Ideia fixa: Buenos Aires

Logo que voltei do primeiro mochilão, todo empolgado pela experiência de primeira que tive, fiquei com uma idéia fixa na cabeça: conhecer Buenos Aires.

Passei 2003 em inteiro pensando em ir para lá, custasse o que custasse. Não sei o que me atraía tanto naquele lugar. Cheguei a bolar um roteiro e mandar para toda uma lista de e-mails de amigos, mas não recebi nenhuma adesão muito empolgada de alguém querendo ir junto. Como era último ano de faculdade, a maioria das desculpas girava em torno da necessidade de terminar a monografia de graduação. Houve até um ou dois que garantiram que iam, mas faltando pouco mais de um mês, desistiram – seja por causa da namorada ou da família.

Minha organização prévia para aquela viagem (eu já trabalhava com a idéia de ir sozinho, caso necessário) não foi muito diferente daquela que tivemos no mochilão a Machu Picchu: nada de guias especializados, só uns mapas, umas revistas de viagem e informações que encontrava na internet. Lembro que me meti até nuns fóruns e chats na internet para saber um pouco mais do que pretendia ver.

Com uma amiga que viajava seguido para Buenos Aires, para visitar amigos, consegui informações sobre a logística do transporte até lá – tanto do ônibus que ia do Rio Grande do Sul para Buenos Aires, como a volta pelo Uruguai, até Santa Maria ou Santana do Livramento.

O dinheiro, eu já tinha. Aqueles 160 e poucos dólares que tinham sobrado da viagem a Machu Picchu, pro tipo de mochilão que eu faria, eram mais do que suficientes para gastar por lá. Fora disso, só o preço da passagem de ônibus até lá. Ao total, uns R$ 600, no câmbio de 2003.

Ficaria em albergues, mas sem reserva prévia alguma (eu nunca tinha ouvido falar em Hostelworld naquela época e certamente acharia US$ 1,50 de taxa de reserva muito caro – além de não ter cartão de crédito internacional para facilitara vida. Em Uruguaiana, minha porta de saída do Brasil, e Livramento, a porta de entrada, ficaria na casa de um pessoal (mais ou menos) conhecido. De graça, é claro!

Com o mesmo mochilão, a carteira de identidade, umas mudas de roupas e alguns trocados no bolso, eu não precisava de nada mais para fazer o primeiro mochilão sozinho (bem urbano, é verdade, mas era uma viagem pro “exterior” sozinho!).

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