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Mostrando postagens de 2009

Revista Lonely Planet no Brasil

Pessoal, Nos próximos dias, com a inspiração e o tempo voltando, pretendo reiniciar os posts. Por enquanto, só gostaria de aproveitar para recomendar um lançamento do qual só tomei conhecimento na semana passada: começaram a editar a revista da Lonely Planet no Brasil. Já estão na edição nº 5 e eu decidi comprar uma ontem para conferir. O visual é muito bacana, igual aos das revistas com a mesma marca editadas mundo afora. A maioria das cartas, perguntas e reportagens menores ainda são tradução das versões gringas, mas há bastante chamadas para que os leitores brasileiros participem com susgestões, fotos e perguntas. O preço é compatível com o que a revista oferece: R$ 10,90. Ainda não vi opção de assinatura (opa! uma integrante da Editora disse que tem sim, basta ler nos comentários!). Ainda há algumas coisas a serem acertadas: achei bastante erros de digitação, principalmente em nomes de lugares estrangeiros e até mesmo em links de internet. Um ponto positivo é que tem muito menos pr

Parabéns ao Rio!

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Cafayate

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Perto do meio-dia, chegamos à cidadezinha de Cafayate, conhecida na Argentina como o segundo maior centro produtor de vinhos. Nossa primeira parada na cidade foi na Bodega Nanni, que é famosa entre eles por produzir apenas vinhos orgânicos, ou seja, feitos de uvas que não levam qualquer espécie de defensivo agrícola sintético. O orgulho local é o vinho produzido da variedade de uva chamada "torrontés". A todo tempo nosso guia e o pessoal encarregado das explicações nas vinícolas faziam questão de dizer que eram os melhores vinhos torrontés do mundo, embora fossem inevitáveis as piadas sobre ser fácil ser o melhor do mundo em uma coisa que praticamente só existe ali. Depois do tour básico - que não deixa de ser igual ao de qualquer vinícola - passamos para a degustação, propositalmente ao lado da lojinha. Confesso que não gostei de nenhum dos vinhos que provei ali - e na cidade inteira. Muita gente achou a mesma coisa e o pessoal explicou que exatamente por isso é que

Quebrada de Cafayate

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Assim que chegamos do tour de dia inteiro, saímos para jantar no centro de Salta e voltamos para o albergue lá pelas 23hs da noite. Foi aí que, pela primeira vez na minha vida, recebi uma ligação particular na recepção de um albergue. Era o dono da agência de turismo com quem tínhamos reservado um carro alugado para usar no dia seguinte, às 7h da manhã, como forma de irmos até Cafayate por contra própria. Como já pressentimos no domingo, quando reservamos, os caras não tinham muita palavra. Ele me ligou para dizer que o carro teve problema, que não tinham outro, que o mais caro também estava ocupado - enfim, para dizer que tinha nos deixado na mão. Perguntei dos 50 pesos da reserva e ele garantiu que devolveria no dia seguinte. Bom, dos males o menor: tínhamos na nossa frente, enquanto soubemos da notícia, um aviso do albergue comunicando que eles tinham uma excursão para 20 pessoas justamente para a Quebrada de Cafayate saindo às 7h da manhã e que ainda havia lugares. Pagamos para

Ruta 52 e Purmamarca

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Estômago embrulhado por refeições que não vinham descendo bem desde a noite passada + dor de cabeça causada pela altitude + estrada sinuosa = puke! Depois de uns bons minutos lutando contra o que seria inevitável, tive um "reecontro" com minhas últimas refeições na descida da Ruta 52, a estrada que liga a região de Salta e San Pedro de Atacama, passando pelo Paso de Jama. Pegamos essa estrada logo depois de sair das Salinas Grandes, que ficam ao lado direito de quem está chegando na Argentina. No primeiro trecho, subimos em menos de 20 minutos até quase 4.200m de altitude, como mostra a placa da foto acima. Depois de chegar lá em cima, vimos o que nos esperava do outro lado: curvas e mais curvas de uma bela estrada asfaltada há menos de 5 anos, com belas paisagens ao redor. Para tirar foto na beira da estrada era uma desgraça: o vento lá em cima não era coisa para se brincar. Foi numa dessas paradas que eu assumi o lugar da frente na caminhonete já prevendo o pior.

Ruta 40 e Salinas Grandes

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San Antonio de los Cobres não oferece muito aos seus visitantes além de almoço e proximidade ao viaduto. Logo que começa a tarde, a cidade novamente se esvazia - e conosco não foi diferente. Ao invés de voltamos pela mesma estrada que usamos para chegar até ali (Ruta 51), seguimos em direção a Salinas Grandes pela Ruta Nacional 40. Essa estrada é muito famosa entre os aventureiros. Parte dela, mais ao sul, foi inclusive utilizada no Rally Dakar deste ano, que por questões de segurança deixou de ser feito na África. A rodovia, que tem apenas algumas partes de asfalto, é em sua maior extensão feita de "ripio", uma espécie de brita fina sobre o chão batido. Ela começa bem lá no sul do país e sobe até o extremo norte, costeando os Andes, quase na fronteira com o Chile. Creio que andamos uns 80km pela dita estrada, numa paisagem que praticamente não mudou de San Antonio até o entroncamento em que a deixamos: de um lado uma planície sem fim, do outro montanhas nevadas no hor

