(In)definição do roteiro

A ideia original, desde o ano passado, era uma viagem pelo leste europeu. Um mochilão que já tinha como consenso Croácia, Hungria, e o que mais desse para ver em 15 dias corridos, por volta de maio de 2009.

Com a crise econômica levando o dólar para a casa dos R$ 2,50, as passagens aéreas para mais de R$ 3.000,00 só para ir e voltar da Europa e mais uma série de outros poréns, meus amigos e eu deixamos os planos de lado e ficamos - desanimados - certos de que não sairia nada de mochilão em grupo nesse ano.

No entanto, ali por abril, começou a aparecer aquela vontade de fazer alguma coisa mesmo que fosse aqui por perto. Cogitamos Equador, Colômbia, até mesmo América Central - até que uma "questão mal resolvida" do passado pareceu como a melhor opção: fazer bem feito o Deserto do Atacama. Para dar um "up" na viagem, o Salar de Uyuni seria o objetivo mais longínquo, aquela atração que valeria a viagem.

Chegamos a ser 4 confirmados para a viagem, inclusive com parte dos preparativos feitos, mas podíamos chegar a 5 amigos. Faltando 2 meses, porém, o número ficou em 3, e daí não saiu mais (por muito pouco).

Depois de termos definido que o Atacama seria nosso destino, uma ameaça passou a rondar a viagem: gripe suína. O olho do furacão da H1N1 estava passando pela Argentina, que era anunciada mundo afora como o lugar em que mais gente estava morrendo disso. O anúncio do Ministro da Saúde do Brasil recomendando que brasileiros não fossem para Argentina e Chile em julho foi a gota d'água para que muita gente ao nosso redor passasse a fazer pressão para que nossa viagenzinha despretensiosa não saísse.

Algumas hesitações, especulações sobre mudanças de roteiro e muita conversa depois, ficamos mesmo com o trajeto originalmente planejado. Faltando menos de 1 semana para a viagem, a ameça do governo boliviano de fechar as fronteiras secas com a Argentina chegou a colocar em "off" a travessia direta de Salta para a Bolívia, mas tudo acabou se resolvendo bem.
O roteiro que fizemos acabou sendo esse aí de cima. A linha vermelha representa a ida, em ônibus e trem, passando por Corrientes, Salta, Villazon, Uyuyni, San Pedro de Atacama e Iquique, e a linha roxa representa a volta, feita de avião (IQQ-SCL e SCL-POA, com direito a parada em Valle Nevado).

Comentários

.Kel. disse…
Gostei do roteiro, podias passar mais informações sobre estadia e percursos? Quem sabe minhas próximas férias no sul do Brasil possam ser extendidas ;)

Até mais!
A. A. Cella disse…
Pode deixar que nos próximos posts vou entrar em detalhes a respeito!

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