Versailles "animada"


Na parte da tarde daquele ótimo domingo em Paris, decidimos ir ao Palácio de Versailles, logo depois de almoçarmos.

Confesso que encontrei uma certa dificuldade para achar o trem suburbano certo para ir até lá. Há dois RER que vão a Versailles - um que diz "Versailles-Chantiers" (linhas C7 e C4) e outro que vai para a "Versailles-Rive Gauche" (linha C5). Num primeiro momento, não consegui entender direito qual trem era qual e acabamos embarcando num que ia no sentido leste, oposto ao que eu sabia que tínhamos que tomar. Tentei perguntar a outras pessoas, mas todo mundo parecia ser turista ainda mais perdido do que eu. Por fim, descemos, andamos de volta até a estação de onde tínhamos saído e esperamos mais uns 10 minutos pelo trem certo.

Quarenta minutos depois, estávamos chegando na estação correta, próxima ao Palácio, que prontamente reconheci por ter ido 3 anos antes. Demos a pernada básica de lá até os portões do palácio e nos deparamos com a típica multidão que sempre está visitando o lugar.

Pegamos uns 15 minutos de fila e, quando chegamos no caixa, disseram que já não estavam mais vendendo a entrada para a residência e os jardins de Maria Antonieta, no Trianon (para onde a rainha se mudou quando "desistiu" do marido - quem viu o filme, sabe), por causa do horário.

A fachada externa do palácio estava um brinco. Estão quase terminando uma renovação completa da pintura e a recolocação das lâminas de ouro nos detalhes. Nas partes em que ainda não foi feita a reforma, pode-se bem ver a gritante diferença entre o antes e o depois.

Do lado de dentro, a experiência não foi diferente da outra vez em que estive por lá: multidões e mais multidões de pessoas andando de sala em sala, numa quase permanente fila. Alguns às vezes param um pouco mais para ouvir as explicações de um audioguia alugado.

Versailles já sofre com o excesso de visitantes, e naquele dia em especial havia uma exposição de um artista japonês com obras "integradas" ao mobiliário do palácio que chamavam ainda mais atenção das pessoas e faziam-nas parar mais tempo do que o normal para tirar fotos de cada canto.

Avaliem e digam o que pensam: o que acharam desses bichinhos japoneses no meio das relíquias de um palácio com 500 anos de história? Havia inclusive salas inteira decoradas com motivos "animados" do tal artista japonês...
Uma grata satisfação foi ver a sala dos espelhos inteiramente renovada (quando estive lá, boa parte estava tapada para reformas).
Do lado de fora, os belos jardins convidam para uma caminhada, mas a grandiosidade do lugar (ainda mais depois de umas duas horas pelos corredores do castelo) fazem qualquer um pedir socorro, ou pelo menos uma aguinha.

Chegamos à conclusão de que, para aproveitar o palácio, o ideal é chegar bem cedo da manhã e alugar bicletas para fazer a parte do jardim, ou então fazer o passeio em dois dias. Num dia só, sem bicicleta, não há quem aguente, apesar da vontade de ver tudo.

Comentários

Unknown disse…
Andre, adoro seus relatos e dicas sobre viagem, só não comento porque leio pelo Google Reader no celular, mas gostaria de saber qual é realmente a estação para Versailles, linha C5 ou linhas C7 e C4.
Obrigada.
A. A. Cella disse…
eh o C5, Versailles Rive Gauche!

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