Passeio pelo Porto

Como a chuva parecia que não daria trégua, decidimos colocar uns casacos mais apropriados para o tempo feio e comprar guarda-chuvas de camelô para começar a conhecer a cidade, já que teríamos apenas um pouco mais de 24 horas por ali, até descer para Lisboa.

Seguindo o nosso guiazinho daquela viagem, um Lonely Planet Portugal que já estava na 6ª edição, escolhemos como nosso primeiro ponto de visita a atração mais próxima do albergue Oporto Poets: a Igreja e a Torre dos Clérigos. 

Não foram necessários mais do que 5 minutos para que chegássemos ao pé da torre, que foi construída na metade dos anos 1700 e que continua sendo o ponto mais alto da parte velha do Porto. Segundo as informações turísticas, além de ficar numa parte mais alta, ela tem 76m de altura e 225 degraus até o ponto mais alto acessível a uma pessoa. 



A entrada à torre é cobrada, mas na época isso não saía por mais de 1 euro. Com aquela chuva fina persistente, éramos os únicos visitando o local naquela hora. Não há elevador nem pontos de descanso na torre, por isso encaramos os degraus de uma só vez, até chegar pertinho dos sinos.

Lá de cima, as janelas do campanário permitem uma vista de 360° da cidade, principalmente da parte antiga. Os telhados vermelhos e as torres das outras igrejas são as características mais marcantes do lugar. 




O vento e a chuva fina tornavam os degraus meio resvaladiços e a nossa permanência lá em cima acabou não sendo tão grande pelas condições em que tudo estava. 

Depois de descer da torre, entramos na Igreja dos Clérigos, logo abaixo, por uma porta lateral. A igreja  também estava vazia, não fosse por um homem cuidando do altar. Não conheço as cidades históricas de Minas Gerais, mas imagino que sejam parecidas com esta...




Só quando saímos da igreja, agora pela porta da frente, é que vimos como era a sua fachada, realmente muito parecida com as que se vê nas parte mais antigas do Brasil. 

Da igreja dos Clérigos, seguimos caminhando para aquilo que seria o centro da parte histórica do Porto, a Avenida dos Aliados. 



A tal Avenida dos Aliados é rodeada por prédios num estilo que lembram um pouco Paris ou Buenos Aires. Não há muito a se fazer por ali, a não ser pegar um dos vários ônibus que têm parada nos seus arredores e conferir as estátuas colocadas no meio da praça que divide as vias de ida e vinda dessa avenida, que não tem mais do que umas três quadras. 

Uma das estátuas causa uma certa perplexidade a brasileiros sem conhecimento da história de Portugal: o nosso Dom Pedro I está lá, com sua barba e bigode característicos, em cima de um cavalo, mas nesse país é chamado de D Pedro IV. Foi esse o título que ele assumiu após abdicar do trono Imperial (deixando o filho menor de idade no lugar) para assumir o reino português, após a morte de D João VI. 


Enquanto estivemos por ali, aproveitamos para encontrar um lugar daqueles em que se paga pelos minutos falados e ligar para casa, avisando que tudo tinha corrido bem e que já tínhamos chegado no nosso destino. 

Como a chuva apertou mais um pouco, decidimos que era hora de pegar o metrô e tentar a sorte no outro lado do rio, perto das vinícolas de vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia. Para isso, descemos até a estação São Bento e esperamos o primeiro que estava passando em direção à estação Jardim do Morro. 


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