Berlin - Museumsinsel e parte histórica

Depois do lanchinho da manhã, seguimos nossa caminhada para a praça que fica logo ao lado da torre da TV. Ao redor dela estão a St Marienkirche, a Rotes Rathaus (Prefeitura Vermelha) e a fonte de Netuno.

O que mais gostei, no entanto, foi uma que eu havia esquecido que existia naquela parte da cidade: duas estátuas bem grandinhas de Marx e Engels. Pelo lustro do joelho de Marx, dá para ver que muita gente tira foto sentada no colinho do pai do comunismo...

Umas duas quadras mais pro lado, chega-se à igreja de Nikolaikirche. Ao redor dela, havia dezenas de bichinhos de pelúcia do símbolo da cidade: o urso.

Alguns passos para baixo e demos de cara com o rio que serpenteia a parte central de Berlin, o Spree. Seguindo por ele, em direção à ponte da Unter den Linden, passamos pelo Palast der Republik, antiga sede do governo da DDR (República Democrática Alemã, vulgo “Alemanha Oriental”). O prédio está sendo demolido, porque, logo depois da reunificação alemã, engenheiros e técnicos constataram que o asbesto que havia sido utilizado na construção era tóxico e poderia causar doenças nos pulmões de quem trabalhasse muito tempo lá dentro. Ademais, as normas européias atuais proíbem a utilização desse material na construção civil.

Avistamos a catedral de Berlin (Berliner Dom) pelo lado, e só à medida que fomos dando a volta até a parte da frente é que percebemos como o prédio é bonito e impressionante. As cúpulas esverdeadas, com detalhes em dourado, o tamanho das torres e – como não poderia deixar de ser – marcas de balas e explosões por todas as paredes exteriores.

Era meio-dia em ponto quando demos uma espiada para dentro, mas fomos desencorajados a entrar porque estava acontecendo uma missa lá dentro. Nessas horas, costuma-se pedir aos turistas que não perturbem os fiéis.

Um pouquinho para trás da catedral fica a Alte Galerie, um prédio ao final de uma colunata toda marcada pela guerra. Na frente, o Aegyptensmuseum, ou Museu Egípcio, que na época estava com uma grande amostra sobre a rainha Nefertite.

Descendo a Unter den Linden, demos ainda uma rápida passada pelo memorial das vítimas e dos órfãos da guerra – um local todo de mármore, aberto ao público, com apenas algumas inscrições e uma estátua demonstrando os sofrimentos dos conflitos.

Alguns passos adiante e já estávamos na Universidade de Humboldt, em frente à qual fica a Bebelplatz – a praça onde os nazistas promoveram a famosa queima de livros numa fogueira a céu aberto, no meio da noite. A biblioteca de onde a maioria deles foi tirada fica logo ao lado, em frente à faculdade de direito. Estudantes podem ser vistos entrando e saindo a toda hora, mostrando que o lugar funciona efetivamente.

Já tendo passado das 13h, a fome apertou e paramos num restaurante que oferecia um menu turístico a um preço bem convidativo. Paramos ali mesmo, em plena Unter den Linden, pedimos um chopp de litro para cada um e só então percebemos como era bom e barato estar em Berlin.

Comentários

Rodobens disse…
ola andre, muito legal seu blog, ainda nao tive tempo de ler muita coisa, mas acho mto legal essa iniciativa de postar experiencias de viagens.
um abraco
A. A. Cella disse…
Espero que continue lendo. Se ainda não viu muita coisa, sugiro que use os marcadores das Dicas Gerais e dos Preparativos para aspectos mais práticos sobre mochilões... Abc
gabbysanthos disse…
Olá, parabéns pelo blog. Estou em Portugal ilegal há 14 meses. Atualmente estou desempregada. Tenho amiga na Espanha e Alemanha pretendo ir para Espanha passar uns dias e seguir para viver na Alemanha. gostaria de saber que meio de transporte posso usar da Espanha para Alemanha sem que seja deportada.

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