Copenhague - Sereias e hippies

Na nossa última manhã em Copenhague, acordamos um pouco mais tarde do que o normal e saímos de casa com o objetivo de conhecer aquilo que ainda não tínhamos visto nos dias anteriores. Tínhamos até o final da tarde para fazer isso, pois, ao contrário dos outros trechos aéreos internos da nossa viagem, marcamos a saída para um horário ao redor das 19hs.

Começamos pela principal atração da cidade, que até então só tínhamos visto de longe num passeio de barco: a Pequena Sereia, de Hans Christian Andersen. Eu já tinha ouvido falar que ela ficava bem distante e comprovei. A caminhada começa perto do Kastellet, uma fortalezazinha próxima à água, e segue por um calçadão cheio de turistas indo e vindo até o ponto final, próximo da saída do porto, onde está a famosa estátua.
A brincadeira inevitável é dizer que a estátua é muito mais pequena do que sereia. Ela é realmente menor do que se imagina e de sereia tem muito pouco, já que suas pernas são humanas quase até o final.

Depois desse passeio, voltamos para o centro e subimos na Rundetaarn (torre redonda), que é o melhor ponto para ver a cidade de cima.
Ao contrário da maioria das torres antigas em que se sobe nas cidades européias, nessa não há escadas - só uma rampa bem larga e relativamente suave até o topo. A vista, confesso, não é das mais bonitas. A cidade é toda plana e os poucos prédios altos que se vê são algumas cúpulas de igrejas e castelos. Com o tempo nublado, ainda por cima, não foi nada muito espetacular.
Perto da torre, almoçamos em outro restaurante de buffet livre - só que esse era vegetariano, com apenas alguns frutos do mar. Mesmo assim, foi muito bom também. Tinha uns bolinhos de carne de soja que dava vontade de seguir comendo sem parar.

Para baixar a comida, fomos para uma parte da cidade quase saindo do centro, onde fica o Jardim Botânico. Um pouco antes de entrarmos, fomos até o portão de outro dos castelos reais - o Rosenborg - que só pudemos ver à distância.
O jardim botânico foi um passeiozinho despretensioso que, na minha opinião, valeu a pena. Os caras conseguiram reunir plantas de literalmente todas as partes do mundo. Há alguns morrinhos pelos quais passam umas trilhas e, à medida que se caminha, vai-se vendo as plaquinhas com o nome e a origem de cada planta. Existem também alguns lagos, com plantas aquáticas, inclusive vitórias-régias amazônicas.
No centro de tudo, uma grande estufa subdividida em micro-climas, para possibilitar a sobrevivência de plantas que não crescem ao ar livre no clima dinamarquês. A parte tropical devia estar, com certeza, com mais de 35°C!
No final, atendendo aos nossos pedidos, o Junior nos levou para conhecer Christiania, o "bairro" hippie invadido na década de 60, do qual falei no post sobre as coisas bizarras de Copenhague. Recomenda-se não tirar fotos no lugar, mas o Rafael tirou algumas escondido.

O clima, apesar da aparência do lugar, é bem amistoso e tranqüilo. Paramos num barzinho com bancos ao ar livre para tomar uma cerveja - sem reclamar da fumaceira ao redor, é claro.

Em alguns pontos, vêem-se coisas realmente chocantes, como viciados em estado deplorável ou gente vivendo no meio da sujeira, mas logo ao lado dá para ver que até uns playboyzinhos vão ali para fazer algo diferente ou só beber com os amigos. Não tem como não lembrar do Christiane F - até o nome é sugestivo.

Para saber um pouco mais sobre a "Cidade Livre de Christiania", recomendo a leitura do artigo da Wikipedia em inglês.

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