Budas e Budas

Além de atrações meio bizarras, Ko Samui também tem umas boas dezenas de templos budistas espalhados por vários cantos da ilha. 

Os dois wat mais interessantes (e que normalmente são sugeridos pelos taxistas quando se contrata um tour pela ilha), porém, ficam bastante próximos um do outro, nas praias a nordeste da ilha: o templo conhecido como o do Big Buddha e o templo "do Buda de oito braços".

O nome oficial do templo onde está o Big Buddha é Wat Phra Yai. Ele fica numa pequena ilha, bastante próxima da ilha principal, ligada por uma ponte (em condições bem precárias, é verdade, principalmente por causa da buraqueira) ao resto do lugar. 



No alto de uma escadaria, fica a imagem dourada de 12m de altura de um Buda em estilo tailandês. A estátua é visível até mesmo do avião, quando se está chegando no aeroporto, que está bem próximo dali, e nas horas de nascer-do-sol ganha ainda mais brilho. Há alguns anos, a imagem ganhou um adorno: uma espécie de mandala, atrás de si (nas fotos mais antigas dos materiais turísticos ela não aparecia).

Embora seja normal em templos budistas a exigência de se tirar os sapatos, há uma placa expressamente autorizando as pessoas a subirem as escadas com os calçados durante as horas mais quentes do dia, porque o sol aquece o material de que elas estão revestidas a ponto de queimar os pés, se não estiver nublado ou chovendo. E, além disso, quando chove, o piso parece ser bem escorregadio.


Quando estivemos lá, estavam ocorrendo algumas reformas no entorno do Buda, na parte alta do templo. Havia a possibilidade de fazer uma doação para contribuir com as obras, comprando uma telha (quem comprava podia escrever o seu nome com uma dessas canetas de escrever em quadro branco, e foi o que fizemos.


A vista que se tem lá de cima também é muito bonita, especialmente quando há sol e o mar mostra todo o seu azul de estilo paraíso tropical.

O outro templo, um pouco mais difícil de achar (e até por isso mais tranquilo e com menos lojinhas ao redor), é o Wat Plai Laem. 

Esse templo é relativamente novo, mas tem uma característica única: foram feitas duas grandes imagens de Buda, uma em estilo chinês (com o Buda gordinho e sorridente) e outra em estilo indiano (com os oito braços), cada uma numa ilha artificial no meio de um lago, ligadas ao restante do templo por pontes decoradas no estilo de cada um. 




Ao redor das imagens, há urnas funerárias onde pessoas (inclusive muitos ocidentais, principalmente do norte da Europa) mandaram colocar suas cinzas, através de doações ao templo.

O lago ainda é cheio de carpas asiáticas, e para vê-las basta colocar alguns trocados numa máquina que dispensa ração de peixe em baldinhos de plástico retornáveis. 

Além das imagens, o templo tem uma escola (enquanto estávamos lá ficamos ouvindo o tempo todo vozes de crianças cantando músicas religiosas) e um retiro de monges. O lugar transmite uma grande paz e não é de se admirar que tanta gente o tenha escolhido ao invés de um cemitério comum.

Para conhecer os dois lugares bem, reserve pelo menos uns 45-60 minutos para cada um deles, talvez um pouco mais para o segundo, que é maior e tem mais coisas bonitas e interessantes para ver.

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