Passeios em Lisboa - Alfama e Castelo de S Jorge

A parte mais tradicional de Lisboa, e talvez aquela que mais esteja associada à imagem da cidade na cabeça dos que nunca viajaram para lá, fica no bairro da Alfama, à direita da Rua Augusta, para quem olha em direção à Praça do Comércio.

A Alfama é um bairro com cara de centro histórico medieval. Diferentemente da Baixa, que é toda planejada com ruas retas e quadras regulares, numa área plana, a Alfama é um labirinto de ruelas e becos sem saída, numa região cheia de colinas. Como em quase todas as cidades antigas da Península Ibérica, havia uma grande população de judeus e muçulmanos durante a Idade Média e a Idade Moderna, e era por ali que eles se concentravam em maior número. 

Um passeio pela Alfama deve começar (ou terminar) com uma viagem pelo Elétrico (ou bonde) nº 28, que percorre a principal rua desse bairro, morro acima, partindo do Centro da Baixa. Pode-se saltar perto dos vários mirantes, igrejas ou do Castelo de S Jorge para fazer as visitações nesse caminho. 



Aqui, nessa parte da cidade, vale a pena ter um mapa turístico nas mãos para não perder os melhores lugares com vistas do alto e para não entrar em becos sem saída. 

O castelo de S Jorge, para mim, foi um pouco decepcionante, porque praticamente são apenas muralhas que restaram e muito pouca coisa dentro para se ver. Lojinhas de souvenir, é claro, estão por todos os lados. Os pátios e as vistas lá de cima, porém, são muito legais. 




O Panteão Nacional é um monumento que de certa forma copia aquele existente em Paris, sendo o local onde foram enterrados ilustres personagens portugueses. De certa forma, não atrai tanto interesse para nós brasileiros, porque quase todos os que ali estão são de períodos posteriores à nossa Independência. É por isso que alguns guias dizem que o verdadeiro panteão dos heróis portugueses é o Mosteiro dos Jerónimos, de que já falei nos posts sobre Belém. 


Outro ponto de interesse na região, bem próximo da Baixa, é a Catedral da Sé, que é a igreja matriz da capital portuguesa. 


Ali foi batizado Santo Antônio, que é português e nasceu na cidade (embora seja conhecido como Santo Antônio de Pádua, por ter morrido nessa cidade italiana). O santo casamenteiro começou sua vida religiosa no local e por isso há um museuzinho dedicado a ele.

A região concentra muitos restaurantes bons e baratos, bastante simples, mas com uma comida típica portuguesa de encher os olhos e dar água na boca. Uma indicação de amigos que acabei experimentando na segunda vez em que estive por ali foi o "Alpendre", bem na subida depois da Sé, ao lado dos trilhos do bonde. 

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