Passeando por Bruges
Bruges é uma cidadezinha com pouco mais de 110 mil habitantes, com aspecto de vila medieval, que, no entanto, é a principal cidade turística da Bélgica. O centro histórico tem um formato quase redondo e é limitado por um riacho ou canal, que acredito ser artificial. A cada tanto, uma ponte a liga com o lado "de fora", passando por um lugar onde antigamente havia uma porta de acesso à cidade.
É possível caminhar a pé por toda a extensão da parte de interesse turístico. Tudo é muito bonito por lá. Como se não bastasse, há vários canais de água menores cortando a cidade, fazendo com que também seja conhecida como mais uma das "Venezas do Norte" de que a Europa está cheia.
Não há grandes atrações turísticas em si, isoladamente consideradas. A cidade inteira, no seu conjunto, é que é interessante. Perguntem a qualquer um dos que viajaram comigo naquele mochilão e todos dirão, no entanto, que é muito mais interessante que Bruxelas e que mereceria mais alguns dias lá, só para ficar curtindo.
A cidade é conhecida também por ter um clima "romântico", principalmente em razão dos canais e dos parques que possui em vários pontos. Para outros, também tem fama de ser um bom lugar para experimentar mais de 300 marcas da cerveja que talvez seja uma das melhores do mundo - a belga (ou será a alemã? ou será a tcheca?)
Como não somos adeptos de city tour, traçamos no mapa mais ou menos os lugares por onde pretenderíamos passar. Como as ruas são estreitas e um pouco confusas, alguns desvios foram inevitáveis.
Passamos por uma das igrejas mais famosas do lugar, que a Igreja de Nossa Senhora. Lá dentro, está uma das obras primas de Michelangelo: a Madonna e a Criança (não, não é a cantora pop e sua filha Lourdes Maria!!).
Outra das igrejas famosas é a Basílica do Sangue Sagrado. Antes de ir a Bruges, eu nem sabia da existência dessa relíquia católica. Diz-se que o sangue guardado num relicário mantido dentro desse templo transforma-se em uma substância sólida para depois, sem causa aparente, voltar a ser líquido.
Embora a igreja esteja aberta a visitação a maior parte do tempo, a visão da relíquia em si, com as "portinhas" do relicário abertas, só ocorre uma ou duas vezes por dia - ocasião disputada por dezenas de turistas, já que o local é pequeno. Eventualmente, procissões são feitas com o dito sangue sagrado.
Um amigo meu, o Guilherme, morou em Bruges durante um ano de intercâmbio, ainda no segundo grau. Como naquela época não existia a prática de mandar e-mail, a gente se comunicava mesmo era por carta. Muitas vezes postei envelopes com o endereço "Gentpoortstraat" e por isso fiz questão de ir até a dita rua, para conhecê-la e mandar uma foto do lugar ao meu amigo, depois de 10 anos que ele morara lá.
Esse desvio sem grande apelo turístico acabou servindo para que encontrássemos uma lojinha com vários tipos de queijo, que foram o nosso lanche da tarde. No finalzinho da rua, também, demos de cara com um dos antigos portões da cidade velha e com o canal que a cerca.
Seguindo pelos parques ao redor do canal externo da cidade, encontramos também alguns moinhos de vento, em estilo meio holandês, que são um dos cartões postais menos conhecidos de Bruges.
Já no final do passeio, vindo em direção ao albergue, passamos também pelo pub mais antigo e tradicional de Bruges e por uns jardins de um convento jesuíta, bem interessantes.
Nada, como eu disse antes, surpreende tanto quanto a beleza da cidade em si. Por isso mesmo, a dica é andar sem preocupação com itinerários pela cidade, para curtir o que ela tem de melhor (e não querer mais sair de lá...)
Comentários
E com isso nao posso entar em mais nehum Pais no Espaço Schengen , hoje estou na Romenia , vim Trabalhar aqui e nao posso voltar . se vc saber me dizer alguma informacao ficou muito agradescido Andre muito obrigado e um Forte abraco.
Obrigada e sucesso!