Paris - Montmartre e Pigalle

Voltamos para o albergue no fim da tarde de domingo e, depois de umas duas horas, finalmente a chuva parou.

Mesmo assim, o pessoal já tinha se decidido a não sair à noite. Alguns já colecionavam bolhas nos pés e o cansaço daqueles três dias já era grande. Até tentei dar uma volta para ver se conseguia algo aberto ali por perto do albergue, para comer alguma coisa diferente, mas o máximo que consegui foi uma pizzaria que estava quase fechando.

Pelo menos, o passeiozinho à noite serviu para que eu e o Diego descobríssemos que a região ao redor da Bastilha seria uma boa opção para sair nos próximos dias, desde que fôssemos mais cedo. Vimos alguns pubs, restaurante e vários barzinhos por lá, que pareceram interessantes.

Voltamos e ficamos só no vinho no albergue mesmo, interagindo com o pessoal que também estava por lá.

Na manhã seguinte, amanheceu mais frio que nos dias anteriores. Havia uma densa neblina por cima da cidade, que às vezes se transformava numa fina garoa. Mesmo assim, mantivemos a idéia de ir conhecer a região de Montmartre, começando pela Sacre-Coeur - igreja das mais comentadas no livro do Código da Vinci.
A distância até lá é bem grande e por isso ficamos mais de meia hora no metrô. A cidade é bem diferente mais para o norte, parecendo um pouco mais empobrecida à medida que se vai mais para cima.

Chegamos em frente à Sacré-Coeur e demos logo de cara com um objeto que reconheci de longe: o carrossel do filme "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain". Ao lado, a escadaria para subir até a igreja. O Bagé e o Marcelo até tentaram pegar o funicular para subir até lá, mas descobriram que não estava funcionando. Pegaram um ônibus, então, que estava fazendo as vezes de funicular, e com isso conseguiram antecipar um pouco mais do que havia no bairro para ser visto.

O interior da Sacre-Coeur não tem nada demais. A igreja tem menos de 100 anos e talvez por isso mesmo seja mais simples. O Rafael e o Diego subiram na torres, enquanto eu e os demais demos umas voltas ao redor e atrás da igreja. Os que subiram falaram que não valeu muito a pena, tanto porque não dava para ver muita coisa com a neblina como porque tudo era muito sujo e até com fedor de urina nas escadas.

A região toda ao redor da igreja tem um ar de abandono - tanto que havia uns traficantes oferecendo drogas e uns camelôs com cintos de couro e bugigangas para vender na parte debaixo da escada.

Só revertemos a má impressão da região quando começamos a caminhar pelas ruazinhas de Montmartre. A região é quase um labirinto e é bastante grande, com muitos sobes e desces. Para não perder o que tem de melhor, seguimos o roteiro indicado no "Guia da Folha" de Paris.
Passamos por ruazinhas bem típicas e por alguns pontos famosos, como o cabaré "Lapin Agile", que tem um coelho com uma cartola pintado na frente, e pelo "Moulin de la Galette", onde ocorreu o baile do famoso quadro exposto no Museé d'Orsay.

Depois de várias voltas, nas quais percebemos se tratar do bairro mais agradável da cidade, chegamos à pracinha central onde se vendem quadrinhos e desenhos pintados por artistas locais, plantas, flores e muitos doces de confeitarias.
Reforçamos o café da manhã com as coisas boas que encontramos nas vitrines.

Nessa mesma pracinha, fica também o bistrô mais antigo do mundo, o "Maison Catherine". Tem até lendas a respeito de como foi fundado.

Os guris aproveitaram a região para comprar uns posters, para depois fazer quadrinhos de parede para casa. Há bastante lojas disso e de souvenirs por lá.

Depois de algum tempo por ali, começamos a descer, muitas vezes por escadarias entre as casas, até a região de Pigalle.
Pigalle é o centro da vida noturna de Paris, em tudo o que envolve cabarés, cinemas pornôs e outras atrações ligadas ao sexo. Não imaginava que a região ainda fosse assim, mesmo sabendo que ali ficava o famoso Moulin Rouge.

Existem opções de shows do estilo can-can para turistas, mas são bem caros e, felizmente, nenhum do grupo sequer sugeriu que fôssemos em algum numa das noite na cidade.

Comentários

Ricardo Pacheco disse…
Uma dica quanto a "Sacre-cour": acabamos não chegando a tempo de subir até a igreja, mas bem em frente ao carrossel, enquanto tirávamos umas fotos, apareceram uns caras que arranhavam um inglês mais ou menos e nos "forçaram" a comprar umas pulseirinhas de linha que eles fazem na hora... Eles agarraram nosso braço e enquanto não pagamos alguma coisa pelas malditas pulserinhas não foram embora... Eu só tinha uma nota de 100 euros no dia e eles acabaram achando troco e me deram 90 euros de troco... paguei 10 euros por uma bostinha daquelas... então se forem pra lá: MUITA ATENÇÃO!
Ah! O albergue que fiquei é bem perto daí (chama-se Perfect Hostel) e é muito bom!! Recomendo! Também tem uns barzinhos legais na avenida do Moulin Rouge.

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