O Jet lag


Já tinha ouvido falar sobre Jet lag desde que era criança, mas nunca tinha sofrido tanto com isso porque jamais havia viajado para um lugar com um fuso horário tão diferente. Para quem não sabe, Jet lag é a “descompensação horária” somada com a “fadiga de viagem” que uma pessoa sente depois de muitas horas de viagem num avião, especialmente quando se desloca de leste para oeste ou vice-versa, passando por vários fusos horários diferentes.

Se você sofre nos primeiros dias de horário de verão, quando o relógio é antecipado em apenas 1 hora, mas mesmo assim fica difícil acordar de manhã cedo, basta imaginar o que acontece com o relógio biológico de uma pessoa que vai para um lugar em que se adiantam 9 horas no relógio em relação ao Brasil. Sim, isso mesmo. Quando aqui são 23hs, em Bangkok são 8h da manhã do dia seguinte.

É essa sensação que dá as boas-vindas a um visitante brasileiro nas primeiras noites na Tailândia. O resultado sentimos logo no primeiro dia e só depois de uns 5 dias estávamos conseguindo ter um sono recompensador. No nosso caso, tanto eu como minha mulher normalmente acordávamos no meio da noite, por volta das 4h da manhã, com dificuldade para pegar no sono de novo. Houve dias em que ficamos nos enrolando até as 6h, hora em que o café da manhã começava a ser servido, porque não conseguimos mais dormir. Em compensação, às 22h o sono era insuportável e tínhamos que ir para a cama.

Em revistas de viagem e naquelas que se disponibilizam nos bolsões das poltronas de avião, as dicas mais comuns para minimizar os efeitos desse desconforto todo são as seguintes:

- se estiver viajando do oeste para o leste (como na ida para a Tailândia), a dica é dormir o máximo possível na viagem; se estiver viajando de leste para oeste (como na volta ao Brasil), a dica é ficar acordado o máximo possível na viagem e só dormir quando chegar no destino;

- faça refeições leves e tome bastante líquidos;

- tente respeitar o máximo possível o horário local já no primeiro dia, porque o corpo sente que precisa dormir algumas horas depois de escurecer e se adapta mais rápido se for forçado a se guiar pela natureza.

Eu, para falar a verdade, lancei mão de um Dramin de 100mg na segunda e na terceira noite, para garantir pelo menos umas seis horas de sono sem acordar no meio da noite – com sucesso!

Em Bangkok, capital relativamente próxima à linha do Equador, as horas de escuridão praticamente se equivalem às horas de claridade. O sol nasce por volta das 6h15 e se põe mais ou menos às 18h15 – mas os neons e as luzes do comércio da cidade fazem com que a noite seja um dos melhores períodos para aproveitar as lojas e os restaurantes, até porque a temperatura fica mais agradável, em torno de 25°C (de dia ela facilmente passa dos 35°C).

A janela de onde, meio insone, vi o sol nascer algumas madrugadas era essa aí da foto, do 29º andar do Grand Centre Pointe Ratchadamri, um hotel muito bem localizado, com mais de 50 andares, com um hall de entrada impressionante e quartos bem amplos, que é voltado para pessoas que estão na cidade a trabalho (por isso oferece até máquina de lavar roupas e louça com talheres nos quartos). Valeu muito a pena pegar um hotel assim, porque o valor da diária, quase o mesmo que se paga para ficar num hotel mediano numa capital brasileira, lá garante um nível entre as 4 e as 5 estrelas. (Apesar de fugir dos albergues, para não renegar minhas raízes, estava de mochilão!)

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