AMSTERDAM - Reconhecimento

Já eram mais de 2 horas da tarde quando deixamos o albergue, depois de arrumar nossas coisas nos quartos. Com a fome pegando, a primeira coisa que fizemos foi encontrar um restaurante para almoçar.

Não tivemos dúvida de onde procurar: Leidseplein. Como já falei no post sobre a localização do albergue, esse cantinho da cidade tem de tudo em matéria de restaurantes, bares e boates. Por algum motivo que até hoje não compreendo, há vários restaurantes "argentinos" na cidade, servindo basicamente parrilla. Acabamos escolhendo um italiano, no entanto, e ali mesmo já empinamos uma cervejinha para começar bem nosso passeio pela cidade.

De Leidseplein, seguimos em direção ao centro, mais ou menos pela mesma linha pela qual viemos de bonde, só que agora caminhando. O mapa do centro da cidade, para quem olha, parece como um leque. O centro seria a estação central de trem e depois a cidade vai "se abrindo". Só que a cada tanto, um canal corta o "leque" longitudinalmente. Por isso, a cada quadra, tem-se que passar por uma ponte.

Uma das primeiras coisas interessantes que vimos foi o mercado de flores que existe no Prinzengracht, entre as ruas Leidsestraat e a Nieuwe Spiegelstraat. Embora modesto em quantidade de bancas, o lugar é muito bonito, especialmente para quem nunca viu tantas tulipas coloridas juntas.
Alguns passos mais adiante, agora saindo da Leidsestraat, encontramos a tal casa das mil janelas - um prédio construído com influências asiáticas que, até onde sei, só dá para admirar por fora.
À medida que fomos andando, fomos encontrando aqui e ali as excentricidades que fazem parte da fama "alternativa" de Amsterdam. Uma das mais curiosas são os mictórios públicos, colocados em praças e esquinas movimentadas (geralmente só nos finais de semana), onde a gurizada mija sem constrangimento algum. Até quatro pessoas podem fazer xixi ao mesmo tempo, sem olhar uma para a outra, bastando ficar de pé e mirar no buraquinho no centro.
A outra coisa interessante que demos de cara foi um chocolate com sementes de maconha torradas. O gosto, na verdade, é de chocolate com café e as sementinhas só dão um toque crocante à barra. Baratinho, não tem contra-indicações (talvez só morais!).
No barzinho onde entramos e descobrimos o chocolate, compramos umas latinhas de cerveja para ir bebendo no caminho. Para nosso espanto, porém, fomos informados de que não é permitido andar com bebidas alcoólicas na rua. Por isso, bem como naqueles filmes americanos, o vendedor aconselha a beber disfarçando a lata com um saquinho de papelão, que ele mesmo fornece com a bebida. Oh, coisa ridícula!!! Dá para fumar maconha nos cafés, as putas se oferecem nas vitrines, mas cerveja não!

Andando em direção ao Red Light District, descobrimos que passaria o amistoso do Brasil contra a Inglaterra em alguns pubs. Nesse da foto, além de anunciar o jogo, os caras ofertavam um licorzinho de folha de coca (que tal!?). Olhamos bem, pensamos, discutimos, e chegamos à conclusão de que o melhor mesmo era seguir caminho. Cinco brasileiros enfiados num reduto típico de ingleses, para ver um jogo contra eles, fora de casa, não seria uma boa idéia. Melhor não arriscar!

Comentários

Tanque Silva disse…
Fantástica cidade , para mim pessoalmente das mais intressantes da Europa.
www.cocotaxi.blogspot.com
A. A. Cella disse…
Legal! Adorei as tuas fotos!
Gabriela da Luz disse…
Oi!
Acho o teu blog muito bom!
Parabéns!

Não pude deixar de sanar a tua dúvida sobre o número de restaurantes argentinos em Amsterdam...Qdo estive lá no ano passado, o comentário era que alguém da família real holandesa casou com uma argentina e era daí que vinha toda essa propaganda da carne argentina...
Enfim, parece que uma princesa ou rainha é argentina (pobre dos holandeses,eheheeh)

Se isso é fato ou não eu naõ sei. ehheehe

falow

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