Ruta 52 e Purmamarca

Estômago embrulhado por refeições que não vinham descendo bem desde a noite passada + dor de cabeça causada pela altitude + estrada sinuosa = puke!

Depois de uns bons minutos lutando contra o que seria inevitável, tive um "reecontro" com minhas últimas refeições na descida da Ruta 52, a estrada que liga a região de Salta e San Pedro de Atacama, passando pelo Paso de Jama.

Pegamos essa estrada logo depois de sair das Salinas Grandes, que ficam ao lado direito de quem está chegando na Argentina. No primeiro trecho, subimos em menos de 20 minutos até quase 4.200m de altitude, como mostra a placa da foto acima.

Depois de chegar lá em cima, vimos o que nos esperava do outro lado: curvas e mais curvas de uma bela estrada asfaltada há menos de 5 anos, com belas paisagens ao redor.
Para tirar foto na beira da estrada era uma desgraça: o vento lá em cima não era coisa para se brincar. Foi numa dessas paradas que eu assumi o lugar da frente na caminhonete já prevendo o pior.

Apesar dos pesares, tudo fui muito legal. As montanhas ao redor são multicoloridas e com formatos muito interessantes. Creio que tenhamos descido uns 2000m em menos de meia hora, quando fomos chegando nos arredores de Purmamarca, a última cidadezinha daquele nosso tour.

Logo antes de entrar na cidade, no sentido de quem vem do Chile, está a atração mais famosa do lugar: o Cerro de los Siete Colores, descrito nos guias de viagem como uma "paleta de pintor". Confesso que esperava um pouco mais do lugar, porque já tinha visto muita coisa bonita na descida, mas valeu a pena.
Chegando na cidadezinha de Purmamarca, vimos que estávamos num lugar que parecia uma contradição em si mesmo. Hotéis bem chiques, carrões de luxo, muitos turistas com caras de "urbanos" em meio a um povoadozinho indígena que sofria com lufadas de vento empoeirado a cada cinco minutos.

Algumas ruazinhas têm cara de velho oeste; já o centrinho ao redor da praça lembra um pouco mais a Bolívia. A igrejinha é toda branca, no estilo da região.
Muito artesanato de lã por todos os lados, gringo a dar com pau comendo sorvete na praça e portenhos com a família inteira andando para lá e para cá são a impressão que fiquei de Purmamarca.

Aproveitamos para fazer um lanche na cidade e, depois dali, só voltamos a Salta. Estávamos moídos de cansados mais satisfeitos por ter visto tanta coisa num passeio só.

A volta foi pela auto-estrada entre Jujuy e Salta, que embora não seja o caminho mais curto no mapa, para quem olha, é o mais rápido, por ser mais plano e duplicado.

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