Flashtour em Sultanahmet - Parte I

Como perdemos o fim de tarde de sábado no aeroporto e como ficamos a noite de sábado no albergue, só tínhamos algumas horas da manhã de domingo para aproveitar alguma coisa de Istambul antes de voltar ao aeroporto para seguir viagem a Sarajevo.

Com a claridade da manhã entrando cedinho no quarto, acordei sem despertador e fui tomar um banho. Uma meia hora depois, estávamos saindo para dar umas voltas nas atrações mais próximas, sendo que combinamos de encontrar o Diego e o Rafael mais tarde, em algum lugar do bairro.
A cidade ainda estava quase vazia naquela hora. Fomos caminhando em direção à praça que separa a Santa Sofia da Mesquita Azul e de lá seguimos para o pátio da Mesquita Azul. Foi a primeira vez que vi de perto uma mesquita com minaretes. O troço é impressionante, muito gigantesco, muito bonito. Essa mesquita foi construída por volta do ano 1600, para rivalizar e superar em beleza a Santa Sofia, que tem quase 2000 anos.

Fomos até a porta e descobrimos que só abriria às 8h30, o que ainda nos dava uns 40 minutos para dar mais uns passeios ao redor. A Santa Sofia já sabíamos que só abriria às 9h00.

Ao lado da Mesquita Azul (ou Sultanahmet, o mesmo nome do bairro), fica o Hipódromo. O lugar era o centro de Constantinopla no tempo do Império Romano e do Império Bizantino e hoje é uma praça. Os obeliscos que estão ali foram colocados ainda no ano 400 DC: uma coluna espiral quebrada ao meio; um muito bem conservado, com inscrições egípcias, e outro mais em ruínas. Na praça também há uma fonte de água típica da cidade, doada pelo Império Alemão, com ornamentos árabes, no tempo do Império Otomano. O acúmulo de história num lugar só é impressionante!

Do outro lado da rua, avistamos um café e decidimos parar ali para comer alguma coisa e esperar a mesquita abrir. Nisso, já enxergamos os guris vindo na esquina, e comemos os quatro juntos. Pedimos um omeletão com tomate e cebola, mas o tempero era tão forte que a gosto ficou indo e vindo o dia inteiro.

Já na hora de entrar na mesquita, tivemos de tirar os sapatos, como de praxe nesses lugares e acabamos abordados por um senhor todo solícito entregando folhetos explicativos que, é claro, era um guia querendo alguns trocados. Ele pediu 40 liras, mas fechamos em 20 liras para o grupo inteiro, pela explicação.

Já tinham me falado, e é verdade: ao entrar numa mesquita, você sente o cheiro de chulé. Sim, chulé. Imagine centenas e centenas de pessoas de pés descalços ou de meias entrando e saindo todos os dias de um lugar todo encarpetado (o chão deve ser fofo para facilitar para os joelhos).

Na tradição islâmica, são proibidas reproduções de quaisquer seres vivos, para que elas não se tornem objeto de adoração e com isso se desvie da fidelidade a Alá. Por essa razão, o interior de todos os prédios muçulmanos, especialmente mesquitas, é decorado com motivos abstratos ou geométricos. Assim, não há tantos detalhes para serem observados numa mesquita, o que faz com que qualquer visitação se torne rápida, a não ser que se queira ficar buscando ângulos diferentes para as fotos.

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