Na estrada até Buenos Aires
Sempre tenho a sensação de que a viagem propriamente dita só começa depois que saio do Brasil. No caso daquele mochilão a Buenos Aires e Montevideo, isso significa que, 1 minutos depois de sair da rodoviária de Uruguaiana, minha viagem estava começando. Ali, do outro lado da ponte internacional por onde passa quase todo o comércio Brasil – Argentina – Chile, preenchi meu cartãozinho do MERCOSUL e ganhei meu carimbo de 90 dias de turista, apresentando simplesmente a carteira de identidade.
Aproveitei para fazer câmbio. É incrível como as cotações são bem melhores em pontos de fronteira entre o Brasil e os vizinhos. Mesmo comprando pesos ou dólares em casas oficiais, com recibo do órgão oficial do governo, o valor pelo qual se troca moedas sai muito mais em conta do que em aeroportos ou no centro de cidades grandes. Geralmente não tem taxa e os valores se aproximam muito do câmbio comercial.
Depois disso, consegui dormir. Era passado de meia-noite, a estrada um reta escura sem fim, o ônibus quase vazio, e nem uma parada no caminho. Acho que só acordei rapidamente numa paradinha para pagamento de pedágio e numa parada em frente a um posto policial. Depois, lá pelas 5 e pouco da manhã, acordei e fiquei olhando aquilo que imaginava ser o único ponto de interesse daquela estrada toda: o complexo de pontes de Zarate, que é um conjunto de viadutos sobre os vários braços do Rio Paraná, entre as províncias de Entre Rios e Buenos Aires.
Dali em diante, já começa a região metropolitana da capital e não dormi mais. O dia já estava clareando quando fui chegando pela parte mais rica dos subúrbios portenhos. San Isidro, Tigre, os countries e os campos de pólo, a fábrica da Ford, os bairros de Belgrano e Núñez, o estádio do River...
As primeiras impressões da cidade foram muito boas. Prédios não tão altos, bastante verde, uma aparência de organização e riqueza. O dia com céu azul que ia se revelando deixava o contraste com a cor predominantemente branca dos imóveis ainda melhor.
Algumas curvas antes da estação rodoviária do Retiro, uma “pequena mancha”: uma favelinha escondida atrás de cercas com arames farpados e fios elétricos, bem atrás da entrada dos ônibus.
O ônibus estacionou num dos mais de 60 box da rodoviária e eu desci, peguei minha mochila e fui direto para um banheiro lavar o rosto, escovar os dentes e colocar minhas lentes.
Sozinho, pela primeira vez, num outro país, fiquei me sentindo o caipira que chega na cidade grande. A rodoviária era enorme e eu, tentando não dar pinta de perdido, fui seguindo as plaquinhas que indicavam a estação de metrô.
Logo depois de sair pro lado de fora, fiquei um pouco confuso com o movimento de gente indo para o trabalho, mas logo achei, meio que por mágica, a entrada da estação Retiro, onde pegaria pela primeira vez na vida um metrô.
Aproveitei para fazer câmbio. É incrível como as cotações são bem melhores em pontos de fronteira entre o Brasil e os vizinhos. Mesmo comprando pesos ou dólares em casas oficiais, com recibo do órgão oficial do governo, o valor pelo qual se troca moedas sai muito mais em conta do que em aeroportos ou no centro de cidades grandes. Geralmente não tem taxa e os valores se aproximam muito do câmbio comercial.
Depois disso, consegui dormir. Era passado de meia-noite, a estrada um reta escura sem fim, o ônibus quase vazio, e nem uma parada no caminho. Acho que só acordei rapidamente numa paradinha para pagamento de pedágio e numa parada em frente a um posto policial. Depois, lá pelas 5 e pouco da manhã, acordei e fiquei olhando aquilo que imaginava ser o único ponto de interesse daquela estrada toda: o complexo de pontes de Zarate, que é um conjunto de viadutos sobre os vários braços do Rio Paraná, entre as províncias de Entre Rios e Buenos Aires.
Dali em diante, já começa a região metropolitana da capital e não dormi mais. O dia já estava clareando quando fui chegando pela parte mais rica dos subúrbios portenhos. San Isidro, Tigre, os countries e os campos de pólo, a fábrica da Ford, os bairros de Belgrano e Núñez, o estádio do River...
As primeiras impressões da cidade foram muito boas. Prédios não tão altos, bastante verde, uma aparência de organização e riqueza. O dia com céu azul que ia se revelando deixava o contraste com a cor predominantemente branca dos imóveis ainda melhor.
Algumas curvas antes da estação rodoviária do Retiro, uma “pequena mancha”: uma favelinha escondida atrás de cercas com arames farpados e fios elétricos, bem atrás da entrada dos ônibus.
O ônibus estacionou num dos mais de 60 box da rodoviária e eu desci, peguei minha mochila e fui direto para um banheiro lavar o rosto, escovar os dentes e colocar minhas lentes.
Sozinho, pela primeira vez, num outro país, fiquei me sentindo o caipira que chega na cidade grande. A rodoviária era enorme e eu, tentando não dar pinta de perdido, fui seguindo as plaquinhas que indicavam a estação de metrô.
Logo depois de sair pro lado de fora, fiquei um pouco confuso com o movimento de gente indo para o trabalho, mas logo achei, meio que por mágica, a entrada da estação Retiro, onde pegaria pela primeira vez na vida um metrô.
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