Sintra
Se tivesse que escolher apenas uma cidade em Portugal para
indicar a qualquer pessoa que queira conhecer o país, essa cidade seria Sintra.
Situada numa região serrana a apenas uns 30 e poucos quilômetros de Lisboa,
Sintra está para a capital portuguesa como Petrópolis está para o Rio de
Janeiro, tanto em termos geográficos como históricos e culturais – guardadas as
devidas proporções.
Sintra era a sede da família real portuguesa em épocas de
verão e, principalmente no século XIX, tornou-se também um dos locais
preferidos pela aristocracia europeia para manter uma residência de verão. A
cidade foi até mesmo visitada pelo poeta que é o símbolo do romantismo: Lorde
Byron.
O município de Sintra propriamente dito é bastante extenso e
abriga mais de 370 mil pessoas. Mas a divisão administrativa é na verdade um
conjunto de freguesias menores, que têm o tamanho de cidades pequenas, com
menos de 50 mil habitantes, em meio a uma grande região natural protegida que
vai do oceano Atlântico às proximidades de Lisboa, e de Cascais (no sul) a
Mafra (no norte).
Geralmente as pessoas conhecem a cidade num passeio de bate
e volta de dia inteiro, partindo de Lisboa. Foi também o que fiz com o Ângelo
na primeira vez em que estive por lá. Saímos bem cedo num domingo de manhã, de
metrô até a estação Entrecampos e depois num trem da CP, que levou cerca de uma
hora para chegar à estação de Sintra-Vila.
Há inclusive passes turísticos que permitem a visitação de
mais de uma atração turística ao mesmo tempo e a utilização dos transportes
urbanos de Sintra (basicamente ônibus), o que estimula a ideia de que apenas um
dia bem corrido seria o suficiente.
Logo que se chega à cidade, porém, a percepção já muda: é
necessário muito mais. Se a pessoa for se limitar às atrações principais
(Palácio Nacional da Pena, Palácio dos Mouros, Palácio Nacional de Sintra e
Quinta da Regaleira – que são as quatro mais importante na minha opinião) já
terá dificuldades em cumprir todo o itinerário num dia só e provavelmente
ficará destruído fisicamente para o próximo dia.
Quinta da Regaleira
Castelo dos Mouros
Palácio de Sintra
Naquela primeira vez, fizemos três dessas atrações (o
Palácio de Sintra ficou de fora), mas quando retornei ao país em 2011, marquei
logo um hotel na cidade e aluguei um carro diretamente no aeroporto, para ir
para lá antes de qualquer outra coisa. Dormindo duas noites ali, tivemos tempo
de sobra para fazer com mais calma os castelos mais famosos e ainda escolher
outras atrações, sem falar no pulo que demos em Cascais, do que falei no post
anterior.
À noite, pouca gente fica na cidade e fica parecendo que ela
é só para você. O centrinho histórico se acalma e é possível escolher com calma
uma boa padaria e um bom restaurante para comer comidas bem típicas, sem muitas
frescuras.
Nos próximos posts vou falar de algumas dessas atrações que
tanto gostei.
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Abraços!