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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Batalha

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Uma estradinha de pouco mais de 35 km - que me tomou cerca de uma hora para percorrer, já que era estreita, cheia de curvas, subidas e rótulas - nos levou de Fátima a Batalha, a menor cidade que conheci naquela segunda viagem a Portugal.  Com uma população de cerca de 15 mil habitantes, Batalha, assim como Alcobaça, só é famosa em razão de um desproporcionalmente grande mosteiro que nela fica situado. Nesse caso, trata-se do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, ou simplesmente Mosteiro da Batalha. Assim como outros tantos mosteiros portugueses, o Mosteiro da Batalha foi construído em agradecimento à vitória numa batalha, nesse caso a de Aljubarrota, em que portugueses aliados a ingleses derrotaram invasores espanhóis, no ano de 1385. O mosteiro pertencia à Ordem Dominicana e foi construído em estilo gótico português, ou manuelino. É muito mais cheio de detalhes do que o de Alcobaça, que tem um aspecto mais austero e clássico. Há uma riqueza de detalhes que nunca vi

Fátima

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Depois de uma viagem bastante tranquila nos trechos entre Sintra e Óbidos, Óbidos-Alcobaça e Alcobaça-Nazaré, passei um sufoco bastante grande no último pedaço de estrada que me separava do hotel onde passaríamos a noite. O trânsito ao redor da cidade de Leiria estava infernal, talvez porque fosse horário de saída do trabalho, mas certamente a situação ficou pior em razão de inúmeras obras e desvios no anel rodoviário que liga as autoestradas que eu precisava pegar. Chegamos em Fátima já tarde, por volta das 21hs, com tudo escuro. Tive dificuldades em encontrar o hotel que havia reservado pelo Booking, o Santa Maria, em boa parte por causa de vias de mão única que não apareciam no meu GPS e por outras tantas obras - estas dentro da cidade - que impediam o livre acesso a algumas ruas e avenidas.  Quando finalmente encontramos o lugar e fizemos o check in, tivemos a grata surpresa de ver que a escolha tinha sido ideal. O hotel era novinho (o site é http://www.hotelstmaria.com/)

LUTO por Santa Maria

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No post de hoje, não poderia deixar de registrar o nosso "11 de setembro": a tragédia da Boate Kiss, aqui em Santa Maria. Como homenagem, reproduzo o texto do Fabrício Carpinejar sobre a sensação que teve ao saber da notícia: Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça. A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta. Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa. A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013. As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada. Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa. Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio. Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda. Morri porque já confundi a por

Países que não exigem visto de brasileiros

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É cada vez menor o número de países que exigem visto de turistas brasileiros. Com o crescimento econômico do país entre os anos de 2004 e 2008, de certa forma o Brasil ganhou fama internacionalmente como um país de turistas gastadores e ávidos por conhecer outras culturas. Mesmo com a crise de 2008 e, agora, de 2012 (em que o dólar, querendo ou não, passou de R$ 1,60 para R$ 2,05), os brasileiros continuam gastando cada vez mais no exterior. Tudo isso leva, obviamente, a uma pressão dos grupos empresariais ligados ao setor de turismo dos destinos preferidos dos brasileiros para que os governos locais minimizem as exigências na hora da imigração. Diminuiu, também, a ideia de que o brasileiro é um imigrante ilegal em potencial. Essa percepção mudou radicalmente em países do sul da Europa, como Portugal e Itália, e mesmo na Espanha, apesar de alguns problemas diplomáticos persistentes. Na Flórida e em Nova York, da mesma forma, brasileiro é visto como cliente, e não como ameaça aos

Nazaré

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Para finalizar o dia, que começou com a chegada a Óbidos e passou por Alcobaça, aproveitei as últimas horas de sol (já passava das 19h, mas ainda era dia claro) e andei mais meia hora até Nazaré, a cidade litorânea mais próxima de Alcobaça. Não sabia o que esperar de Nazaré e sequer a tinha colocado nos planos daquela viagem de carro pelo país, mais tive uma daquelas gratas surpresas que se tem em viagens, quando se decide ir ao léu para algum lugar diferente, sem grandes pretensões. A cidade é simplesmente muito charmosinha. Ela tem duas partes: uma baixa, com uma praia tipicamente europeia, com um calçadão, prédios do início do século XX em quase toda a orla, mar tranquilinho, e uma parte alta, com cara de Nordeste, igrejas barrocas, comércio informal, etc. Entre uma e outra, um penhasco de mais de 100m de altura. Para subir da parte baixa, onde tomamos um sorvete e demos uma caminhada de fim de tarde pela praia, para a parte alta, onde conhecemos a igreja matri

Alcobaça

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Alcobaça é uma cidadezinha a cerca de meia hora de Óbidos, com menos de 20 mil habitantes, mas com uma cara de cidade normal, com vida própria. O motivo pelo qual as pessoas a visitam se resume a um só: o mosteiro que leva o seu nome. O mosteiro de Alcobaça é considerado como a primeira obra gótica de Portugal e (mais uma vez colando da Wikipedia), foi mandado erguer por volta de 1147. Dá para entender bem a história do lugar durante a visita, na primeira sala ao lado da igreja principal, onde existem murais de azulejos por todas as paredes, contando as razoes pelas quais se fez um prédio tão grande naquele lugarejo no meio do nada. Basicamente, o mosteiro é o pagamento de uma promessa de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, depois de ter vencido uma das inúmeras batalhas que travou. Para isso, ele chamou monges beneditinos, da região de Cluny, na França, para ocupar o lugar. Na igreja principal, próximo do altar, estão os túmulos de dois importantes pers

Óbidos

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Depois de duas noites em Sintra, já na segunda vez em que estive em Portugal, segui de carro alugado para a região mais central do país, ao norte de Lisboa. A primeira parada que fiz, cerca de duas horas depois de sair de Sintra, foi a pequena cidade amuralhada de Óbidos, considerada uma das mais bem conservadas vilas medievais do país. A região onde fica Óbidos não tem belezas naturais nem remotamente parecidas com aquelas no entorno de Sintra – são apenas planícies de pastagens e de plantações, sem nada de água por perto. No entanto, a cidade conserva bem aquela cara de cidade medieval, por estar quase inteira dentro de muralhas, com apenas um aqueduto saindo de lá de dentro (claro, hoje em dia há também estacionamentos e auto estradas ao seu redor). As casas da cidade são tipicamente portuguesas, todas branquinhas e com telhados avermelhados. Os guias da Lonely Planet a descrevem como uma “caixinha de joias”. Pelo potencial turístico do lugar, tudo foi tombado e hoj

Quinta da Regaleira e Palácio Nacional de Sintra

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Outros dois lugares que merecem a visita de quem vai até Sintra são a Quinta da Regaleira e o Palácio Nacional de Sintra. Contrariamente aos outros dois castelos, de que falei no último post, esses dois ficam bem próximos ao centro histórico da Vila e podem ser visitados a pé a partir da praça central. O Palácio Nacional de Sintra fica exatamente na praça central e não impressiona muito pela sua fachada externa, que é bem sem graça. Alguns dias da semana, como por exemplo domingo, a entrada é gratuita, e não se leva mais do que uns 40 minutos a uma hora para conhecer tudo ali por dentro. O tal palácio tem cerca de 500 anos de idade e pertenceu à família real portuguesa desde o início. O que torna a visita a esse lugar interessante é o fato de que ele conserva muitos dos azulejos e tetos originais, que são bem típicos da Idade Média e das influências que os árabes tiveram no país. Contrariamente ao Palácio da Pena, que tem um ar romântico e tecnólogas típicas do século XI