Do aeroporto ao albergue


Do aeroporto ao centro de Istambul, a distância é de mais ou menos 23km. Existem ônibus urbanos bem baratos que fazem o trajeto, mas são demorados e são necessárias algumas baldeações.

Um dos jeitos mais recomendados em guias de turismo é pegar o metrô do aeroporto até Zeytinburnu (a passagem custa uns R$ 2,00) e, nessa estação, descer e pegar um bonde até Sultanahmet (há três paradas no bairro, que é o mais turístico da cidade: Sultanahmet, Gülhane e Eminönü). A passagem do bonde, que é elétrico e bem moderno, custa mais uns R$ 2,00.
O problema das opções de transporte público é que são bem demoradas e não há muito conforto, especialmente se a pessoa está com malas ou mochilas grandes (não era nosso caso, hehehe).

Como já estávamos cansados pelo tempo perdido no aeroporto e tínhamos pouco tempo para aproveitar a cidade, pegamos um táxi. A corrida é medida no taxímetro, mas não costuma ficar muito fora de 30 a 35 liras turcas.

Só para registrar: R$1,15 = 1 lira turca. Por isso, a corrida não sai por mais do que 40 reais – mais barato que no Brasil, relativamente, pela distância percorrida. Se você está em 4 pessoas, são só 10 reais para cada um e em meia hora está no centrão.

O taxista só esquece de informar que no preço da corrida também está incluída a emoção da viagem. Por mais velhinho que seja o taxista (pegamos uns 5 ao longo dos dias em Istambul, na ida e na vinda), eles correm como loucos pelas avenidas. Fiquei cuidando: nas avenidas eles andam a 120km/h, e freiam em cima dos semáforos fechados. Se tem alguém andando devagar, freiam em cima, buzinam e ainda xingam, fazendo uns gestos engraçados.

A chegada em Istambul, mesmo a 120km/h, é bem agradável. Um avenidão sem fim, com parques do lado sul, e a visão do mar de Mármara, cheio de navios mercantes e de cruzeiro. Há pessoas em grupos fazendo piqueniques a qualquer hora do dia e da noite, passando uma sensação boa de segurança pública e de simplicidade. Em tudo quando é lugar, tem alguém com uma vara de pescar concentrado e na expectativa de pegar alguma coisa.
A cidade foi eleita como uma das capitais europeias da cultura nesse ano de 2010 e, certamente por isso, passou por uma faxina geral. As flores dos canteiros estão bem cuidadas, a grama aparada, as muralhas de Teodósio, que cercam a parte antiga da cidade, restauradas e bem iluminadas. Em Sultanahmet, a primeira impressão é a melhor possível: limpeza, segurança, organização, monumentos bem iluminados, sinalização, o bonde moderno passando.

Descemos do táxi ao lado da mesquita azul, porque eu sabia que o albergue ficava num beco em que não entravam carros. Sofremos um pouco para encontrar o lugar, porque a entrada do tal beco, chamado Zeynepsultan Sokak, era quase invisível para quem passa na avenida ao lado da Santa Sofia. Além disso, ninguém sabia dizer onde ficava o lugar, por mais que estivéssemos o tempo todo ao lado dele. Depois de uns 15 minutos subindo e descendo, encontramos o albergue pelo caminho mais improvável: um outro beco, que dava numas ruelas suspeitas e nos fundos de uma casa, acabou levando a uma ruazinha calçada bem simpática, onde finalmente apareceu a placa do albergue – Cheers Hostel.

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