Passeios em Lisboa - Belém (parte 1)
Depois de uns 2 meses parado sem postar, retomo os relatos
sobre Portugal, contando principalmente como foi o mochilão que fiz por lá em
setembro de 2008, com algumas informações extras de outra viagem em outubro de
2011.
No último post sobre a chegada à cidade, falei um pouquinho
do albergue em que nos hospedamos – na época considerado o melhor do mundo pelo
Hostelworld. Pois bem, assim que nos instalamos, descemos para almoçar e já
fomos atrás de um item obrigatório para quem quer fazer bastante coisa em pouco
tempo enquanto está de passagem por Lisboa: um passe de transporte público.
Depois de pegarmos algumas informações no escritório de
turismo da cidade na própria Rua Augusta, decidimos que o melhor era pegar
passes de 24 horas para o metrô, incluindo bondes e ônibus. Fomo até a praça do
Comércio – aquela dos Arcos da Rua Augusta e esperamos um bonde para Belém.
A Praça do Comércio, muito embora seja um dos cartões postais
de Lisboa, não é um lugar que apresente muito interesse turístico. Há vários
órgãos públicos funcionando por ali e várias conexões de ônibus urbanos e bondes
– mas além de uma foto com os arcos, não há muita coisa.
Cabe apenas o registro de que foi nesse lugar que mataram o
Rei Dom Carlos I e o príncipe herdeiro Luís Felipe, em 1908. Com isso, o
segundo filho mais velho do rei assumiu o trono, até que pouco tempo depois
fosse derrubado num golpe que pôs fim à monarquia portuguesa.
O trajeto entre a Praça do Comércio e Belém é feito num
bonde bem moderno, ao estilo daqueles que existem em Amsterdam – e bem
diferente de outros clássicos que circulam por regiões mais antigas, como a
Alfama. É bem caro: custa cerca de 3,65
euros por pessoa, se a tarifa for paga a bordo. Em 20 minutos se chega a uma estação
próxima da famosa Pastelaria de Belém e a uma praça que separa os principais
monumentos da região.
Belém é um dos bairros mais importantes de Lisboa, do ponto
de vista turístico. Ali estão 2 das “7 Maravilhas de Portugal”: a Torre de Belém
e o Mosteiro dos Jerônimos. São pontos obrigatórios também o Padrão dos
Descobrimentos e a Pastelaria, de que falei acima. Era dali que partiam os navios
em direção à América, nos tempos do Descobrimento.
Belém é um bairro com espaços amplos, avenidas largas e com
boas opções de lazer, às margens do Rio Tejo. Há muitos restaurantes e
barzinhos abertos o dia inteiro e, nos dias de sol, muita gente caminhando,
patinando ou andando de bicicleta. SÓ VALE UM AVISO IMPORTANTE: SEGUNDA-FEIRA
BOA PARTE DAS ATRAÇÕES É FECHADA, POR ISSO EVITE IR LÁ NESSE DIA.
Assim que chegamos por ali, demos de cara com um obelisco em
cujo topo fica uma estátua de Vasco da Gama, bem no meio de uma praça. Cruzamos
toda ela sob um sol bem forte para chegar ao túnel por baixo da avenida, pelo
qual se passa para chegar ao Padrão dos Descobrimentos.
O Padrão dos Descobrimentos foi originalmente feito como um
monumento temporário para uma exposição em 1940 e, assim como a Torre Eiffel,
caiu no gosto do público e por isso foi tornado definitivo. Uma réplica em
concreto foi construída e inaugurada em 1960.
O monumento tem um formato alusivo a uma nau portuguesa,
quando olhado de lado. Para quem olha ele de trás, tem o formato de uma cruz.
Em ambos os lados, estão estátuas dos grandes nomes da
história portuguesa, inclusive o nosso Pedro Álvares Cabral.
O interessante é que se pode subir nele, por dentro – e o
que é melhor, de elevador. Lá de cima, a vista de todo o bairro de Belém e do
Rio Tejo é muito bonita. Olhando para baixo, na parte da frente (próxima ao
rio), pode-se ver as estátuas de cima, como se a pessoa estivesse no alto de um
navio.
Na parte de trás do monumento, percebe-se o que eu não tinha
visto quando cheguei: a calçada que dá acesso ao Padrão tem um mosaico que
representa um grande mapa do mundo antigo, em meio a uma rosa-dos-ventos.
O visual do monumento se complementa pela Ponte 25 de Abril,
uma ponte pênsil ao estilo da Golden Gate que liga Lisboa ao sul do país, a
partir de Almada.
A uns bons metros do monumento, fica a famosa Torre de
Belém, um monumento que fazia parte do esquema de defesa da foz do Rio Tejo e
que foi construído por volta de 1514.
A torre é muito bonita e cheia de detalhes, num estilo
manuelino. Foi utilizada por um tempo como aduana, em outros como farol, como
estação de telégrafo e até como prisão para presos políticos.
Embora seja mais conhecida, a torre é mais interessante de
se ver do que de se conhecer por dentro, já que não há muito o que ser visitado
na sua parte de dentro. Se estiver na correria, vale mais a pena fazer o Padrão
e o Mosteiro ali perto.
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