Berlin - primeiras andanças

Naquela primeira noite em que chegamos ao albergue, apenas tomamos um banho, arrumamos nossas coisas no armário e descemos para conhecer o barzinho do hotel. Era segunda-feira, final de feriadão, e dificilmente encontraríamos algo que valesse a pena na rua.

Aproveitamos a cerveja boa e barata (dias depois chegaríamos à conclusão de que, por ser mais barata que água, tomamos praticamente só cerveja enquanto estivemos na cidade) e dormimos.

Na manhã seguinte, depois do café, fomos de S-Bahn até a estação mais próxima ao Portão de Brandemburgo (Brandeburger Tor), que sai no meio do canteiro da avenida Unter den Linden (“sob as limeiras”), a mais famosa da antiga Berlin Oriental.

O dia estava impecável: quase nenhuma nuvem no céu, pouco vento, clima agradável em torno de uns 18°C. Bem diferente daqueles dois primeiros na Dinamarca...

Como ainda era cedo, havia poucos turistas no local, que é o mais famoso cartão-postal da cidade e símbolo da reunificação alemã. Além de conferir atentamente os detalhes dos seus adornos, o lugar só serve para tirar fotos mesmo, não havendo nenhuma atividade em especial – pelo menos quando estivemos lá.

A pouco mais de uma quadra dali, em direção ao norte, fica o prédio do Bundestag, o parlamento alemão, aquele famoso pelo incêndio provocado pelos nazistas e imputado aos comunistas, no processo que levou Hitler a assumir o poder total sobre o país. Naquela hora, ainda não havia visitação na parte interna, por isso deixamos para conhecer o interior do prédio outra hora, inclusive para bater fotos melhores, já que o sol da manhã estava bem atrás do prédio, fazendo uma sombra.

Empolgados com o fato de ainda haver pouco movimento nas ruas, decidimos ir até a torre de televisão (Fernsehturm) para pegar o elevador até a sua parte mais alta. Tomamos um metrô até a Alexsanderplatz (que por sinal estava toda em obras, por isso não tivemos muito o que ver por ali) e nos dirigimos até a torre.

O preço para subir até o topo estava em uns 8 euros. Não havia fila nenhuma e em dois minutos já estávamos dentro do elevador. O interessante é que, à medida que se sobe, vai sendo anunciada a velocidade e a altitude em que se está. O troço é muito rápido mesmo (e olhe que foi construído pelos comunistas ainda nos anos 70).

Lá em cima, há um restaurante e uma lancheria, além da área de observação. São janelas inclinadas que facilitam a visão para baixo, permitindo uma visão de quase toda a cidade. Os 360° da torre têm janelas, podendo-se dar a volta completa para ver tudo.


Quando descemos da torre, já passava um pouco das 10h da manhã e, por mais que a galera tivesse mandado ver no café da manhã, bateu a fome. Paramos numa barraquinha de cachorro-quente e nos atracamos naqueles bratwurst (salsichão vermelho) e weisswurst (salsichão branco) em que a salsicha é maior do que o pão e no qual quase não há molho – só o tempero da mostarda alemã ou de um catchup picante. Não parece, mas é muito bom – só quem já comeu é que sabe.

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