Sachsenhausen
Oranienburg fica longe mesmo. Com todas as paradas do S-Bahn, levamos quase uma hora para chegar até lá. Deu para ver bastante floresta no caminho – isso para os que não caíram no sono durante a viagem com o trem quase vazio.
Chegamos na estação de trem, ponto final do S-Bahn, e começamos a seguir as plaquinhas que indicavam a direção correta. A presença de outras pessoas, inclusive excursões de colégio, seguindo no mesmo caminho, deu-nos a garantia de que não estávamos indo para o lugar errado.
Oranienburg é uma cidade bem pequenina e até sonolenta. Não se vê movimento algum, a não ser o dos turistas indo até o campo, que fica bem longe da estação. Acredito que haja mais ou menos algo entre 1,5km e 2km de caminhada, passando por bairros residenciais.
O que existe em Sachsenhausen, na verdade, é um memorial, mais ou menos como o de Dachau, que eu conheci no ano anterior, na Baviera. Associações judaicas e o próprio governo restauraram partes que ainda existiam do campo de concentração e abriram ao público como forma de homenagem às vítimas que ali morreram.
As diferenças entre o que eu vi em Dachau e o que vi em Sachsenhausen, no entanto, foram grandes. O primeiro fica no estado mais rico da Alemanha (Baviera) e o segundo foi negligenciado por muito tempo pelo governo comunista da DDR. O local foi utilizado, inclusive, como prisão para dissidentes pelos soviéticos, logo depois da guerra. Tudo isso faz dele um lugar bem mais mal cuidado, sem tantos elementos originais.
Os fornos onde os corpos eram queimados, por exemplo, estão todos praticamente destruídos. Naquele campo, os prisioneiros eram mortos através de fuzilamento no paredão – talvez a parte mais bem conservada e emocionante do lugar.
Os alojamentos, em menor número do que Dachau, tinham interior semelhante. Há um prédio que mostra, também, como era o campo na época que funcionava como prisão soviética. Na entrada, há um centro de informações com recortes de jornal de época e objetos nazistas, que conta um pouco da história.
A parte mais inteira, no entanto, só vimos no final: as salas de necropsia, onde também se faziam experiências científicas com os presos.
O clima pesado que os campos de concentração sempre têm só ficou ainda mais típico naquele dia cinzento e frio que fazia.
Levamos algo entre 3 e 4 horas visitando Sachsenhausen. Como cada um tinha seu ritmo, marcamos de nos encontrar na saída. Voltamos a pé até a estação, não sem antes parar no caminho e entrar num supermercado para ver se havia algo pronto que valesse a pena comer. Compramos só uns chocolates e acabamos almoçando nas lancherias de fast food da estação (mesmo num lugar que aparentemente tem menos de 50 mil habitantes havia McDonald’s!).
Comentários
Estou indo a Alemanha nas próximas semanas e visitarei tanto Munique quanto Berlim, porém, gostaria de ir apenas a um campo de concentração. Assim, gostaria de saber a sua opinião, se vale mais a pena Dachau ou sachsenhausen.
Obrigada!!
Obrigada pelas suas considerações!!
Acabou que vou optar por Dachau mesmo porque estarei fazendo o mochilão sozinha, porém, em Munique uma amiga estará junto e aí ela topou ir comigo!! hehehe