Dinheiro na Tailândia


Além das razões óbvias de ser um lugar exótico e cheio de maravilhas tropicais, a Tailândia continua sempre sendo um dos principais destinos de verão dos turistas europeus e australianos (são mais de 5 milhões por ano só em Phuket) por uma questão bastante simples: o país oferece uma das melhores relações custo-benefício em termos de turismo no mundo.

Existem lugares mais baratos, como, por exemplo, o Vietnã, as Filipinas, ou os vizinhos Laos, Myanmar e o Camboja, até com algumas atrações semelhantes. Mas em nenhum desses países a indústria voltada ao lazer se desenvolveu tão bem, num ambiente tão propicio, sem perder a vantagem econômica para um turista que vem de longe só para aproveitar esse lugar. Apesar de a imagem da Tailândia estar muitas vezes vinculada, no Brasil, a turismo sexual e a mochileiros hospedados em espeluncas andando de tuk tuk em ruas caóticas, fato é que existem opções que se adequam a todos os perfis e a todos os gostos, pela metade do preço que se pagaria em outros lugares.

Para que se tenha uma ideia do que estou tentando falar aqui, é possível encontrar hotéis 5 estrelas em Bangkok, a capital, com diárias por cerca de 250 reais, com impostos já incluídos. Os hotéis de que estou falando são arranha céus com menos de 5 anos de construção, com design moderno, piscinas, academias, quartos equipados com comodidades que vão desde banheira até máquina de lavar roupa.

Alguns outros preços que me surpreenderam na viagem ou que demonstram os custos na Tailândia:
- massagem tailandesa com duração de uma hora, em clínicas especializadas ou na beira da praia (fora de hotéis): de 200 a 300 bahts (ou seja, de 12 a 18 reais);
- pacotes de tratamentos em spas de hotéis chiques: de 1000 a 3000 bahts por uma hora
- táxi do aeroporto de Suvarnabhumi ao centro de Bangkok (são 35 km): 450 bahts (cerca de 25 reais)
- táxi à nossa disposição das 8h30 às 17h30 em Chiang Mai, para levar a atrações fora da cidade localizadas a até 60km do centro: 800 bahts (cerca de 48 reais)
- lata de refrigerante no supermercado: 10 baht (cerca de R$ 0,55)
- refeições completas em restaurantes moderninhos, na beira da praia, com direito a duas taças de vinho: média de 1000 e poucos baht, ou 60 reais por casal
- camisetas de algodão, para usar por lá mesmo ou trazer de souvenir: 180 baht (11 reais)

Não vi ninguém aceitando ou pagando despesas no país com moeda estrangeiras, sempre em bahts.

A moeda local atualmente tem uma relação que varia entre 16,50 bahts a 17,50 bahts por Real. As maiores cédulas são as de 1000 bahts (cerca de 57 reais) e as demais são de 500, 100, 50 e 20. As moedas são de 10, 5 e 1 baht. As de setang (centavos) praticamente não circulam mais, porque tudo é arredondado.

Uma dica muito importante é procurar sempre ter notas menores na carteira, porque em uns 10 dias no país não encontrei um taxista ou motorista de tuk tuk que tivesse troco. Se não andar com uma boa quantidade de moedas de 10, notas de 20 e de 100, vai acabar passando trabalho ou tendo que deixar o troco para o prestador de serviço. Um bom lugar para conseguir trocados é nos mercados de rua e nas lojas de conveniência, quando for comprar alguma coisa baratinha e pagar com notas de 500 ou de 1000.

A maioria das pessoas hoje em dia usa cartões de crédito, débito ou pré-pagos (Visa Travel Money e concorrentes) para sacar dinheiro nos caixas automáticos à medida que vai precisando de mais grana. Existe um caixa automático em cada esquina (ou mais, em alguns lugares como as praias de Phuket), identificados simplesmente por sinais indicando “ATM”, em qualquer mercadinho, posto de gasolina, shopping, entrada de banco, farmácia e ao lado de casas de câmbio. Cada saque exige o pagamento de uma taxa de 150 baht (8,50 reais), por isso o ideal é tentar sacar o maior volume possível de dinheiro no menor número de vezes (muitas máquinas permitem saques de 5000 bahts (305 reais), outras de 10000 bahts (610 reais) e algumas até de 20000 bahts (1220 reais) por transação.

A ideia de trazer dólares ou euros para trocar em casas de câmbio ainda está em prática, mas é algo quase em extinção. Cheques de viagem são ainda mais difíceis de se ver. Nem tente conseguir bahts fora da Tailândia, porque além de ser difícil, vão te fazer taxas de câmbios ridículas.

Sempre que possível, em restaurantes, lojas em shoppings ou grandes centros urbanos e hotéis, o ideal é pagar com cartão de crédito, que sai faturado em bahts, com a conversão em dólar no dia da compra. No vencimento do cartão, o valor em dólar é convertido para real (se tiver um serviço de mensagem SMS avisando cada compra no cartão, já fica sabendo na hora, em reais, quanto pagou). Nas atrações turísticas, banquinhas de mercados públicos e nas agências de turismo, até se aceita pagamento com cartão, mas geralmente será cobrado um adicional de 3 a 5%. Nos hotéis, serviços como massagens, táxi, refeições em restaurantes dentro do estabelecimento e até gorjetas podem ser lançados na conta para serem pagos ao final, com as diárias, no cartão.

Comentários

Renilza disse…
Oi André! Muito boas as suas dicas. Estou em Bali indo para Bangkok amanhã e precisando desesperadamente de dicas porque não planejei absolutamente nada. Vamos ficar 4 dias em Bangkok e depois provavelmente descer para alguma praia do sul. abraço,
Renilza
rrmundoadentro.blogspot.com
Anônimo disse…
Olá!! Adorei o post! Quantos reais você mais ou menos considera necessário pra passar 15 dias conhecendo o país? Sem grandes luxos!
Obrigada! :)
babivanzella@gmail.com
Priscila disse…
Olá André, também adorei seu post! Quanto você acha razoável levar para gastar por dia em média?
pribessa@hotmail.com

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