Definições de roteiro - Tailândia

Planejar uma viagem à Tailândia é algo que, eu confesso, me assustava um pouco no início. Um lugar tão diferente, tão distante, com um idioma e um alfabeto que não fazem nenhum sentido para um ocidental comum parecia algo muito complicado para ser comparado com os outros lugares em relação aos quais eu já tinha preparado roteiros. Só entender os nomes das ilhas e das cidades menores já me assustava e foi só depois de dar uma lida em blogs de brasileiros que andaram por lá e de fazer algumas pesquisas extras na internet, em coisas simples como as páginas da Wikitravel, que tomei coragem para começar a ler aquele guia da Lonely Planet que já tinha comprado.
Centro de Bangkok
Desde o início, sabia que Phuket seria uma parada obrigatória na minha viagem, mas tudo mais ainda dependeria de alguma indicação, alguma leitura interessante ou da derrubada de algum preconceito. Em função da má fama de cidade caótica, grande e poluída, até mesmo a capital Bangkok não tinha lugar assegurado no meu roteiro, especialmente depois que descobri que existem voos diretos da Europa a Phuket e da opção de ir em voo direto de São Paulo a Cingapura, com uma pequena escala em Barcelona, com a Singapore Airlines (melhor companhia do mundo), que iniciou suas atividades no Brasil em março de 2011.

Depois de muita leitura e pesquisa, acabei rascunhando um roteiro inicial que incluía apenas Phuket (com praias no Índico), Ko Samui (no Pacífico) e Bangkok (apesar dos pesares). No mais, visitaria algum lugar na conexão que a companhia aérea escolhida exigisse, já que não existem voos diretos entre Brasil e Tailândia na atualidade. Isso implicava num grande leque de opções pois são várias as companhias que podem ser usadas para chegar até lá. Só para ficar nos exemplos mais óbvios para um brasileiro, cito as seguintes:

TAM – saindo de SP ou do Rio, conecta com a Thai em várias cidades, como Madrid, Milão, Frankfurt, Londres e Paris, para seguir a Bangkok quase todo dia

KLM – saindo de São Paulo, conexão em Amsterdam e chegada em Bangkok (diário)

Air France – saindo de Rio ou SP, conecta em Paris e chega em Bangkok diariamente

British – saindo de Rio ou SP, conecta em Londres, com a segunda parte podendo ser feita de Qantas ou com a própria British até Bangkok (BKK), diariamente

Lufthansa – saindo do Rio ou de SP, conexão em Frankfurt e chegadas em BKK diariamente

Swiss – saindo de São Paulo, conecta em Zurique para Bangkok com a Thai Airways ou para Phuket com a Edelweiss

Iberia – saindo de várias capitais no Brasil, chega em Madrid e de lá segue a Bangkok com a Thai Airways ou salta a Londres e segue as opções da British, diariamente

Emirates – sai de Rio e SP, conecta em Dubai e chega em BKK, três a quatro vezes por semana

Qatar – sai de SP diariamente e com rápidas conexões em Doha, chega a Bangkok ou Phuket (nesse caso com escala em Kuala Lumpur)

Singapore – sai de SP três vezes por semana, faz escala em Barcelona e chega em Cingapura, que fica a uma hora e pouco de Phuket ou Ko Samui

Turkish – sai de SP três a quatro vezes por semana, e de Istambul segue a Bangkok com dois voos diários

South African – sai de SP três a quatro vezes por semana, conecta em Joahnesburgo e de lá segue com a Thai a Bangkok

Além de todas essas opções, que como eu disse, são apenas as mais óbvias, existem dezenas de outras combinações, inclusive algumas fazendo a conexão nos EUA e no Japão, em Hong Kong ou mesmo por meio da Oceania. Há jeitos de chegar lá para todos os gostos e bolsos.

Levei uns bons meses fazendo a definição dessa parte da viagem – com quem voaria e onde faria o stop over para “quebrar” a viagem de mais de 20 horas entre nosso país e o sudeste da Ásia. Levei em consideração as possibilidades de cômputo de milhagens mais convenientes, a disponibilidade de voos nos dias que eu precisava (época de virada de ano é sempre concorrida), a duração dos voos, preços, conforto e a cidade em que eu gostaria de fazer a conexão – de preferência algum lugar que eu não conhecesse ou que tivesse vontade de mostrar à Gisele.

Com esses critérios, acabei concentrando minhas atenções na South African, na Turkish, na Emirates, na Qatar, na Singapore, na Swiss e na British. Com o passar do tempo, os preços da Emirates e da Singapore as tornaram insustentáveis e as deixei de lado. A British também deixou de ser uma boa porque os preços bons exigiam mais uma escala em Madrid, com a Iberia, o que eu me recusava a fazer. A Qatar teve uma megapromoção em setembro de 2011, mas os horários das conexões eram péssimos (seria ainda necessário tirar visto para dormir no país) e logo depois os preços foram às alturas. Por fim, a South African acabou ficando muito cara (e eu torcia o nariz para essa mistura África-Ásia numa viagem só), o mesmo ocorreu com a Swiss (que também tinha o porém de uma conexão num lugar muito frio) e a Turkish acabou sendo a grande eleita, com o argumento insuperável de uma classe econômica “premium” novinha em folha por apenas uns 450 reais a mais.


Tendo Istambul como o stop over, cortei Cingapura de vez e fiz de Bangkok o meu centro de conexões. Depois de algumas leituras, incluí Chiang Mai no roteiro. Hesitei algumas vezes em relação a incluir Siam Reap, no Camboja, para conhecer os templos de Angkor, mas acabei deixando de fora mesmo.

No final, ficou assim: Porto Alegre – São Paulo – Istanbul 2d – Bangkok 3d – Chiang Mai 3d – Phuket 4d - Ko Samui 4d - Bangkok 2d – Istanbul 1d – São Paulo – Porto Alegre

Comentários

.Kel. disse…
Gostei do roteiro, é uma boa dica :)
bianca disse…
tô adorando as dicas e pretendo fazer um mochilão para a tailândia em janeiro 2013. continue postando que já virei fã assídua do seu blog! hehehehe beijos
Alexandre disse…
Dicas muito boas!! Embarco para Tailândia quarta-feira e aprendi muito aqui. Parabéns e obrigado!
Unknown disse…
Muito bom cara, vou me programar. Tenho muitos amigos tailandeses.

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