Grand Bazar e Torre Galata

Depois de passar umas boas quatro horas envolvidos na visita ao Palácio de Topkapi, onde também almoçamos, saímos caminhando pela parte que passa em frente à Aya Sofia, bastante movimentada naquele início de tarde.

A praça em frente à antiga catedral, que a separa da Mesquita Azul, estava toda em reformas, por isso não havia muito o que fazer por ali. Fomos em direção à avenida na qual passa a única linha de bonde daquele bairro e pegamos um deles até duas estações acima, para sair bem na frente do Grand Bazar.

Em turco, esse grande mercado público coberto é chamado de Kapalıçarşı. Ele é o maior e mais antigo (começou logo depois da queda do Império Romano) mercado coberto do mundo, ocupando cerca de 59 ruas cobertas, com mais de 4000 lojas e com uma visitação diária de mais de 250 mil pessoas (sim, Istambul tem uns 8 milhões de habitantes e parte deles passa por ali todo dia).

Acabamos só fazendo passeios por ali e comprando uma caixinha de turkish delight para ir comendo, mas compras que é bom, nada. O lugar tem partes que parecem um camelódromo, com vendedores de camisetas baratas ou falsificadas, e outras que parecem uma galeria de Milão, cheio de joalherias e relojoarias de luxo uma ao lado da outra.

Algumas ruas são bastante estreitas, outras bastante muvucadas, mas em geral a experiência é bastante tranquila. Percebemos que, se você olhar para uma mercadoria em especial ou prestar a atenção demais numa vitrine, um vendedor virá abordá-lo com alguma oferta ou encher o seu saco para olhar lá dentro, mas se só mostrar que está passeando e não demonstrar interesse por nada, ninguém fala com você.

Se for comprar alguma coisa, ali dentro vale a regra básica da pechincha: ofereça com respeito um preço 50% ou 40% menor pela coisa e chegue a um acordo. Geralmente sairá pelo valor de 75% a 80% do valor inicialmente oferecido.

Se precisar de banheiro, siga as setas e chegará a lugares onde se pode usar o WC por uns trocados.

Depois de cerca de uma hora no bazar, saímos para uma rua mais movimentada e paramos um táxi, para que nos levasse até a Torre Gálata.

A torre Gálata (em turco Galata Kulesi) é um prédio de mais de 650 anos, inicialmente construído por genoveses na época do comércio com o Império Bizantino em substituição a outra destruída na 4ª Cruzada, que foi sucessivamente utilizada para propósitos de depósito, defesa, mas que hoje se rendeu ao capitalismo e abriga apenas um restaurante e cafeteria, no qual se fazem jantares com apresentações folclóricas locais, com danças do ventre e danças sufi (quase um “show de mulatas” turco para gringo ver, hehehe).
 
 
O interesse principal pelo lugar é o fato de se ter uma vista de 360° da cidade lá de cima, facilitada por a torre ser o prédio mais alto no raio de uns 3km e por estar logo depois do Chifre de Ouro, tendo-se uma vista do Sultanhamet à distância. É de lá de cima que são tiradas as fotos com as quais se fazem a maioria dos cartões postais do skyline da cidade, principalmente ao pôr- do-sol.

A subida até que é tranquila, pois se vai de elevador até o átrio do restaurante, apenas um lance de escada acima. O problema é o aperto da parte externa, que é bastante estreita e está quase sempre cheia de gente querendo tirar fotos de todos os ângulos possíveis e, é claro, aproveitando para fumar já que isso é permitido ao ar livre. Se tiver medo de altura, melhor não ir, porque a sensação não é muito boa mesmo para quem não sofre com isso. 
 
Depois de um tempo do lado de fora, entramos na cafeteria e fizemos um lanche-quase-janta, para aproveitar a vista do sol se pondo na tranquilidade de uma mesa e repor as energias. Dali, tomamos outro táxi até o hotel, onde só nos restava arrumar as malas e descansar um pouco para seguir para o aeroporto, de onde partiríamos para Bangkok às 23h40.

REFERÊNCIA DE GASTOS

- corrida de táxi entre o Bazar e a Torre: TL 12,00

- entrada na Torre: TL 11,00 por pessoa

- corrida de táxi entre a torre e o hotel, em Sultanahmet: TL 23,00

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