Sevilla e a Descoberta da América

Para quem curte história, Sevilla traz muita coisa relacionada ao período das grandes navegações dos séculos XV e XVI, inclusive no que diz respeito à Descoberta da América, em 1492.

Naquela época, sob o patrocínio dos Reis Católicos, Cristóvão Colombo deixou a Espanha em embarcações que hoje são reproduzidas em miniatura no museu dentro da Torre del Oro. Essa torre é uma fortificação militar em formato dodecagonal (12 lados), construída originalmente pelos árabes e depois tomada pelos espanhóis, que fica nas margens do Rio Guadalquivir.



Embora não seja muito alta (acredito que equivalha a um prédio de uns 8 andares), o lugar serve para que se tenha uma boa vista do rio e do centro histórico da própria cidade. Lá dentro, além de réplicas de barcos, há um pouco da história das navegações na época do Império Espanhol.


O corpo de Cristóvão Colombo está "enterrado" dentro da Catedral de Sevilla. As aspas ao enterrado se justificam, porque na verdade os seus restos mortais estão numa espécie de monumento de mármore, sustentado por quatro estátuas gigantes, como se fosse uma procissão fúnebre. É por isso que nas fotos as pessoas aparecem bem pequenas, lá embaixo.


A catedral de Sevilla, aliás, uma das principais atrações turísticas da cidade, é a maior igreja gótica do mundo e a terceira maior catedral do mundo inteiro. O lugar é gigantesco e não se consegue bater uma foto do lado de fora que pegue uma fachada inteira. 

Do lado de dentro, as naves são bastante longas e o pé-direito muito, mas muito alto. Algumas partes são bem escuras e meio sombrias, outras são bem ornadas com ouro e relíquias. Vale a pena prestar atenção no coro.



O monumento com o corpo de Colombo fica no canto direito ao fundo, em relação à porta principal. Na verdade, a entrada se faz por uma porta lateral, na praça que separa a Catedral do Alcázar e do Archivo de Índias, onde se paga um entrada que dá direito também a subir na Giralda. 

A Giralda é a torre do sino da catedral, mas originalmente era um minarete árabe, de onde os muezins chamavam os fieis para as orações, na mesquita que ficava no mesmo lugar. A subida até lá em cima é grande, mas menos cansativa do que em outras torres Europa afora, porque é toda em rampas (antigamente se subia a cavalo até lá em cima, para tocar os sinos).

Uma vista de 360° do centro histórico e a possibilidade de ver de perto o complexo telhado da catedral são as recompensas para quem faz o esforcinho de chegar até o topo.

Pertinho da Catedral, o Archivo de Índias é um prédio bastante importante na história de Sevilla, porque é lá que são guardados todos os documentos oficiais da época do Império Espanhol, como por exemplo a versão espanhola do Tratado de Tordesillas, que dividiu o Novo Mundo entre portugueses e espanhóis. O lugar, entretanto, tem um interesse apenas científico, porque são poucas as mostras que trazem algo interessante ao público em geral.


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