Phuket - expectativas


Phuket, de certa forma, era o ponto alto de nossa viagem. Por ser o lugar mais conhecido e divulgado como sendo um paraíso na terra e com praias magníficas, ainda mais na época do ano em que estaríamos viajando, acabou se tornando a parada mais esperada dentre as 4 que faríamos na Tailândia (as outras eram Bangkok, Chiang Mai e Ko Samui).

Exatamente por isso tudo, acabamos criando muitas expectativas sobre o lugar e, por termos sido surpreendidos com aspectos muito mais interessantes do que imaginávamos nos lugares por onde passamos antes (e principalmente depois, porque Ko Samui acabou sendo nossa preferida), a ilha acabou decepcionando um pouco.

Entendam-me bem: o lugar é realmente muito bonito, os passeios são únicos e nada deu errado (o mar é quentinho, as paisagens são lindas, tudo é muito seguro, etc.). O que houve foi apenas uma certa frustração de expectativas excessivas em relação ao lugar.

O principal motivo para isso foi o excessivo desenvolvimento da ilha. O cenário de um lugarejo paradisíaco quase escondido acabou-se nos anos 70. De lá para cá, o que houve foi uma intensa ocupação dos pontos mais bonitos da ilha com megaempreendimentos hoteleiros e condomínios privados de luxo.

As melhorias na infraestrutura da ilha, por sua vez, contribuíram para que ainda mais gente viesse morar, trabalhar e até mesmo se aposentar lá. Para onde quer que se vá, há estradas com até quatro pistas nos dois sentidos, muito movimentadas a maior parte do dia. As distâncias são grandes e não há como evitar congestionamentos em boa parte do dia.


De outro lado, como já falei em posts anteriores, quem não escolhe um hotel mais ajeitado na beira-mar, acaba ficando só com a vista do muro do hotel – cada praia tem um ou dois dominando quase toda a orla, com exceção das cidades maiores, como Patong. Os bastidores são de país de terceiro mundo mesmo, com riachos poluídos rodeados por alguns casebrinhos, mas nada que não seja comum numa cidade litorânea brasileira.

Talvez, indo bem informado e sabendo desses “poréns” que a ilha oferece como preço pela sua beleza, o turista já vá preparado de corpo e espírito para deixar de lado os problemas e se admirar com o principal.

A dica é essa: escolha bem o seu hotel, numa praia que tenha o seu perfil de viajante, e concentre as saídas para passeios em apenas umas duas oportunidades, para ficar o resto do tempo no cantinho que você escolheu.

Alugar moto ou carro é a maior fria, porque além de congestionamentos, as estradas são bem perigosas em razão de muitas curvas, subidas, descidas e da velocidade com que as pessoas trafegam. Além disso, chove um pouquinho quase todo dia, no final da tarde.

Não é porque Florianópolis se tornou um inferno logístico na alta temporada que as pessoas deixaram de ir para lá – com Phuket não é diferente, e nem vai ser por um bom tempo.

Aliás, dizem que, se você quer ver como era a Tailândia nos anos 70, o melhor é procurar lugares que ainda estão só começando a bombar, como Boracay, nas Filipinas (que já está passando do ponto, segundo outros) e as praias a leste de Bangkok. Mas, vai saber...

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