Cobres e La Polvorilla

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Já era quase meio dia quando estávamos chegando perto de San Antonio de los Cobres. A estrada, que logo que saímos de Salta era asfaltada, teve uns 25km de terra, depois uns 100km de asfalto, agora terminava nessa cidadezinha a mais de 4000m de altitude. Um pouco antes de entrarmos na cidade, começamos a ver os maiores rebanhos de llamas que até então tínhamos visto naquela viagem. É claro que uma foto acaba sendo obrigatória... A primeira vista de San Antonio não é lá das mais encantadoras. Como era de se esperar àquela altura, onde nem cactus nasce, não havia quase vegetação alguma. A minha impressão foi a de uma grande COHAB, sem qualquer desapreço pelos tais conjuntos habitacionais. Atravessamos o centro da cidade, que não é muito grande, e seguimos direto para o outro lado, em direção ao viaduto de La Polvorilla. Aqui, a estrada volta a acompanhar bem de perto a ferrovia do Tren a Las Nubes, coisa que não aconteceu nos últimos km antes da cidade. É o trecho mais duro (e pa

Caminhonete a las Nubes

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Como chegamos em Salta num domingo pela manhã, já sabíamos de antemão que não poderíamos fazer o passeio do Tren a las Nubes no próprio trem, já que ele só ocorre aos sábados, conforme informado no site . Cheguei até a ligar antes, ainda do Brasil, para confirmar se não haveria qualquer saída no meio da semana, como ocorre na alta temporada, mas a resposta foi negativa. Certos de que o único jeito era fazer um tour "rodoviário", fomos à luta. Entramos em várias agências de turismo e o que vimos é que o tour padrão que é vendido consiste em colocar grupos de 8 a 14 pessoas numa van ou microônibus, que sai de Salta às 7h da manhã, chega em San Antonio de los Cobres para o almoço, depois volta. Para conhecer o viaduto de La Polvorilla, que fica uns km adiante de S Antonio, é necessário um veículo de tração 4x4. Foi aí, de posse dessa última informação, que começamos a negociar. As moças da agência que mais simpatizamos nos disseram que os tours de caminhonete 4x4 se consi

Passeios pela Região de Salta

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Em Salta, como em várias outras grandes cidades turísticas do mundo, há uma grande variedade de passeios que se pode reservar e comprar com um dia de antecedência, para conhecer as principais atrações. Os roteiros, os preços e as condições mudam muito pouco de uma agência de turismo para a outra, como logo pudemos perceber, depois de conhecer algumas delas nas quadras mais centrais da cidade, principalmente ao longo da Calle Buenos Aires. A peculiaridade de Salta é que quase todos os passeios envolvem muitas horas de estrada. Quase tudo fica numa distância entre 80km e 200km da cidade, portanto são passeios de dia inteiro, na maioria. Os mais conhecidos (a escala de qual é o melhor é muito pessoal) são os seguintes: SALINAS GRANDES : é um passeio que leva os interessados até um "mini-salar" que existe ao lado da estrada que liga Salta a San Pedro de Atacama, via Paso de Jama. No lugar, pode-se ter quase a mesma sensação do Salar de Uyuni: um deserto branco e plano, ond

Múmias de Salta

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Quem costuma dar uma olhada no National Geographic Channel, na TV a cabo, deve ter visto que, neste mês, estão passando (e repetindo várias vezes) um programa sobre as "múmias de Salta". As tais múmias foram encontradas recentemente, em março de 1999, por uma expedição de arqueólogos, quase no topo do vulcão Llullaillaco, entre o Chile e Argentina, na Cordilheira dos Andes, a uma altitude de 6.730m sobre o nível do mar. Em razão da extrema secura do clima, do frio congelante, da baixa pressão atmosférica e da quase inexistência de vida naquelas condições, os corpos de uma adolescente e duas crianças, um menino e uma menina, foram mantidos em estado de conservação quase perfeito, mesmo tendo morrido há cerca de 500 anos. Segundo os pesquisadores, "El Niño", "La Doncella" e "La Niña del Rayo'" foram sacrificados em um ritual de cunho religioso, pelos povos a que pertenciam. Dizem que os povos atacameños, para agradar aos deuses, promo

Muitas nuvens e religiosidade

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Para evitar surpresas negativas e aproveitar uma das dicas mais comuns de quem viaja, decidimos perguntar aos locais sobre um bom restaurante para comer no domingo de meio-dia. As indicações de guias de viagem nem sempre são as melhores - os lugares tendem a ser mais caros justamente por serem mais procurados e às vezes as indicações são mais baseadas numa cortesia de quem atendeu o escritor do que na qualidade do lugar. Acabamos parando numa casa de parrilla , bem no meio do caminho entre a Iglesia de San Francisco e o Convento de San Bernardo . Não poderia ter sido melhor. Lugar bem ajeitado, com pouca gente porque ainda era cedo para os padrões argentinos, com comida muito boa e a preços bem camaradas. Comemos como poucas vezes se come carne no Brasil, a uns 18 reais por pessoa, numa refeição com entrada e vinho da casa. Terminado o almoço, decidimos que era hora de fazer o check in lá no albergue, que dava uma boa pernada dali. No caminho, paramos em algumas lojinhas, e já sur