa para um futuro retorno - quem sabe acrescido, dessa vez, de esticadas à Noruega, à Finlândia e aos países bálticos...

Estocolmo - Söddermalm e a partida

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Depois da última noite em Estocolmo, nosso último dia na cidade amanheceu ainda melhor do que aquele primeiro que tivemos por lá. O céu azulzinho, sem nenhuma nuvem no céu, e a temperatura mais amena do que o de costume. O vôo até Copenhague estava marcado para as 13h30 da tarde, o que nos deixava bem pouco tempo para aproveitar a manhã. Ninguém mais quis nos acompanhar, por isso só o Rafael e eu saímos em direção ao centro, para conhecer um pouco mais a cidade e ir até o elevador que fica na parte sul, para tirar umas fotos. Pensamos até mesmo em ir até a torre de TV, do outro lado, mas para isso definitivamente não teríamos tempo suficiente. Com tudo já pronto para a viagem, marcamos de nos encontrar todos às 10h45 no albergue, para tomar o ônibus até o aeroporto. Antes disso, fomos caminhando direto até a ponte que leva a Söddermalm, a ilha ao sul de Gamla Stan. Foi uma pernada. O elevador chamado Katarinahissen estava recém abrindo quando chegamos lá. Subimos por uma es

O outro lado da moeda

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Muito embora as moedas dos destinos mais tradicionais dos brasileiros tenham se valorizado significativamente em relação ao nosso real, existem alguns países mais "exóticos", por assim dizer, que tiveram uma desvalorização de suas moedas equivalente ou até maior do que a experimentada pelo real. Nos gráficos a seguir, pode-se perceber que o dólar australiano e o rand sul-africano, por exemplo, estão mais baratos do que estavam até alguns meses atrás: O grande problema, nesse caso, é a passagem. Se você não comprou antes, provavelmente agora pagará um preço muito mais alto, porque eles são fixados em dólar. Alguns outros países também estão com câmbio atraente para brasileiros. Que tal conhecer a Islândia em meio à maior crise que eles já experimentaram na história? Preços com 50% de desconto, num inverno com 20 horas de escuridão!

A crise e o câmbio

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Embora a crise financeira mundial não tenha chegado com tanta força ao Brasil como em outros países, sob o ponto de vista da estabilidade dos bancos, do crescimento econômico e do risco de quebras generalizadas, fato é que o Real foi uma das moedas que mais se desvalorizou desde setembro. Os gráficos que aparecem nesse post representam a variação dos últimos 6 meses nas taxas de câmbio entre o Real e as moedas dos países mais visitados pelos mochileiros brasileiros na América e na Europa. Por motivos de conveniência e de facilidade de visualização, alguns estão em Real X moeda estrangeira, outros em moeda estrangeira X Real. Mas o que eu quero mostrar com isso? O que quero demonstrar é que a desvalorização do real não foi tão forte assim com relação a algumas moedas, o que significa que o prejuízo não será tão grande se os planos de alguém viajar para esses países forem mantidos. Observe: Dólar (usado nos EUA e referência para passagens aéreas, freeshops, etc): aqui a coisa foi feia. N

Estocolmo - Lago Mallaren e Mar Báltico

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Numa das tardes na cidade, que inclusive fez o tempo mais feio enquanto estivemos por lá, decidimos fazer um passeio de barco para conhecer as regiões mais afastadas do centro. Existem pelo menos três opções padrão de passeios de barco saindo do cais próximo à ponte que leva a Skeppsholmen. Um deles, o mais longo de todos, passa pelas ilhas ao leste da cidade, por uma região mais de bosques e florestas, contornando Djugarden inteira e passando pelo porto de onde saem os ferry boats para a Finlândia, Estônia e Letônia. Outro basicamente só fica no entorno de Gamla Stan, e esse descartamos de cara. Acabamos optando por um outro, de duração de mais ou menos uma hora e meia, que dava uma volta passando pelas comportas que separam o lago Mallaren e o mar Báltico, chegando até as ilhas a oeste da cidade. O preço foi relativamente em conta - algo em torno de 15 euros - e valeu a pena, já que dificilmente faríamos algo mais interessante com aquele clima que ora garoava, ora parava,

Estocolmo - Norrmalm

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Nosso albergue, com disse nos primeiros posts sobre Estocolmo, ficava em Norrmalm, que é o mesmo bairro onde está a estação central de ônibus e de trem da cidade. O bairro, em si, não tem muitas atrações, servindo mais como lugar de passagem. Ali ficam apenas algumas das opções para sair, o bar de gelo e alguns teatros. A área também tem bastante lojas, mas os preços suecos não são muito convidativos. A rua mais movimentada é a Drottniggatan, a mesma que atravessa o Riksdag algumas quadras adiante. Num certo dia, enquanto voltávamos ao albergue por um caminho diferente do normal, acabamos encontrando, por acaso, uma igreja bem diferente, toda avermelhada, que depois descobri se chamar Johanneskyrkan (Igreja de São João). Como quase todas as igrejas protestantes, o interior não tem muitos atrativos. Interessante (e sinistro) só o fato de haver várias tumbas ao redor dela... Um fato interessante que percebi nos lugares para sair naquela região é como o limite de idade de v