Luxemburgo - o país
O país é bem pequeno. Não tanto como o Vaticano ou Mônaco, que são minúsculos, pouco maiores que um bairro, mas mesmo assim pode ser classificado como um micro-país. Ele tem ainda uma grande peculiaridade: é o único país independente do mundo que se qualifica como um “Grão-Ducado”, ou seja, uma monarquia governada por um grão-duque.
Apesar do tamanho, Luxemburgo tem uma grande importância na geopolítica da Europa. Juntamente com Holanda e Bélgica, formou um mercado comum de países, o Benelux, que foi um dos embriões da União Européia. O país, inclusive, é a sede da Corte Européia de Justiça, que é justamente o Tribunal mais importante da União. Nele são apreciadas as alegações de que os Estados-Membros estão descumprindo alguma norma comunitária. Isso torna a cidade de Luxemburgo, capital do país homônimo, uma espécie de Capital Judiciária da Europa.
Luxemburgo, como muitos países pequenos, tem histórico de ser um paraíso fiscal. Talvez isso explique o grande número de bancos na cidade e a frota de veículos que mais parece saída de uma coleção de milionários excêntricos.
Aliás, essa questão da diversidade de línguas é uma marca do país. Antes de ir para lá, eu nem mesmo imaginava que houvesse um idioma “luxemburguês”. Mas há. Até mesmo as moedas de Euro cunhadas no país têm seus dizeres nessa língua, que se chama lëtzebuergish na própria língua. Conversando com uma guia, num dos passeios que fizemos, fiquei sabendo que o idioma é falado como língua materna da maioria das pessoas, embora a partir do colégio comecem a falar as outras duas línguas. Como o país fica bem na divisa entre a Alemanha e a França, pegou influências dos dois lados. Na minha opinião, ele parece mais com o estilo alemão, mas prefere manter a aparência de que seria francês. Digo isso pelas pessoas, que são mais claras e altas do que os franceses, e pela limpeza e educação que se vê nas ruas.
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