Na jaula com os tigres e fazendo tirolesa


Depois do passeio da barquinho no campo de elefantes, nosso guia/taxista já estava nos esperando no ponto de chegada para seguir com o nosso tour pelos arredores de Chiang Mai. Foram apenas uns 5 minutos dali até o Chiang Mai Zipline, lugar onde se faz tirolesa entre 27 pontos, a maioria deles no alto das árvores.

O lugar é bem simples, mas o pessoal muito atencioso e profissional. Todos os equipamentos estão incluídos no preço e todos os itens de segurança são sempre checados a cada ponto em que se chega para a próxima tirolesa. Nem mesmo as garrafinhas de água que te dão no meio do caminho são cobradas a parte.

Quando chegamos lá, não havia ninguém na nossa frente e dois rapazes logo foram me atender. Ambos me acompanharam o tempo todo e, logo depois de algumas instruções iniciais, especialmente sobre como frear na chegada (o que é necessário em alguns pontos), já me disseram que eu poderia deixar a câmera fotográfica com eles para que fossem tirando as fotos das minhas descidas e subidas.



Em pelo menos duas oportunidades, cruzei pelo alto de um rio (o mesmo em que havia andado de elefante e barquinho), com vistas bem legais. Algumas das cordas pelas quais se faz a tirolesa têm cerca de 200m e pouco, o que dá bastante tempo para aproveitar.

O percurso todo leva cerca de 1 hora para ser feito, mas se houver mais gente junto, pode tomar até 1h e meia. Prepare-se também para umas duas subidas a pé bem puxadas por um morro com algumas escadarias entre dois pontos, lá pela metade do percurso.

Depois da tirolesa, faltava ainda a última atração turística do nosso dia: o Tiger Kingdom, já nas proximidades de Chiang Mai e, portanto, a mais de meia hora de onde passamos a maior parte do dia.

O Tiger Kingdom basicamente é um zoológico/criadouro que só trabalha com tigres, inclusive conseguindo que os animais se reproduzam em cativeiro. Pelo que vi, nenhum deles foi comprado ou trazido de outro lugar.

A grande atração desse zoológico, na verdade, é o fato de que os visitantes podem entrar nas jaulas e “brincar” com os tigres, inclusive tirando fotos (com ou sem a ajuda de um fotógrafo profissional).

Funciona assim: logo na entrada, há uma tabela de preços. O ingresso mais barato é só para a visitação do zoológico, sem a possibilidade de entrar em nenhuma jaula. Depois, há uma lista de diferentes preços conforme o tamanho do animal que a pessoa que conhecer: os tigres grandes, os médios, os pequenos e os bebês. Há alguns combos, que reúnem mais de um tipo de tigre e, claro, um ingresso mais caro que permite a visitação de todos. Além disso, paga-se um extra se a pessoa quer um fotógrafo junto.

A permanência em cada jaula é de 20 minutos e assim que se paga o ingresso, assina-se uma apólice de seguro (!!!) e um termo de isenção de responsabilidade da empresa, no qual o visitante reconhece que eles são animais selvagens, imprevisíveis e que, basicamente, se der alguma m... o problema é todo seu, que inventou de entrar ali dentro.

Antes de entrar nas jaulas, os funcionários fazem questão de reforçar as regras que estão expostas em vários pontos do zoológico:
- aproxime-se do tigre sempre pela parte de trás do corpo do animal;
- não toque nas patas dianteiras ou no rosto do tigre;
- não faça movimentos bruscos;
- não tome atitudes que possam ser encaradas pelo animal como um chamado para brincadeiras;
- deixe mochilas, casacos, garrafas e alimentos do lado de fora da jaula.

Em suma, para não ter problemas com os gatinhos, o ideal é apenas passar a mão nas suas costas, na sua barriga, no rabo e nas patas detrás, seguindo sempre as instruções do tratador que entra junto com o visitante.





Os tigres “bebês”, embora sejam os mais concorridos, são os mais propensos a causarem algum arranhão, porque são os mais brincalhões. Como são muito ativos, porém, são os mais difíceis de se conseguir uma boa foto. Na verdade, eles já são meio grandinhos, do tamanho de um cachorro médio, porque os que ainda estão mamando ficam num berçário e não podem receber visitas.

Quanto aos demais tigres, a regra é que quanto mais velho, mais preguiçosos eles são. O que se vê, na maioria das jaulas, são tigres descansando ou mesmo dormindo. Só numa vimos dois brincando mais ativamente, com direito a mordidinhas um no outro, rugidos e “luta corporal”.

Entramos numa jaula com tigres de tamanho médio, que estavam bem tranquilos. O primeiro deles ficou deitado, quase sem perceber a nossa presença o tempo todo. O segundo estava num canto, mais inquieto, e parece não ter gostado muito quando mexemos nele, tanto que a toda hora virava a cabeça num movimento rápido (e assustador) para ver o que estavam fazendo.

A melhor hora acabou sendo quando esse do canto se juntou ao outro, que tinha levantado. Os dois fizeram quase pose para algumas fotos nossas, permitindo inclusive que nos deitássemos meio por cima deles.

É incrível como nossos parentes e amigos nos pediram para ver o álbum de fotos da Tailândia fazendo referência especial à vontade de ver as fotos com os tigres. Parece ser o que mais atrai a curiosidade das pessoas e é sempre em cima desse passeio que surgem a maior parte das perguntas sobre nossa viagem.

Para nós, porém, não posso deixar de admitir que foi um pouco tenso. O termo de responsabilidade que se assina no início meio que abre os nossos olhos para o fato de que alguma coisa pode dar errado e a cada olhada fulminante do tigre em sua direção, o que vem à cabeça é um “agora me f...”!

REFERÊNCIAS:

- o zipline (tirolesa) custa 2000 baht por pessoa, ou seja, 130 reais, e dura ao menos 1 hora (não aceitam cartão de crédito);

- as visitas com direito a entrar na jaula para ver apenas um tipo de tigre têm ingressos variando de 450 baht a 650 baht (de 25 a 40 reais), sendo os mais caros aqueles em que se entra para brincar com os animais menores. Por uns 1000 baht (65 reais), consegue-se entrar em vários.

- o Tiger Kingdom fica a uns 15km de Chiang Mai.

Comentários

Paula disse…
Lindos e assustadores! rs
Anônimo disse…
teu blog é o melhor! parabéns!
vou ler inteiro dps com calma pra escolher melhor meu roteiro.

Raquel

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