2a vez em Paris


O voo de Atenas a Paris ocorreu sem problema algum, mas pareceu bem mais demorado do que na ida. São mais de três horas e meia de viagem, com apenas uma refeição no caminho e algumas revistas para entreter, caso não se tenha levado nada de livros.

Na chegada, não hesitamos: pegamos logo um táxi para chegar mais rápido ao hotel e aproveitar o belo fim de tarde que estava fazendo. Não havia nenhuma nuvem no céu, a temperatura estava bem mais alta do que na Grécia (cerca de 26°C, algo pouco provável em Paris) e a tranquilidade de um sábado na baixa temporada deixava tudo mais acessível. A corrida do Charles de Gaulle não saiu mais do que 45 euros - relativamente barato comparando o que um casal pagaria pelo ônibus (8 euros cada um) mais o metrô (1 euro cada um), tendo que carregar as coisas e fazer baldeações.

Tínhamos reservado um hotel boutique recomendado na Viagem e Turismo pela blogueira e repórter Adriana Setti, que tinha feito uma reportagem com 150 hotéis butique baratos e legais na Europa alguns meses antes de nossa viagem. Sem dúvida alguma, foi uma ótima dica e uma das melhores coisas que já tive a oportunidade de colocar em prática lendo a Viagem e Turismo.

O Hotel de La Porte Doreé é um prédio de quatro andares que fica no canto sudeste da cidade, quase em frente a uma das saídas da estação de metrô Porte Doreé, no Boulevard Daumesnil (aquele mesmo que passa ao lado da Gare de Lyon). O quarto de casal, com banheiro, estava saindo, na época, 85 euros (sem café da manhã e com pagamento antecipado). Uma verdadeira pechincha, em se tratando de Paris. O próprio dono administra o lugar e tudo é muito bem cuidado, fazendo parecer quase uma casa de família, mas sem qualquer "invasão" na privacidade dos hóspedes.

Do outro lado da rua, há boulangeries muito boas em que se pode comprar coisas para o café da manhã. Na esquina ao lado, para quem quer economizar, tem um McDonald's. Dia sim, dia não, tem feira na calçada do outro lado da rua, a uma quadra da porta do hotel. Para chegar de carro, também é uma barbada, pois o lugar fica próximo ao anel rodoviário que circunda Paris, no lado de dentro. Vários cafés, restaurantes e barzinhos tranquilos também fazem vizinhança com o lugar, que é todo arborizado, bem frequentado e muito agradável. Do lado de dentro, internet de graça num computador no corredor de cada andar e TV com cabo. Enfim, um achado mesmo.

A única questão que alguns podem torcer o nariz é o fato de não ser tão próximo do centro. Afinal, quase sempre é preciso trocar de linha de metrô e andar pelo menos uns 15 minutos por debaixo da terra até chegar aos pontos turísticos mais famosos. Mas para quem não tem frescura com metrô e está a fim de aproveitar um lugar com mais cara de vida normal, é uma ótima recomendação.

Depois de alguns minutos de descanso no quarto já me pus a desbravar a vizinhança e andei por supermercados próximos, para comprar alguns lanches e água. Para mim isso é quase um passeio turístico (quem já viu um setor de queijos de um mercado francês sabe do que estou falando).

Lá pelas 17h, decidimos ir à Torre Eiffel, onde eu tinha estado havia três anos, mas em que a Gisele nunca foi. Sabíamos que estaria escuro quando chegássemos lá em cima, mas essa era a intenção.

Cruzamos Montparnasse de metrô e chegamos na fila debaixo da torre, de onde não saímos antes de uma hora. Demos uma sorte incrível, pois conseguimos os últimos ingressos para subir até o topo. Depois de nós, quem quisesse subir só poderia ir até o segundo andar, por causa do horário e do número de pessoas.

Na primeira vez, tinha ido de dia, mas com o tempo nublado. Dessa vez, era noite, mas com a cidade toda iluminada, acho que é uma experiência ainda melhor. Abaixo, algumas fotinhos de uma das vistas mais conhecidas do mundo, de cima do ponto turístico mais visitado do mundo.


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