Santorini: Praias

Depois do pôr do sol, que no início de outubro acontece uns minutinhos antes das 19h, encontramos um lugarzinho ali por perto de Akrotiri mesmo para fazer um lanche, antes de voltar para o hotel. À noite, nossos planos para o jantar envolviam a primeira ida a Fira, a capital da ilha.

Seguimos as indicações do Lonely Planet a respeito de restaurantes e passamos de carro na frente de alguns. Ali, já tive as primeiras experiências mais arriscadas dirigindo numa ilha com estradas minúsculas, cheias de becos sem saída e com carros estacionando nos lugares mais improváveis.

Acabamos escolhendo o Pelican, um restaurante com massas, pizzas e comidas gregas que pertence a um hotel do mesmo nome e que tinha mesinhas bem aconchegantes, com sofazinhos para sentar. Depois que conseguimos um lugar para estacionar, na quadra de baixo (não há parquímetros nem estacionamentos pagos, é só encontrar uma vaga na rua), percebemos que não íamos aguentar jantar do lado de fora sem colocar um casaco.
À noite, por mais quente que esteja o dia, sempre tem um vento fresco nas ilhas gregas, fazendo a temperatura cair a uns 17°C, geralmente. Por isso, não dá para se fiar na experiência de praia que se tem por aqui, por mais que seja comum ver no jornal florestas gregas pegando fogo de tanto calor no verão.

Depois de uma noite bem dormida e de um café da manhã também muito bom, começamos o dia ao redor da piscina, para tomar um sol e ler um pouco. Arrisquei umas nadadas, mas confesso que a temperatura da água não agradaria a maioria – o que acontece é que, como na Croácia, não aguento ver uma água bonita como aquela sem me atirar.
No nosso segundo dia em Santorini, decidimos que passaríamos o dia em alguma praia e que, à tardinha, iríamos para Oía, a parte mais famosa da ilha e que aparece em qualquer cartão postal da Grécia.

Arrumamos as nossas coisas, pegamos o carro e descemos até a praia de Perissa, uma das maiores.

Perissa fica ao sul do morro da Antiga Fira e tem um mar relativamente tranquilo, com uma areia preta, que justamente pela sua cor fica muito, muito quente. Só de chinelo para aguentar. Embora haja estacionamentos pagos em alguns terrenos, fora do pico da temporada não é difícil encontrar lugar para estacionar na rua mesmo, gratuitamente.

Ao longo da praia, os vários bares e restaurantes, que ficam do outro lado da rua, mantêm cadeiras de praia e guarda-sóis de palha. Não é preciso pagar nada para usar, mas pressupõe-se que a pessoa esteja disposta a consumir algo do bar que é dono do lugar.

“Montamos acampamento” em um desses lugares e ficamos por ali, alternando umas Mythos e umas águas. Aproveitamos o mar, que estava bem mais agradável que a piscina do hotel e só pensamos em sair quando a fome bateu, já passando das duas da tarde. Dentre as opções do bar em que estávamos, preferimos não arriscar e ficamos na pizza mesmo.

Depois que pegamos o carro, fomos para outra das praias do sul da ilha, Vlychada. O acesso é um pouco difícil; as estradas são estritinhas, mas tudo é asfaltado.

Chegando lá, vimos claramente uma divisão: a leste, a marina, cheia de iates e barcos de passeio; a oeste, uma praia quase deserta, bem ampla, com um paredão de uma rocha que se desmancha ao simples toque de uma mão.
Caminhamos bastante, mas não paramos em nenhum lugar. Num dos cantos mais distantes, vimos algo que só foi se confirmando à medida que nos aproximamos um pouco: gente fazendo não só o topless, comum no país, mas também sem a parte debaixo. Oficialmente, Vlychada não é praia nudista, mas pelo visto a condição de lugar quase vazio estimula a fazer isso sem problemas (aliás, polícia foi algo que não vimos em nenhuma ilha grega fora dos aeroportos).

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